0.6

6.5K 825 476
                                    

𝐏𝐀𝐑𝐓𝐍𝐄𝐑𝐒 𝐈𝐍 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄
𝘁𝗵𝗲𝘆'𝗹𝗹 𝗰𝗮𝗹𝗹 𝗼𝘂𝗿 𝗰𝗿𝗶𝗺𝗲𝘀 𝗮 𝘄𝗼𝗿𝗸 𝗼𝗳 𝗮𝗿𝘁.


Eu não deveria estar ali. Foi o primeiro pensamento que invadiu minha cabeça quanto encostei na moto de Angry, Mikey não me deixou ir embora e eu me supreendi pela forma infantil como ele falou que eu só iria sair dali quando meu novo ─ e mal humorado ─ guarda costas e vigia fosse. O de cabelos azuis ao menos olhava na minha cara, sentado em cima de sua moto enquanto murmurava algo para o gêmeo ao seu lado. Eu estava com a costas encostada na parte traseira de seu dirigível, esperando para que ele me levasse para casa ─ porquê até mesmo isso Manjiro Sano queria ─ E como se não fosse demais, Hinata esta aos amassos com Takemichi na escada ao lado, e eu claramente não vou ficar lá grudada com eles, sei que momentos onde eles podem ficar juntos a noite é raro. Suspiro cansada, queria estar em casa, voltar ao meu pequeno mundinho, com meu urso gigante e minha cama quente. Mas aqui estou eu, metida na porra do pior lugar que poderia estar, isso ia contra todos meus malditos princípios. Não queria ao menos imaginar o que meus irmãos fariam se me vissem aqui.

Meu olhar varreu por aquele lugar, notei Keisuke longe de todos, conversando com um garoto loiro que falava algo para ele. Seus cabelos negros agora estavam presos, seu corpo em cima de sua grande e bonita moto, e seu sorriso estava lá, como sempre grande e brilhoso. Abaixei o olhar até minhas mãos, acariciei minha própria pele e suspirei pesadamente, aquela aproximação repentina de Baji na minha vida não era bom sinal, eu sentia que faltava algo, não neles, mas em mim, na porra da minha cabeça. Mordo meus lábios levemente e balanço minha cabeça, tentando tolamente afastar aqueles pensamentos. Nada estava faltando, eu estava bem, como sempre estive, eu só precisava ir para casa, e me deitar por um ou dois dias. Meu corpo tremeu em susto, quando senti mãos quentes entrelaçarem na minha cintura, e uma cabeça se apoiar em meus ombros. Um cheiro de baunilha invadiu meu olfato, então virei rapidamente, e não me supreendi ao vê-la ali.

Senju estava sorrindo em minha direção, os cabelos tremendamente brancos estavam um pouco bagunçado, mas aquilo apenas a deixava mais bonita. Suas mãos que antes estavam na minha cintura, agora acariciavam a própria nuca raspada. Ela estava em cima da moto de Angry, que não parecia se importar muito com a garota montada em seu dirigível. Senju balançava os pés como uma criança, fofo.

Ora [Nome], se assustou? ─ Perguntou divertida. ─ Pensou que era quem?

Ninguém, me afastei por extinto. ─ Respondi, mais rispida do que de fato queria ─ Você participa da Tohman?

Senju pareceu pensar um pouco, e depois riu fraco, como se fosse uma piada.

Não, estou aqui apenas porquê sou muito amiga dos membros fundadores. ─  Sorriu docemente ─ Mas parece que você, logo logo fará parte.

─ Não fale isso nem por brincadeira, eu definitivamente não entrarei na porra de uma gangue. ─ Cruzei meus braços, e bufei irritada. Senju riu novamente bem divertido dessa vez, tocou meu braço rapidamente e me puxou para perto de si.

Senti seu rosto muito próximo ao meu, e sua mão estava na minha cintura novamente. Me senti corar, mas estava pronta para me afastar.

Não fale coisas sem ter certeza, gatinha. ─ Lá estava os apelidos, era algo normal dessas pessoas?

Eu estava pronta para respondê-la, mas entao mãos grandes me puxaram com ainda mais força. Senti minhas costas baterem contra algo fofo e grande ao mesmo tempo, e mãos fortes agarravam minha cintura possessivamente.

HAITANI, baji keisuke.Onde histórias criam vida. Descubra agora