Capitulo 23

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Greta

— Bom, agora que seu pai está bem com isso.

— Ele não está nada bem com isso, Rora

— Certo, agora que ele sabe que vocês estão juntos — Ela sorri — O que vocês vão fazer?

— Não tenho ideia.

— Você o ama, Greta?

— Amor? — Suspiro — Acho que sim.

— Acha?

— Bom, eu disse isso ao meu pai.

— Mas não é o que você sente?

— Foi tudo tão rápido, Aurora, me assusta.

— Comigo e com o Nevio também foi assim.

— É diferente...

— Por quê?

— Porque são vocês, não me lembro de um dia que meu irmão não fosse apaixonado por você.

— Ele te ama, você sabe, né?

— Será?

— Ele ariscou o pescoço por você Greta, para que vocês não vivessem se escondendo.

— Eu sei, Rora, mas...

— O que?

— É isso? — Bufo — Nunca vamos parar com isso? Então eu volto para Nova York, a gente casa e pronto, a próxima geração faz o mesmo?

— Acho que você está confusa, eu também fiquei, medo, muitos sentimentos tomando conta, mas a nossa vida sempre foi assim, Gre, não é como se você pudesse ter uma vida normal, independente de com quem você fique, seu mundo não pode mudar.

— Eu sei, é só que, se for dar certo entre mim e o Amo...É tanta responsabilidade.

— Essa é a nossa vida, Gre — Alguém bate na porta, logo Nevio entra no meu quarto.

— O avião está pronto — Ele avisa, e então olha para Aurora, ele caminha até a esposa e passa a mão em sua barriga — Como eles estão?

— Bem — Ela sorri e o beijo rapidamente.

— Bom, as malas estão prontas.

— Eu as levo — Meu irmão diz vindo em minha direção. Nevio sai, Aurora vem em minha direção.

— Você voltará para o nascimento dos seus sobrinhos, certo?

— Claro que sim.

— Bom — Ela sorri para mim.

— Fico feliz por vocês, eu sei que não disse isso, mas eu fico.

— Eu sei — Aurora me abraça — Vamos — Nós descemos.

Amo

— Então o que você pretende fazer? — Meu pai pergunta.

— Não é como se eu fosse me tornar Capo amanhã.

— Talvez eu queira aproveitar uma aposentadoria com sua mãe.

— É isso que o senhor quer?

— Talvez — Ele coloca o copo de whiskey na mesa e me encara — Mas só faria isso se você tivesse casado com Serena.

— Bom, isso não aconteceu, mas posso me casar com Greta.

— Você fala como se fosse a coisa mais simples do mundo.

— Já passamos por coisas piores.

— Falei com Remo, hoje cedo, ele não estava nada feliz, bem puto, seria o correto a afirmar, ele só não acabou o trato porque isso agora é responsabilidade do Nevio, e pelo fato de Greta estar envolvida, claro — Meu pai se levanta — Isso foi muito irresponsável.

— Se fosse minha mãe, o senhor teria feito diferente? Teria desistido?

— Nunca.

— Então pronto.

Algumas horas depois

Alguns minutos atrás, peguei minha moto e vim até o aeroporto, agora estou esperando por Greta, seu avião acabou de pousar, só aguardo pela descida, alguns instantes se passam, e a porta do avião se abre, e ela sai, seu cabelo escuro voa com o vento frio, ela veste uma calça e blusa branca com jaqueta, assim que desce, sorri vindo na minha direção, vou a seu encontro, nossos corpos se chocam e a ergo em meus braços, ela me beija, retribuo.

— Senti sua falta — Digo.

— Também senti.

— Como foi depois que fui embora?

— Oh, meu pai pulou de alegria — Zomba — Ele está puto, pelo menos a felicidade de ser avô, o acalmou um pouco.

— Meu pai também está estressado, mas o problema é deles, certo?

— Sim...

— Está com fome?

— Faminta

— Vamos então, minha irmã irá cozinhar.

— Sua irmã cozinha?

— Não — Não contenho minha risada — Então se prepare para uma comida terrível, mas meu cunhado deve ter preparado algo caso dê errado — Ela balança a cabeça.

— Tenho certeza que estará boa.

— Que moça esperançosa — Zombo.

Algum tempo depois, chegamos a casa da minha irmã.

— Vocês estão atrasados — Diz ela abrindo a porta.

— Trânsito...

— Oh sim, o trânsito — Pelo jeito a desculpa não colou. Meu sobrinho começa a chorar — Pegue ele, pelo amor de Deus — Marcella pede, pego meu sobrinho e ele para de chorar.

— Sentiu minha falta, óbvio.

— Você acredita que Maddox quer mais? — Ela bufa — Ele terá que engravidar outra, porque daqui, não saí mais nada.

— Ela cismou com essa merda — Diz ele entrando na sala, Maddox caminha até Greta — Olá, Greta — Ela anda dois passos para trás por instinto.

— Pare com isso, Maddox — Marcella pede.

— Você não precisa ter medo de mim, Greta.

— Sim, ele não é de nada, você o derrubaria tranquilamente.

— Oh, claro — Ele Zomba indo até sua esposa — E nos teremos mais três!

— Não irei falar disso novamente — Diz ela mexendo em uma panela — Prove, acho que está pronto.

— Sim, está — Ele disfarça, lá vamos nós...

Todos nós sentamos à mesa, e começamos a provar.

— Jesus, Marcella, você não tem paladar? — A comida só tem sal praticamente.

— Ah para, não está tão ruim.

— Eu tenho uma comida de ontem se vocês preferirem — Diz Maddox se levantando.

— Ah, isso é sério? — Ela bufa — Você fez uma comida para caso eu falhasse?

— Não, amor, não é isso.

— Irmã, eu te amo, mas seu forte não é cozinhar.

— Greta está comendo.

— Oh amor, você não precisa fazer isso.

— Não está tão ruim assim — Greta diz.

— Vou pegar a de ontem.

— Ele é péssimo mentiroso, comemos na rua ontem — Olho para Greta, ela sorri.

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