Epílogo

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Dois anos mais tarde
Greta

Olho para meu reflexo e paraliso, estou usando um vestido com o tom mais branco dos brancos. Admito que estou nervosa, não estava até agora, falta apenas alguns minutos para o meu casamento, depois de dois longos anos de noivado, enfim vamos nos casar. Foi um planejamento conturbado, começando que ninguém conseguia chegar a uma conclusão de onde seria o casamento, até que bati o pé e decidi por fazer em Nova York mesmo, no início meu pai e Nevio não gostaram muito, mas estão todos conformados com a decisão.

— Você está espetacular — A voz de Aurora surge me surpreendendo, olho para ela e digo:

— Seu cabelo está bagunçado e o batom está borrado — A observo.

— Oh, merda — Ela corre até o espelho e se ajeita — Oh, não me olhe assim, temos dois filhos, momentos sem eles pendurados em nós são raros, então, sem julgamentos.

— Jamais, amiga — Zombo.

— Não acredito que seu irmão me deixou sair assim — Aurora murmura enquanto limpa o batom borrado.

— Greta, querida, está na hora — Diz minha mãe abrindo a porta, ela me olha com admiração — Você está tão linda — Ela limpa uma lágrima que escorre de seus olhos — Bom, vamos, Amo está surtando com a demora.

— Típico — Diz Aurora enquanto sorri para mim — Você está incrível, é o seu dia, aproveite — Assinto.

Amo

Estou esperando no altar por ela, a música iniciou e minha irmã e Maddox entram, caminham até seus lugares, Nevio e Aurora fazem os mesmo logo atrás deles, minha prima sorri para mim, me encorajando, assinto para ela, Nevio mantém uma expressão irritada e desdenhosa.
Me perco em pensamentos enquanto olho pelo salão, parece que tudo está bem, a marcha nupcial inicia e meu corpo enrijece, as portas se abrem, revelando minha noiva, Greta está impecável, nunca vi algo mais bonito, ela sorri para mim, Remo está ao seu lado, murmurando algo para ela, Greta ri e balança a cabeça, a caminhada que parecia curta, dura quase uma eternidade, mas estão, ela está há poucos centímetros de mim, estendo minha mão e ela a pega, Remo me cumprimenta e faço o mesmo gesto, Greta vem para meu lado, o sacerdote em sua batina branca nos cumprimenta, e então os convidados sentam, antes de começar a oração de abertura.
Logo após a oração, o padre inicia:

— Amo e Greta — O sacerdote se dirigiu a nós. — Vocês vieram aqui livremente e sem reservas para dar-vos uns aos outros no casamento? Vão amar e honrar um ao outro como marido e mulher para o resto de suas vidas? — Greta sorri para mim e falamos juntos:

— Sim.

— Uma vez que é a vossa intenção contrair matrimônio, juntem as mãos direitas e declarem o vosso consentimento diante de Deus e da sua Igreja — Quando damos as mãos, lembro de um conversa que eu e Greta tivemos há um tempo.

Alguns meses atrás.

— Não acha um pouco controverso um casamento na igreja?

— Seu irmão teve um religioso.

— Sim, mas foi em casa, não acha um pouco demais fazer em uma igreja daquele tamanho?

— É tradição, baby.

— Eu sei, mas o que era para ser simples, acabará sendo enorme.

— Só vamos casar uma vez, Greta.

— Eu sei, tudo bem, você tem razão, mas a recepção será um pouco mais íntima, ok? — Ela me encara — Se depender da sua mãe nos fechamos a cidade.

Amo & GretaOnde histórias criam vida. Descubra agora