Capítulo 9

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Amo

Há alguns dias, meu pai fez com que eu voltasse para os assuntos da Famiglia, me tirando do tal castigo, não vejo Greta desde então, logo é o casamento da minha irmã, e então meu noivado será anunciado, eu sempre tive conhecimento de meus deveres e o que era esperado de mim, mas não quero me casar com Serena, só queria ser uma pessoa normal e poder escolher com quem me casar, mas precisamos ser estrategistas, e preciso cumprir com meus deveres.

Agora estou na sala de casa, é tarde, tenho um copo de whisky nas mãos e estou preso em pensamentos, por que não consigo tirar Greta da minha cabeça, nós nos beijamos duas vezes, nunca nem transamos e estou preso a ela.

— Querido? — Ouço minha mãe chamar e olho para ela..

— Sim?

— Bebendo de novo?

— Sim, quer?

— O que está errado?

— Nada!

— Não minta para mim, Amo.

— Quer a verdade? Ok, tudo está errado, meu pai, você, tudo o que se é esperado, tudo que não poderei ser para agrada-los — Minha mãe senta ao meu lado, pega o copo da minha mão e bebe tudo de uma vez — Mãe?

— Eu sei, você está pressionado, eu entendo, querido, mas seu pai acredita tanto em você, que você pode ser uma versão melhor dele, por isso tanta expectativa, porque você é melhor, você, meu filho, é melhor do que podíamos imaginar, será um incrível Capo, terá uma bela família — Rio da última — Entendo você não querer casar com Serena, vocês mal se conhecem, eu também não queria casar com o seu pai, mas precisei, me apaixonei e eu sou feliz.

— Isso não vai acontecer, mãe, não serei feliz com ela, eu mal consigo me imaginar com ela.

— Você nunca se opôs a ideia do casamento arranjado.

— Era diferente.

— Por que, Amo?

— Eu não sei, mãe, só é diferente.

— Me fale o que está acontecendo, meu filho — Olho para a garrafa e bebo boa parte — Você está com problemas com a bebida.

— Não importa!

— Claro que importa — Termino a garrafa e levanto, cambaleando vou até o elevador — Onde você vai, Amo?

— Vou vê-la.

— Ver quem, Amo?

— É um segredo — Zombo e entro no elevador, quando as portas estão fechando, minha mãe interrompe colocando a mão.

— Você está gostando de alguém?

— Me deixe, mãe.

— Não, me diga, Amo, você tem alguém?

— Ela não pode ser minha, mas acho que sou dela — Minha mãe solta o elevador e dá um passo para trás, ela tem uma expressão de dor, somos dois, mãe. Desço até o estacionamento, subo na minha moto e vou até o apartamento de Greta, chegando lá cambaleio até sua porta e vejo Giovanni na porta.

— Amo? — Ele diz, Giovanni parece assustado.

— Oi — Falo.

— O que você faz aqui?

— Ver você que não é, preciso falar com ela.

— Você está bêbado?

— Ora ora, temos um Sherlock na máfia.

Amo & GretaOnde histórias criam vida. Descubra agora