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𝐏𝐇𝐀𝐍𝐓𝐎𝐆𝐑𝐀𝐌
𝘁𝗲𝗹𝗹 𝗺𝗲 𝗮𝗹𝗹 𝘁𝗵𝗲 𝘄𝗮𝘆𝘀 𝘁𝗼 𝗱𝗶𝘀𝘁𝗮𝗻𝗰𝗲 𝘂𝘀.

Tóquio.
cinco anos atrás.

Baji sentia a respiração pesada, sangue por todo lado, ele estava assustado. As pernas tremiam e os dentes rangiam, olhava para todos os cantos possiveis mas não conseguia identificar um rosto conhecido. Apenas Chifuyu que estava ao seu lado, quase tao assustado quanto ele próprio. Os olhos felinos vagaram por todo aquele amontoado de gente ferida, quis gritar. Precisava acha-la o mais rápido possivel ou enlouqueceria.

Correu, não ligando de fato para todos os gritos que Matsuno atrás de si. Correu por todos aqueles corpos ensanguentados, ele precisava acha-la, Kisaki estava atras dela todos sabiam. Escutou um grito agudo, era Mikey implorando para que mantivesse a calma. E como poderia? Como poderia manter a calma quando tudo que conseguia pensar era nas garras de Kisaki fincadas em você.

Foi então que o mundo parou. Keisuke observou os olhos raivosos em sua direção, e então lá estava os Haitani. Rindou abraçava seu corpo de modo protetor, estava ferida, a boca sangrava e lutava pra manter a consciência. Seus olhos se cruzaram e o peito doeu, você abriu o mais belo dos sorrisos, aquele mesmo de quando se conheceram. Gentil e amorosa, como se tudo estivesse bem o suficiente para que não ligasse pro machucado em sua cabeça. Lágrimas brotavam dos olhos do capitão da primeira divisão.

Desculpe, Keisuke.

Foi tudo que Baji conseguiu escutar, antes de sentir um soco forte que Ran desferiu em sua face. E então fechou os olhos e junto ao medo que habitava seu peito, ele susurrou:

Minha promessa, a você [Nome]. Não se vá.

Tóquio.
Tempos atuais.

[Nome] estava atrasada pra aula, e sabia disso quando recebeu uma mensagem 一 nada carinhosa 一 de Angry, avisando que em meia hora ele estaria lá. Correu pela enorme casa, com os cabelos amarrados em um rabo de cavalo alto. Uma calça jeans preta, moletom branco e um allstar de cano alto também branco. Por deus se sentia uma idiota de ter deixado o celular no modo silencioso. Enfiou as mãos no bolso e checou se tinha dinheiro o suficiente pra pagar um almoço bom o bastante para que Hina não ficasse chateada por não estar se cuidando devidamente.

Mas que droga, lembrar de comer parecia a menor das coisas quando ninguém menos que Manjiro Sano persistia na ideia de que deveria entrar na Tohman.

Falando no desgraçado. Descobriu que ele poderia ser um pé no saco maior do que realmente imaginava, Mikey havia de alguma forma conseguido seu número de celular, e agora ligava para ela todo momento. Até um maldito apelido 一 também, nada carinhoso 一 ele havia arrumado.

Mandava mensagens toscas e com figurinhas ainda mais toscas no final. Um grande filho da puta sem noção.

Correu até a rua e fechou bem a porta quando escutou o ronco alto de uma moto, esses caras não sao nada sutis. Encarou Angry que tinha uma expressão emburrada no rosto, como sempre. Não estava vestindo o moletom da Tohman.

Na realidade agora vestia um moletom muito grande, azul marinho e uma calça preta rasgada nos joelhos. Os cabelos cacheados e azuis estavam tao lindos que você se perguntou se poderia toca-los caso ele deixasse.

Bom dia! 一  O cumprimentou com um sorriso

Sempre acorda de bom humor? 一 Perguntou.

Só quando recebo carona gratuita pra faculdade. 一 Sorriu afiada, enquanto subia na garupa da moto.

Angry te mostrou um capacete vermelho, que você nao tinha visto ontem. Era lindo e parecia novimho, o garoto o pegou e colocou cuidadosamente sobre sua cabeça, fechando o capacete e garantindo que não estava te apertando.

Sentiu suas bochechas corarem por baixo do objeto, e agradeceu mentalmente por estarem cobertas.

Passei em uma loja ontem e comprei pra você. Se vai começar a andar comigo todos os dias precisa de um. É tão desastrada que não duvido que possa cair da moto a qualquer instante.

Seu tom de voz parecia sério, mas prezou pela preocupação dele. Abraçou a cintura do garoto com firmeza enquanto possuia um sorriso nos lábios.

Obrigado, Angry. Eu adorei de verdade! É lindo.

一 Se quer me agradecer se segure bem, se você cair dessa moto posso ser acusado de assassinato.

Teve vontade de rir, mas sabia que ele se sentiria ainda mais envergonhado. Então so pode se segurar bem quando sentiu a moto dar partida em direção ao seu local de estudos. Momentos como aquele eram bons, onde se sentia uma garota normal, sem nada muito especial além de irmãos briguentos. Momentos onde tudo que importava era chegar na faculdade e ser recebida pelos abraços quentes de Hinata e alguma patada de Angry. Quem sabe até as mensagens idiotas de Manjiro ou as cantadas nada sutis de Senju. E até mesmo os flertes e intenções descaradas de Baji, aquele homem que estava lhe tirando os pensamentos.

Momentos, onde finalmente se sentia completa.

Perdão pela ata de capitulo semana passada. Como eu disse, eu estudo muito e agora minhas aulas voltaram presencialmente e estou escrevendo esse capitulo no recreio da escola. Aqui é periodo integral entao a carga é bem maior, bom é isso. Espero que estejam bem

beijinhos de luz <3

HAITANI, baji keisuke.Onde histórias criam vida. Descubra agora