1.5

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Josh Beauchamp

Confesso não ser a pessoa mais fácil de se lidar. Não facilitei para Any desde que ela chegou aqui, mas... a situação não está das melhores pra ela.

Eu não consigo imaginar um cenário em que Ethan estivesse doente e eu fosse obrigado a ficar longe dele, então vou fazer o favor de cuidar bem da Eva para que fique bem e sua mãe não se sinta culpada de estar distante.

Ela podia muito bem ter escolhido ficar com a filha dela, mas priorizou a saúde do meu filho... colocá-lo na fórmula nesse momento é inviável...

Em relação à aproximação de Any com Ethan... bem... é inevitável, eu aceitei até, só me dói um pouco ainda pensar nisso.

É só até o Ethan desmamar...

[...]

Eva está dormindo sozinha já que foi indicado que Any evitasse contato com a filha.

Arrumei um dos quartos da casa para ela e até que ficou bom. Ela acordou algumas vezes com medo, mas é só deixar uma luz ligada, contar uma história e dar o tal do beijo de boa noite que ela fica bem.

Eva ama livros, pede que eu leia um a todo momento... Any fez um bom trabalho, ela quase não pede por telas. Acho que esse é um dos motivos dela ser tão inteligente e falar bem aos dois anos.

Eu e Any não temos dormido muito, Ethan sempre acorda à noite, como costumávamos dividir o trabalho, não ficava tão pesado, mas agora eu tenho me ocupado com a Eva doente e ela está lidando com o bebê sozinha.

A Mônica está de folga, eu a liberei, então, além de cuidar de Ethan, a morena ainda prepara a maioria das nossas refeições, pois eu não sei fazer muita coisa.

— Hora do remédio, Eva...

Não... – diz com um biquinho.

Ela nunca quer tomar remédio, é uma luta todo dia.

Respira, Josh...

Crianças são assim...

— Querida, você não quer melhorar e voltar a ficar grudadinha na sua mamãe?

Sim...

— Então... o remédio vai te deixar boa...

Vai?

— Sim.

— Pronta? Vou contar até três e o aviãozinho vai pousar aí na sua boca... – pergunto e ela assente.

— Um...

— Dois...

— Três! – dou o remédio e ela faz uma careta.

— Viu só? Nem foi tão ruim.

Foi sim.

— Como você é dramática, pequena!

Não sou! – cruza os bracinhos com uma cara brava.

— É sim – dou uma risadinha e ela começa a tossir.

— Hey, respira... quer uma água? – pergunto e ela assente.

Desço atrás de um copo de água e logo volto e a entrego.

A menina bebe tudo em questão de segundos me deixando preocupado. Será que estou oferecendo pouca água a ela?

— Quer mais?

Uhum.

— Vou lá pegar... fica deitadinha aí, combinado?

Sim – tosse mais uma vez.

12 LETTERS | BEAUANY STORYOnde histórias criam vida. Descubra agora