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𝐀𝐋𝐋 𝐈 𝐖𝐀𝐍𝐓
𝘄𝗵𝗲𝗻 𝘆𝗼𝘂 𝘀𝗮𝗶𝗱 𝘆𝗼𝘂𝗿 𝗹𝗮𝘀𝘁 𝗴𝗼𝗼𝗱𝗯𝘆𝗲, 𝗜 𝗱𝗶𝗲𝗱 𝗮 𝗹𝗶𝘁𝘁𝗹𝗲 𝗶𝗻𝘀𝗶𝗱𝗲.

Baji balançava os all starts surrados enquanto estava sentado no muro alto, que dava uma otima visao da noite iluminada por luzes fortes em Tóquio. Os cabelos soltos voavam conforme a brisa fraca porem refrescante beijava seu rosto com carinho. Seus olhos eatavam perdidos na lua, linda e grande, brilhando em sua direção com uma beleza inexplicável, como se abençoasse sua alma impira com aquela luminosidade bela. Keisuke levou o cigarro ate os lábios finos, sentiu a nicotina invadir seu peito e o gosto amargo na lingua, mas não era importante, ele não ligava. Nada poderia ser mais amargo e desgostoso do que a pura realidade, que ele sempre era colocado de frente repentinamente. A realidade onde não existia amor, lembranças nem mesmo a saudade do que um dia estivera presente em sua vida. A realidade de que sofreria em silêncio, com esse amor, com essa angústia, com suas próprias dores.

Em meio a luz do luar ele conseguia vê-la, os olhos brilhando em irritação em sua direção, os cabelos voando e as bochechas naturalmente coradas, ate mesmo o sorriso lindo que aparecia vez ou outra. Ele conseguia sentir a quentura de suas mãos, ou o cheiro de seu perfume. Até mesmo a risada sarcástica e o punho forte que sempre batia em sua face quando se irritava. Ele sentia saudades de tudo, até da forma como sempre se sentia errado perante a ela. Não se sentia digno, de olhar para seus olhos, ou ser abraçado por aquele corpo quente, nem de ter sido uma vez amado, ou acreditar que em meio aquelas memórias perdidas e cabeça bagunçada, ele ainda era.

Ou talvez fosse apenas um fato que tentava mentir para si mesmo, para que não tivesse que encarar a realidade óbvia.

Não era amado, porque nao era conhecido. Para Haitani [Nome], Keisuke Baji não passava de um idiota irritante que ela conhecera mais cedo.

E ele sempre seria isso.

Riu fraco com os próprios pensamentos, soltou a fumaça pelo nariz e fechou os olhos. Ele sentia, era capaz de sentir cada célula de seu corpo lhe avisar sobre esse fato, ele tinha certeza que algo ruim aconteceria. Era doloroso, e deixava o peito doendo em pavor, e Keisuke so poderia pensar que não queria que [Nome]  o deixasse. Ele queria que ela o conhecesse novamente, que olhasse em seus olhos da mesma maneira que olhou a dez anos atrás , com uma pureza e carinho indiscutível. Ele queria poder leva-la ao baile novamente, queria poder ter que se esgueirar pelo telhado dos Haitani torcendo para que a janela estivesse aberta apenas para vê-la. Ele queria que não precisasse mais ter que cumprir aquele maldito acordo.

Uma expressão raivosa apareceu em seu rosto bonito, e jogou o cigarro para longe batendo as mãos no muro. Era angustiante toda essa merda, desde criança ele sentia que não era nada além de uma caixa vazia, sem intenções, desejos e amores. Sem nada além daquela raiva que o cercava cotidianamente, mas então ela apareceu e seu peito foi tomada por todas as sensações que a garota trazia. Naquele dia, quando a viu pela primeira vez ele soube que seria capaz de qualquer coisa apenas pra proteger aquele sorriso. E mesmo assim falhou, miseravelmente falhou em sua missão mais sagrada, falhou em proteger nao apenas seu sorriso, mas tambem seu coração. Mordeu os lábios com raiva, ele não era digno de perdão, de amor e nem de nada. Ele nao era digno de encarar seus olhos ou querer te amar, oh nao ele realmente nao era.

Escutou passos atrás de si, e não demorou muito para ver que algo havia acabado de subir e estava ao seu lado no muro. Olhou para o lado e não se surpreendeu ao ver Mikey ali parado, balançando os pés também, como uma criança. Seus cabelos loiros estavam presos e seu corpo todo parecia tenso.

Sabia que estaria aqui 一 Disse Manjiro 一 Sempre vem pra cá quando ela ataca.

一 Poderia parar de se referir a [Nome] como se ela fosse algum tipo de transtorno mental. 一 Baji escutou a risada fraca de Mikey.

Se não superar, é isso que ela vai se tornar. 一 Respondeu simples. 一 Baji vo-

一 Não começa. 一 Interrompeu o amigo 一 Se veio aqui para falar as mesmas merdas de sempre, me avisa que eu faço questão de ir embora.

一 Eu só quero te ajudar, não posso suportar ver meu melhor amigo dessa forma. 一 Susurrou, quase inaudiável 一 Se a ama, deixa que vá.

Era doloroso, cada minima palavra. Repetida em sua mente todos os dias, se deixasse que ela fosse, quem ele se tornaria?

Eu não posso, você mais do que todos sabe o que ela representa pra mim. Se eu desistir, estarei quebrando minha promessa com ela.

一 Baji, você sabe o que os Haitani farão se descobrir que você está falando com ela novamente. 一 A voz de Mikey estava séria, como a muito tempo não ficava 一 Temos um acordo.

一 Não. 一 Respondeu autoritário 一 Vocês tem um acordo, eu tenho um amor. E por ela eu quebro a merda de qualquer acordo.

O clima ficou tenso. Manjiro não respondeu nada pelos próximos três minutos, Keisuke sabia que ele estava se lamentando por si mesmo nos seus pensamentos agora.

Se você quer causar a merda de um massacre em Tóquio, saiba que não estou de acordo. Por isso coloquei [Nome] na Tohman, ela por perto quebra tudo sobre o acordo. Os Haitani virão, e então so voces dois poderão resolver isso, se ela entrar por livre e espontânea vontade eles não poderão nos culpar. 一 Mikey estava sério, sua voz ao menos havia falhado alguma vez 一 Se a quer, lute com certeza Keisuke. Não me faça entrar em guerra com eles sem saber se vou vencer.

Baji arregalou os olhos, ele sabia que Mikey era totalmente contra [Nome] ou qualquer coisa relacionado a eles dois. Mas mesmo assim estava disposto a colocar a Tohman em jogo por eles, e sabia que os Haitani não mediriam esforços para massacra-los.

Sorriu sincero, colocou a mão no ombro de seu capitão e então ele teve certeza: Se por ela, ele teria de derrubar ate o diabo, ele com certeza o faria. E tinha bons amigos para lhe ajudar.

HAITANI, baji keisuke.Onde histórias criam vida. Descubra agora