CAPÍTULO 28

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Maria Valentina Guzmán

Tudo aquilo que eu não esperava estava tendo nos últimos dias, com o homem que simplesmente surgiu na minha vida, como se estivesse caído de paraquedas, e despertado sonhos que eu havia deixado de lado a muito tempo.

Gael se tornou parte fundamental dos meus dias. Onde depois de um longo e exaustivo dia, dando aulas para aquelas crianças que eu amava tanto, eu poderia encontrar um homem carinhoso sempre me esperando com um sorriso meio de canto e disposto em me dar todo o carinho do mundo. E olha que quem visse aquela muralha de músculos, de cabelos compridos, e jeitão azedo e antisocial, jamais imaginaria o quanto ele poderia ser tudo o que uma garota precisava.

Foram poucos dias juntos, mas dias suficientes para que eu não desejasse outra coisa durante a noite, que não fosse seus longos e fortes braços em torno de mim, e seu peito musculoso e cheiroso para repousar minha cabeça, enquanto ouvia seus batimentos calmos e ritmados até que o sono me tomasse.

E por mais que eu tivesse feito planos diferentes para essa noite, que termina em um desastre, no primeiro deslize eu me vejo seguindo em direção a sua cabana torcendo para que ele estivesse em casa. E assim que saio do meu carro, sentindo meu batimentos descontrolados e minhas mãos trêmulas, apresso meu passos pegando a cópia das chaves que o Gael, eu penso se estou realmente fazendo a coisa certa. Se seria uma boa ideia procurar por ele justamente hoje, ainda mais a essa hora. Mas o que eu poderia fazer, se ele havia sido a única âncora que havia me restado para não naufragar?

E todos meus pensamentos imediatamente diluem quando eu o encontro em sua cozinha, com as mãos espalmadas sobre o mármore, que parecia apoiar o peso do seu corpo, enquanto sua cabeça estava baixa e seus cabelos soltos recobria seu rosto. Mas quando ele percebe minha presença, seu olhar se levanta em minha direção e eu vejo o quanto ele também não está bem.

Meus batimentos que antes estavam descompassado, agora perdem totalmente o ritmo, quando meu peito se aperta e um no gigantesco nó se forma em minha garganta.

Eu não queria vê-lo assim. Eu não queria que ele tivesse qualquer tipo de problema, ou que algo o afetasse ao ponto de deixá-lo daquela maneira. Mas acabo não pensando muito, e jogando minha bolsa sobre qualquer coisa, apresso meus passos em sua direção, e assim que ele vira-se em minha direção, me jogo sobre ele envolvendo seu pescoço em meus braços enquanto o beijo.

Minha vida era uma droga, minha mente era uma traidora que vivia me enganado e trazendo coisas que eu já deveria ter superado, mas nada, nada em minha vida, consegui manter elas fora de controle, ao menos enquanto estava em seus braços. E era isso que eu precisava hoje, dos seus braços, do seu corpo, de tudo que pudesse me fazer sentir melhor e acabar com aquela agonia.

Sim, você pode me condenar. Eu estava usando meus sentimentos pelo Gael, e o que tínhamos, como meu cano de escape para todos os meus problemas.

Mas antes que nosso beijo se aprofundar até onde eu queria chegar, sinto suas fortes mãos segurarem minha cintura, e ele se afastar de mim.

- Não sou uma boa companhia no momento. Me perdoe.

- Então me deixe fazer esquecer seja lá o que esteja te incomodando. - respondo desejando poder tirar tudo o que ele sentia no momento, exatamente como ele conseguia fazer comigo.

Mas sua cabeça acena em minha direção, e sua mão passa entre seus cabelos, jogando suas mechas douradas para trás.

- Comigo não funciona assim. Não é fazendo amor que eu vou me livrar desse peso.

GANGUESTER. Missão Colombiana - O Jogo De Conquista.Onde histórias criam vida. Descubra agora