CAPÍTULO 41

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Gael Magnar

Era isso, Mia era a assassina, mesmo com seu pequeno porte, ela treinou sua vida inteira para sua vingança, sempre alimentando seu ódio as escondidas, e tendo que viver com todo seu passado.

O que aconteceu com ela depois da morte dos seus pais, eu não me interessava mais saber. Depois de tudo o que ouvi e vi nela, só poderia imaginar que tenha sido o pior, e talvez agressão, abuso sexual, abuso mental, tudo isso, tenha sido pouco para o que ela tenha passado. E quem cometeu isso? O conselho do seu pai. Eliot se aprofundou em sua pesquisa e ligando os pontos, e o que o Mike soube pelas garotas, o plano foi todo tramado pelo prefeito e executado por todos aqueles velhos que estavam mortos. Todos eles, sem um para se salvar, abusaram e usaram dela. Não sabemos exatamente qual deles executou seus pais, e talvez nem a Mia saiba exatamente, mas pelo prefeito ter sido seu padrinho, e o braço direito do seu pai por muitos anos, ela tenha guardado um rancor maior por ele, e não a julgo por isso. Sempre quem está mais perto é quem menos esperamos as piores coisas.

Ximena e Safira assumiram ter ajudado a Mia o tempo todo. Eram suas cúmplices e parte de seu cérebro nessa operação, ajudando a contornar todos os obstáculos e criar os melhores momentos para cada ação da Mia. E o Pacho fazia parte do bando delas, como a Mia disse, ele foi fiel a ela e sua família mesmo depois da morte dos seus pais. Mas ela o matou por mim, para salvar a minha vida, e para não me permitir afundar ainda mais nessa história, por mais que ela mesma já tenha feito isso antes.

O primeiro assassinato na boate foi mesmo muita coincidência, isso a própria Ximena disse ao Mike, ao comentar que ela desconfiava que eu havia lhe visto naquela noite, e realmente, voltando as lembranças daquela noite, lembro de ter visto alguém como ela, até achei ser uma confusão da minha mente, mas agora sei que era ela mesma, que estava lá, camuflada entre as garotas para ajudar sua amiga.

O herdeiro Herrera também fazia parte dessa história. Como melhor amigo, ou noivo da Mia, ele a ajudou por muito tempo, e mesmo estando fora, ele voltou assim que percebeu que ela havia colocado em prática sua vingança. E preciso admitir, eu sentia um pouco de ciúmes dele, pois talvez ele tenha sido o primeiro a ser tão próximo dela, e poderia permanecer ao lado dela sempre que ela precisasse.

Mas agora desvendado esse mistério do assassino, coisa que a polícia colombiana não conseguiria graças ao sistema de inteligência e de propina do Don Duque, que agora não parecia ser tão mal assim, já estava na hora de deixar Gael Magnar em paz, na solidão dele, e partir para a próxima identidade, isso só com o Mike, Thor e Pantera, os meus aliados desde o início dessa história.

Mas agora desvendado esse mistério do assassino, coisa que a polícia colombiana não conseguiria graças ao sistema de inteligência e de propina do Don Duque, que agora não parecia ser tão mal assim, já estava na hora de deixar Gael Magnar em paz, n...

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Maria Valentina Guzman

Ouço os motores do avião sendo ligados e me seguro ao sinto, como se precisasse estar firme ali para me manter firme a minha decisão.

- Você está certa disso? - a voz de Ximena chama minha atenção e acabou olhando para ela, sentindo meu corpo tenso, mas meu coração em paz.

- Sim. Ele também partiu, e eu preciso assumir os negócios da família, e para isso preciso voltar ao México.

Gael havia partido, isso sem se despedir de mim. Ele não me deu a chance de explicar, de dizer que mesmo depois de tudo, eu ainda o amava, e talvez essa tenho sido a única coisa verdadeira que vivi ali. Mas ele escolheu assim, e eu não o culpava, e teria que viver com a minha culpa. Eu o usei. Usei o fato dele ser um Ganguester criminoso, alguém destemido, para me camuflar. Usei as coincidências do destino, que o colocava no centro de cada assassinato, para que ninguém desconfiasse de mim e da minha vingança. Talvez se não fosse ele, logo na segunda morte todos saberiam quem era o verdadeiro assassino. Sim, eles saberiam. Eles tinham consciência do que fizeram no passado comigo, e por mais que tenham tentado apagar isso da minha memória, e eu me fizesse de esquecida perto deles, no fim eles sabiam o porquê estavam morrendo. Eu via isso em seus olhos antes da morte, por isso não usava máscaras, não me camuflava antes de enfiar uma das adagas do meu pai no coração de cada um deles. Eles precisavam saber porque estavam morrendo, e eles sabiam, sempre souberam, por isso não me sinto culpada, pois me preparei minha vida inteira para esse momento.

Mas todas aquelas mortes não iam me deixar em paz, eu sabia disso, e o Gael também, porque ele já viveu algo parecido em seu passado, mas eu não estava atrás de paz, só queria a minha vingança, e agora estava na hora de partir. E por um lado o Gael me fazia um favor. Ele estava me permitindo partir livre, sozinha com minhas amigas e meus cúmplices, sem precisar pedir que ele abandonasse sua busca pela paz, para viver em meio ao caos onde eu iria viver. Pois o México era isso, era retomar o que um dia pertenceu a minha família, era voltar a viver no mundo das drogas e do crime, e ele não merecia isso, ele já havia passado por muito para ter que voltar para isso, e eu o admirava em ter essa coragem de renunciar a tudo o que já havia conquistado para buscar uma vida nova. Queria eu um dia ter essa mesma coragem.

Mas eu não partia sozinha, e não só em meu coração eu carregaria para sempre, porque em um ato egoísta eu havia guardado uma pequena parte dele que seria eternamente minha. E sinto isso quando minha mão desliza sobre minha barriga, onde eu a repousava sem ao menos me dar conta.

- Mas você deveria ter contado isso a ele, ter dado a chance dele saber e poder escolher. - desta vez é Safira que me interrompe, sentada em frente a mim e com seus olhos onde minha mão esta.

- E o deixar em dúvida? Abandonar toda a paz que ele construiu por algo que irá tirar toda sua paz? Eu já o envolvi muito nisso, já o magoei demais para pedir que ele mude toda a sua nova vida pelo caos que é a minha.

- Então porque você não larga tudo e vai com ele? Você já teve a sua vingança, não precisa voltar para o México.

- Eu já fui longe demais para desistir agora, é o legado da minha família. Gerações deram a vida para construir tudo isso, e esse é o meu legado. Mas se vocês estiverem arrependidas e quiserem ir com o Mike, eu não vou obrigar vocês a ficarem comigo.

- Nos não vamos te abandonar. Nós três estamos juntas nessa. - a promessa vem de Ximena, mas no fundo meu coração sabia que o coração de Safira não estava mais comigo, e como o meu, ele estava bem longe daqui.

- Eu agradeço a vocês meninas. E mais do que nunca é muito bom ter vocês ao meu lado, mas quero que saibam que vocês são livres para ir quando quiserem ir, e poderão voltar quando quiserem também. Porque somos uma família. - me reclino segurando as mãos das duas que me olham agora com sorrisos em seus rostos.

- Nós seremos as melhores tias que seu bebê irá ter, e vamos te apoiar em tudo, como sempre foi até aqui. - Safira quase me faz chorar, e sentindo todo o amor, carinho e lealdade das minhas amigas, tenho mais certeza que estou fazendo a coisa certa, mesmo que lá no fundo algo me pedisse para voltar...

Continua...

Continua

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