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Any Gabrielly

— Essa é a proposta de trabalho, o que vocês acham?

Contei todo meu impasse à Mary e Sabi enquanto jogávamos uma partida de dominó.

— Me acham louca de estar considerando?

— Acho que será bom para você... – Mary diz simples.

— Gaby... esse menino vai precisar de você por um bom tempo – Sabi diz concentrada no jogo.

— É, eu sei.

— Coração... você deixará de vir aqui? Esse emprego vai tomar o seus dias por completo... – Mary pergunta meio entristecida.

— Nunca, Maryzinha! Se eu aceitar, pode ter certeza que terei o meu tempo para vir aqui, talvez até trazer o bebê para pegar um sol nessa área externa... se o pai permitir, é claro.

— Sabe que te considero da família né? Você é a avó que eu nunca tive – a abraço apertado e ela me dá um beijo no topo da cabeça.

— Eu sei, coração, você é uma neta pra mim – faz um cafuné no meu cabelo e sorrio.

— Vovó, também quero carinho... – Sabi diz com um bico e rimos.

— Claro, querida, venha também – se aproxima e ficamos por um tempo naquele momento.

— Acho que vou aceitar...

— Tem certeza?

— Uhum, vai ser bom, como você mesma disse e está tão difícil arrumar emprego sendo mãe... as pessoas tem preconceito.

— É desse jeito, Gaby, só de ser mulher você já perde ponto – Sabi fala meio revoltada.

— Pelo menos esse trabalho não vai me separar da Eva.

Terminamos o jogo com uma vitória de cinco partidas para Mary, incrível como ela sempre vence.

[...]

Já era noite, coloquei minha filha para dormir depois dela mamar e então lavei as louças do nosso jantar.

Enviei uma mensagem a Savannah afirmando ter algumas exigências para aceitar sua proposta e ela não perde tempo e me liga.

— Any, você não sabe o peso que está tirando dos meus ombros... obrigada mesmo... pode falar... tudo que estiver a meu alcance, eu farei.

— Eu não disse sim ainda...

— É, mas está considerando.

— Eu tenho algumas questões...

— Diga.

— Sei que é um trabalho integral, mas eu poderia sair com o bebê? Para passear ou apenas me acompanhar?

— Desde que seja um local apropriado para se levar uma criança, sim... e se o Josh permitir também... essa parte vai ser meio complicada.

— Ah, sim... Outra coisa, quanto tempo eu terei que trabalhar num período integral?

— Bom... isso você e Josh terão que ver mais pra frente, vai da necessidade... mas, certamente, quando Ethan for para a escolinha, você não terá que trabalhar o dia inteiro.

Ethan... então esse é o nome do bebezinho...

— Josh é o seu marido, certo? O pai do bebê... – confirmo.

— Sim.

— Vocês tem mais alguém da família para dar apoio?

— Meus cunhados... Sina, irmã do Josh,  e Noah, marido dela, podem ajudar, também tem a Joalin, minha prima, ela vive aqui em casa.

12 LETTERS | BEAUANY STORYOnde histórias criam vida. Descubra agora