Amo & Greta

Capítulo 8

Greta

Já se passaram alguns dias desde a visita do meu irmão, e desde então não vejo o Amo, Gio me disse que Luca o tirou do castigo, então ele não cuidaria mais de mim, quando vim para Nova York eu sabia que Amo me resguardar seria algo temporário, mas agora me sinto mal de não tê-lo por perto, nós nos beijamos, ele disse que sentia coisas por mim e sumiu, simplesmente assim, como se não importasse, e talvez não importe, acho que Nevio tinha razão, e eu odeio admitir isso, Amo só queria uma coisa de mim, e não era amizade ou algo a mais.

Logo entrarei de férias e irei passar alguns dias em casa, então arrastei Giovanni para vir ao shopping comigo, preciso comprar presentes, entro em uma loja e vejo um sapato que é a cara da Aurora, espero vê-la, ela e meu irmão se acertaram, e quando ele me contou mal pude acreditar, fiquei tão feliz por eles, agora os dois entraram em uma discussão para decidir quando voltam, mas parece que Aurora não está muito afim de voltar, afinal eles estão em Paris, eu também não iria querer.

— Mais uma? Estamos aqui há três horas, Greta, não aguento mais — Reclama Giovanni.

— Oh, pare de reclamar, já estou acabando.

— Você disse isso uma hora atrás e nós temos que...

— Greta? — Uma voz animada me chama, me viro e vejo que é Marcella.

— Oi — Digo tímida, ela se aproxima e me abraça.

— Ah, meu Deus, faz séculos desde que nos vimos pela última vez — Única vez, corrijo mentalmente.

— É...verdade.

— Como você está?

— Bem, e você?

— Oh, eu estou ótima, na verdade, foi perfeito te encontrar — Um homem que não conheço se aproxima dela e passa o braço possessivamente em sua cintura, ela coloca uma mão em seu peito como um sinal para ele relaxar, mas ele não a liberta — Esse é meu noivo — Ela olha para o homem — Maddox, essa é Greta — Maddox sorri em entendimento, um sorriso quase zombeteiro, não entendo o porque — Nós vamos nos casar no próximo mês, ia ser somente no ano que vem, mas eu estou gravida — Ela diz a última palavra como em um sussurro — Eu amaria se você pudesse ir, não será uma coisa muito grande porque não faz o nosso tipo, mas será importante para nós.

— Meus parabéns pelo bebê — Ela sorri — Eu adoraria, mas nós mal nos conhecemos, Marcella, nos vimos uma vez e você me convida para seu casamento?

— É como se eu te conhecesse por toda minha vida Gre, meu irmão sempre fala muito de você — Meu coração acelera com a menção a seu irmão.

— Eu acho que não seria...

— Não aceito um "não" como resposta, e você sabe, você seria convidada de qualquer forma, nossas famílias são aliadas, faz parte do circo serem convidados para essas coisas, provavelmente o convite já chegou a eles, agora chegou a você.

— Certo, claro.

— Me passa seu número e eu posso te atualizar das coisas, e peço ao meu irmão o seu endereço para te enviar o convite — Assinto, nos despedimos e ela parte com seu noivo.

Marcella

— Pensei que nós tínhamos combinado em algo pequeno, agora você convida os Falcones? Por que não me contou? — Meu noivo questiona.

— Eu não convidei, ainda — Ele me encara com dúvida — Eu planejei tudo no momento que a vi, nós vamos convidar os Falcones, vou falar com minha mãe para ela dizer ao meu pai que é uma jogada estratégica pela aliança.

— Você quer a garota lá por causa do seu irmão.

— Bonito e inteligente, sou muito sortuda.

— Você não pode manipular tudo, baby.

— Não é manipulação, tô impedindo que meu irmão se case com aquele projeto de Barbie.

— Seu pai não vai gostar disso.

— Meu pai nunca gosta de nada, mas ele faz e é isso que importa — Paro de andar e Maddox me segura.

— Tudo bem?

— Tudo, só fiquei um pouco tonta.

— Tem certeza?

— Sim, vomitei a vida hoje quando acordei e ainda não comi nada.

— Baby, não, você precisa comer.

— Eu sei, mas sempre que eu como eu vomito.

— Não importa, vem, vamos para minha casa e lá eu faço algo para você comer — Assinto e caminhamos até o carro, logo entramos e Maddox inicia o caminho para sua casa, todo o tempo ele segura minha mão. Ao chegamos, subimos para seu apartamento, assim que entramos vamos direto para a cozinha, paro em frente a bancada e ele vem até mim, me beija e me coloca sentada sobre a ilha — Fique quietinha, vou fazer uma omelete, ok? — Assinto e ele começa a cozinhar, fico apreciando a vista e logo a omelete está pronta, ele me entrega o prato e depois me pega em seu colo.

— Eu não estou doente, você sabe... 

— Shiu, você está se sentindo tonta, vamos para o nosso quarto.

— Nosso?

— Sim, senhora — Sorrio e então ele me coloca na cama, tira meu sapato e me cobre — Vou tomar banho, coma.

— Perdi a fome, me sinto suja, quero um banho também — Ele me olha e sorri.

— Espertinha, coma tudo — Maddox beija minha cabeça e some no banheiro, logo termino de comer e me deito totalmente, Maddox sai do banheiro, vai até o closet e logo se deita ao meu lado, ele puxa meu corpo contra o dele e solta um suspiro longo.

— Você acha que estamos prontos para sermos pais?

— Não, mas ninguém está, não existe um manual — Ele segura meu rosto e planta um rápido beijo em meus lábios — Mas sei que daremos o nosso melhor e seremos bons pais, baby.

— Você acha?

— Eu sei — Ele afirma.

— Você quer mesmo casar?

— Que papo é esse, Marcella? — Sua expressão é dura.

— Sei lá, você me pediu em casamento para meu pai sair do nosso pé, e ele foi planejado para daqui a um ano, e do nada tudo muda e vamos nos casar em algumas semanas, não sei...

— Escuta bem o que eu vou te dizer, Marcella, não te pedi em casamento para seu pai aceitar, me casaria com você ele aceitando ou não, vou me casar com você porque te amo e você é minha vida, vocês planejaram o casamento para daqui a um ano porque quiseram, por mim a gente se casaria no mesmo dia, e essa criança, é nossa, uma parte da gente, tire essas coisas da sua cabeça, amor, você é minha, independente de título, anel, seu pai, ou o que for, eu já te disse isso.

— Eu sei, desculpa.

— Não se desculpe, você não é assim.

— São os hormônios...

— Amo me disse — Ele me abraça forte — Vamos descansar um pouco.

— Te amo.

— Também te amo, baby.