Capítulo 3

850 49 15
                                    

Amo


— Que porra você está fazendo aqui, Giovanni? — Dou tudo de mim para não atirar nele, mais que porra, que merda está acontecendo comigo?

— Calma, cara.

— Cadê ela, Giovanni?

— Está no banho — Foi involuntário, quando percebi já estava em cima dele.

— Porra, Amo, que merda — Soco — Me solta, porra.

— Amo — Ouço a voz de Greta e me levanto no mesmo instante — Que droga, o que está acontecendo aqui?

— Eu que pergunto, que merda ele está fazendo aqui dentro?

— Ah porra, é sério isso? — Giovanni pergunta limpando o sangue de sua boca e levantando — Ela me chamou para entrar porque eu estava em pé lá fora há horas.

— Você disse que ela estava no banho — Rosno.

— As pessoas tomam banho, Amo, por Deus, o que você pensou e por que isso tudo?

— Vou deixar vocês conversarem — Giovanni fala saindo pela porta. Olho para Greta e ela arqueia as sobrancelhas.

— Eu sei que você precisa me proteger, mas isso já está passando dos limites, Amo, você me arrastou da boate naquele dia, agora bateu no Giovanni sem explicação nenhuma, droga, você parece o meu irmão com a... — Ela arregala os olhos, balança a cabeça e diz: — Esquece — Me aproximo dela, estamos a alguns centímetros um do outro, a respiração dela fica desregulada.

— Com quem, Greta?

— Ninguém, viajei — Ela mexe a cabeça.

— Greta!

— Amo, vou me atrasar, tenho aula, lembra?

— Sim, claro — Ela sai do meu domínio e desaparece no corredor. Saio de seu apartamento e vejo Giovanni me olhando com curiosidade.

— Pensei que vocês demorariam mais — Ele zomba.

— Cale a porra da boca, e nunca mais, digo, nunca mais entre no apartamento dela, a não ser que ela esteja pedindo socorro, estamos entendidos?

— Sim, senhor — Ele me encara — Amo, te conheço minha vida toda, que porra está acontecendo entre vocês?

— Que? Nada, estou apenas cuidando dela, lembra é o castigo que meu pai me deu.

— Será que realmente é um castigo? Você vai me dizer que está odiando isso?

— Não, é um trabalho tranquilo.

— Certo, vou fingir que não estou entendendo o que está acontecendo. Mas, Amo, você sabe quem ela é, quem é a família dela, você estaria morto antes de poder explicar a situação, pelo amor de Deus, tem milhões de mulheres nessa cidade, você tinha que gostar logo dessa?

— Quem disse que eu gosto dela, Giovanni?

— Amo, eu te conheço, lembra? E o jeito que você partiu para cima de mim só por eu estar no apartamento dela, foi loucura, pelo amor de Deus, sou seu melhor amigo, não precisa esconder isso de mim.

— Não estou escondendo nada.

— Então eu poderia chama-la para sair? Afinal ela é uma mulher muito bonita.

— Cale a porra da boca, Giovanni — Ele ri, fudidamente ri.

— Foi o que pensei... — Ele sorri e encosta na parede. Depois de alguns minutos, Greta abre a porta e olha entre nós dois.

Amo & GretaOnde histórias criam vida. Descubra agora