CAPÍTULO 39

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Gael Magnar

Entrar na casa do prefeito parecia que seria mais difícil do que realmente foi, e talvez, se não fosse por nosso breve contato nos últimos tempos, eu tivesse mais dificuldade, afinal, o lugar estava repleto de seguranças armados, que seguiam cada passo dado dentro daquele que parecia um forte criado para a última pessoa da lista do assassino misterioso.

Atravesso todo o hall de entrada e a sala de estar sendo guiado por um dos seguranças que estava na porta quando cheguei, e ele me leva até duas enormes portas com mais um guarda que a abre revelando um escritório com paredes repletas de prateleiras cheias de livros, e atrás de uma enorme mesa negra estava o homem que vim atrás.

Seu olhar se ergue em minha direção e vejo ele pouco abalado, talvez nem mesmo incomodado por ser o único alvo ainda vivo. E essa falsa segurança deveria vir do enorme número de guardas costas que estavam lhe guardando.

- Ora! A que devo sua visita, meu querido amigo Norueguês? - o sarcasmo é claro no seu tom de voz, assim como naquele leve sorriso de canto em seu rosto.

A porta atrás de mim é fechada assim que entro em seu escritório e assim ficamos a sós naquela sala. Um grave erro. Pois, se eu fosse o assassino como muitos deles pensavam, eles estavam me deixando sozinho para concluir meu trabalho. Mas então me lembro que aquele desgraçado sabia minha verdadeira identidade, e sabia que eu não poderia ser o assassino que estava a solta. Porém, mesmo assim, eu não me deixaria sozinho comigo.

- Bem. Poderia dizer que seria uma visita para prestar meus pesares, mas você não parece muito abalado por perder outra pessoa próxima a você.

Romero se move se recostando em sua cadeira enquanto cruza seus braços em frente ao seu peito enquanto me encara.

- Digamos que eu meio que esperava por isso, devido aos últimos fatos ocorridos, a lista só está se completando.

- Então, quer dizer que reconhece que existe uma lista, uma sequência para todos esses assassinatos? - questiono indo até a cadeira a sua frente, do outro lado da sua mesa, e me sento ali sem que ele precise me oferecer para me sentar.

- A está altura, está mais que claro que os assassinatos estão seguindo uma sequência.

- E que o próximo na lista é você. - completo sua fala e vejo aquela ponta de sorriso sarcástico tipico em seu rosto evaporar.

Ele havia percebido que eu já sabia o que estava acontecendo, e que ele era a próxima vítima. Só não imaginava que eu ainda não havia descoberto porque.

Romero se remexe parecendo desconfortável em sua cadeira e respira fundo rapidamente.

- Não sei como meu nome pode estar nessa lista. E o que esse maldito está querendo, o que ele ganha com todos esses assassinatos, mas se eu for o próximo estou preparado para ele. E você irá me ajudar nisso.

Estranho sua última frase e franzo minha testa tentando compreender o que ele queria dizer.

- E como acha que eu irei te ajudar? Se não me engano, na minha posição, estou mais para ajudar ao assassino do que a você.

Romero volta com aquele maldito sorrisinho.

- Então quer dizer que mesmo com toda sua esperteza e toda a sua experiência não se deu conta de quem o assassino possa ser? Não levantou nenhuma suspeita? Porque talvez ele esteja mais ligado a você do que a nós. Afinal, todas essas coincidências, sejam demais para levar a culpa dos assassinatos até você. Talvez seja alguém querendo te acusar dos assassinatos. Não pensou nessa hipótese ainda?

GANGUESTER. Missão Colombiana - O Jogo De Conquista.Onde histórias criam vida. Descubra agora