GANGUESTER. Missão Colombiana - O Jogo De Conquista.

Epílogo

Meses depois...

- Nunca gostei tanto de correr em uma praia como agora. - Mike, ou melhor, Otto, comenta assim que passamos por um grupo de garotas na beira da praia.

- Pelo jeito já superou as garotas colombianas. - comento enquanto tento manter minha respiração em ordem, o que era fácil, vendo a areia branca e o mar mais azul e cristalino que já vi em minha vida, mais do que em Magdalena.

- Não, não. E até queria falar com você sobre isso... - ele até tenta completar sua frase, mas logo uma garota loira, de olhos verdes passa por nós, indo em direção ao mar com os remos do seu caiaque - Caramba! Esqueça o que eu ia te falar.

Confesso que também fiquei um pouco descompensado na hora, porque garotas loiras como aquela era difícil de se ver, ainda mais em Tuvalu, um país que era uma pequena ilha no meio da Oceania, e o menos visitado no mundo, mais paradisíaco que isso acho que não teria. E por não haver muitos turistas, maior parte das pessoas tinham traços tuvaluano, nada parecido com aquela garota.

- Até porque pelo jeito você mesmo já esqueceu...

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No dia seguinte sigo com a minha rotina, levanto cedo, em uma cabana simples desta vez, mas com uma bela vista para o mar, e preparo meu café da manhã admirando a vista da janela, logo depois acabo comendo sentado no assoalho de madeira da varanda, contemplando toda a imensidão do mar e com meus pensamentos completamente vagos. Dias de paz assim eram raros, mas quando você tem o completo silêncio que era quebrado apenas pelo som das ondas se quebrando e o vento, era facial se acalmar e calar suas memórias. Ainda mais quando Mike estava fora.

Mas esse silêncio não dura muito, pois enquanto estou correndo pela praia ouço alguns pedidos de socorro vindos da água.

Meus instintos cravam meus pés na areia e então olho em direção ao mar, vendo uma garota se debatendo na água enquanto pedia ajuda. No mesmo instantes viro meus passos em sua direção, sem registrar se haviam outras pessoas paradas observado, e corro para salvar a garota no mar.

Mergulho na água sentindo a adrenalina tomando conta do meu corpo, e nado até onde ela está, o que não é muito longe na praia, mas fundo o suficiente para afogar alguém que não saiba nadar. E assim que alcanço tomo ela em um agarre forte que a mantém com a cabeça para fora da água.

- Moça, calma, eu a peguei, agora está segura.

No mesmo instante ela tosse parte da água que havia engolido e respira fundo se agarrando forte em mim, e assim nado de volta levando ela comigo.

Tento ignorar que a garota que eu havia resgatado era linda, alta, com um corpo escultural em um biquíne verde escuro, e que era a mesma garota loira que um dia antes havia chamado a minha atenção e do Mike.

- Obrigada, moço. Sem você eu teria me afogado. - ela me agradece enquanto a carrego em meu colo até a areia firme.

E então um estalo vem em minha cabeça.

- O que você fazia na água se não sabia nadar? Além do mais, ontem mesmo a vi saindo com um caiaque.

Paro na areia ainda a mantendo em meus braços, mesmo que ela já esteja a salvo, e ela também não me solta, mantendo seus braços presos a mim, e só de constar isso meu corpo já reage de forma inesperada.

É a carência por ficar tanto tempo isolado, reze para ninguém perceber isso em seu short molhado. - aquela voz dentro da minha cabeça da o ar da graça novamente, e isso tem sido constante, ainda mais quando só tenho ela e o Mike para conversar nos últimos meses.

Mas é o rosto corado e todo molhado me encarando que volta a prender minha atenção.

- Eu estava andando de Stand Apple Paddle, e não pensei que aquela região era tão funda, nem que eu cairia tão facial na água, afinal no caiaque mal cheguei a tocar a água.