Capítulo 4

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Amo

Chego em casa em tempo recorde, entro no elevador e quando chego na cobertura a porta se abre e revela meu pai, bem puto.

— Decidiu nos agraciar com sua presença, Amo?

— Pai, desculpa, estarei pronto em cinco minutos — Falo subindo as escadas.

— Estou contando, Amo — Diz meu pai do andar de baixo. Em poucos minutos, tomo banho e visto meu smoking, vou para o andar de baixo com a gravata borboleta em mãos, chego perto de minha irmã e dou a ela, Marcella sorri e começa a ajeita-la.

— Você nunca aprenderá?

— Tenho você, maninha — Ela sorri balançando a cabeça.

— Prontos então? — Pergunta meu pai, e minha mãe se levanta do sofá e vai para seu lado, ela me dá um sorriso e logo envolve as mãos no braço de meu pai. Descemos e entramos no carro, a caminho do tal evento beneficente, vou atrás com minha irmã, ela encosta a cabeça em meu ombro.

— Ficaremos quanto tempo nessa tal festa?

— Quanto for preciso, filho — Afirma meu pai — Você precisa estar mais presente nesses eventos, e tem mais uma coisa — Ele olha para minha mãe, ela sorri e assente — Bom, tenho alguém para lhe apresentar, uma jovem muito encantadora — Enrijeço, minha irmã percebe e me encara com preocupação, Marcella dá um aperto em minha mão, e sei o que ela quer expressar "estou aqui", olho para ela e tento lhe tranquilizar com um aceno de cabeça, mas minha irmã sabe que isso mexe comigo, Marcella sempre sabe, nós nos conhecemos tanto, que assusta. Quando chegamos ao local meu pai faz questão de deixar a mim e minha irmã o mais aparentes possível, nos deixando o mais desconfortável possível também, embora não seja sua intenção, meu pai faz o que é esperado dele, ele é um bom Capo e pretendo ser como ele, ou melhor, se possível. — Amo, essa é Serena, filha do meu Underboss de Boston — Ela sorri docemente, mas sei que é falso, como todas as anteriores que meu pai me apresentou. A cumprimento. — Marcella — Meu pai chama minha irmã — Vamos deixar que eles conversem.

— Seriamente? — Minha irmã zomba.

Marcella — Meu pai rosna, minha irmã sorri falsamente e diz.

— Oh perdão, vamos deixar os pombinhos conversarem — Depois de uma longa e entediante conversa com a loira, saio de cena usando a desculpa de que preciso ir ao banheiro.  Avisto minha irmã no bar tomando um Martini, quando ela me vê sua cabeça tomba ligeiramente para o lado, reviro os olhos e Marcella tenta segurar sua risada, e então ela ajeita sua postura e diz — Oh Amo, é um verdadeiro prazer te conhecer, proponha casamento a mim e vamos ter um matrimónio longo e infeliz — Ela tenta imitar a voz de Serena.

Tipo isso — Zombo me sentando ao seu lado .

— Isso não é justo, você sabe...

— Não tenho escolha, Marcella.

— Seriamente acha que nosso pai fará você se casar com ela?

— Provavelmente, não tenho outra opção.

— Claro que tem, jogue a merda para o ar e se case com quem você realmente deseja, afinal logo tudo o que o sol toca pertencerá a você, certo? — Ela zomba e me encara, um nome silenciosamente citado entre nossos olhares.

— Não é assim que as coisas são.

— Foda-se, Amo, você merece mais.

— Nosso pai teria um infarto, Marce, você sabe disso, e tudo bem, fico feliz que pelo menos você se case com quem realmente quer.

Amo & GretaOnde histórias criam vida. Descubra agora