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Any Gabrielly

— Eva, filha, a mamãe precisa ter uma conversa séria com você...

Já era hora de contar para minha filha sobre as mudanças dos próximos meses, ela está acostumada a ter toda a minha atenção e, com a chegada de Ethan, ela terá que aprender a dividir.

Savannah está com trinta e uma semanas então não resta muito tempo para ela, seu o corpo está na beira de um colapso, mal a vejo, ela me deu essas semanas de folga já que os primeiros meses do bebê serão intensos.

— Você sabe que a mamãe vai começar a trabalhar cuidando do bebê da tia Sav, né? – assente – Então, meu amor, nós vamos morar lá na casa dela por um tempo e a mamãe não vai poder mais brincar tanto assim com você como nos últimos dias, entende?

Pur que? – pergunta tristemente.

— Um bebê precisa de muitos cuidados, amor, quando você era bem pitica também foi assim.

Não quelo! – fecha a cara e suspiro fundo.

— Filha, tenta me entender, a mamãe precisa de trabalho e esse foi o único em que eu poderia te levar... Você preferia ir pra creche todo dia cedo? – nega com a cabeça.

— Então, minha princesinha... peço que seja uma mocinha grande e não me dê trabalho, hm? – beijo sua bochecha.

Tá bom... – se conforma.

— Sabe que te amo mais que tudo né, minha bebê? Eva, você e sua tia são as pessoas mais importantes da minha vida...

Também ti amu, mamain – me dá um forte abraço.

— Me ama? – pergunto e ela assente.

— Muito ou pouco?

Muito!

— Te amo tanto, neném... você é a melhor filha do mundo, sabia? – dou uma série de beijos em seu rostinho a fazendo rir.

— Quer sair pra passear hoje?

Sim!

— Onde você quer ir, meu amor?

Paque.

— Parque de diversões? – pergunto e ela assente – Então nós vamos!

[...]

Troco as nossas roupas por umas mais fresquinhas e logo dirijo até um parque de diversões que abriu recentemente.

— Onde você quer ir primeiro em, filha?

Nesse – indica o carrossel e entramos na pequena fila.

A nossa vez chega e subo no cavalinho com ela que se diverte nos três minutos de brinquedo.

Eva me pediu pipoca assim que avistou um moço vendendo e então nos sentamos para que ela pudesse comer.

— Come com calma, amor, você vai engasgar – digo ao vê-la com as bochechas cheias de pipoca.

— Em qual brinquedo nós vamos agora?

Na bola.

— Que bola?

Essa, mamãe – aponta com o dedinho rindo.

— Ah, a roda gigante...

— Termine de comer e nós iremos.

Ao invés de ela mesma terminar o lanche, Eva, simplesmente, enfia o restante das pipocas em minha boca e salta do banco animada.

12 LETTERS | BEAUANY STORYOnde histórias criam vida. Descubra agora