CAPÍTULO 16

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Gael Magnar

Encaro o forro de madeira a cima da cama me sentindo completamente desconfortável naquela cama do abrigo. Por mais que a cama fosse de casal e estivesse cheia de travesseiros e almofadas, ela era muito desconfortável, ou era eu que estava desconfortável naquela situação.

Mia não questionou minha decisão quando bati novamente na porta pedindo para dormir ali. Ela também não fez nenhuma pergunta depois de preparar um dos quartos do abrigo para mim, nem quando ela me deixou sozinho ali.

Respiro fundo impaciente e completamente sem sono, quando tento pensar em tudo o que está acontecendo, mas minha mente me trai e só me faz pensar em uma coisa, que Mia está do outro lado do corredor, a poucos passos de mim, deitada confortavelmente em sua cama e isso me lembra dela na cama do meu quarto de visitas, usando apenas sua langerie branca.

Rosno comigo e me viro enfiando um travesseiro sobre minha cabeça tentando repreende a minha mente a se esquecer daquilo. Mas então lembro do nosso beijo a pouco, do seu corpo ofegante sentado sobre aquele balcão, da sensação de sentir o sabor da sua pele, o calor do seu corpo... E meus pensamentos são interrompidos por duas batidas na porta.

Paro por um instante e deduzo que não seja coisa da minha cabeça, então me levanto assim como estou, usando apenas minha cueca box preta e abro a porta, deixando meu corpo atrás dela enquanto olho pela brecha que abri, vendo Mia usando uma pequena e fina camisola azul clara, com alças finas e uma fina renda branca em baixo. E puta que pariu, essa garota ia me destruir.

- Oi. - sua voz me obriga e interromper meu passei com meus olhos por seu corpo pequeno e delicado naquela peça de roupa que deveria ser proibido ser usada por ela, e a encaro ignorando minha excitação que pulsa doloridamente.

- Oi. O que faz aqui? - vou direto ao ponto.

Mia me olha sem jeito e então passa sua mão em seus cabelos que estão soltos e percebo que ela não sabe direito o que dizer, mas logo parece se recuperar e volta me encarar cruzando seus braços em frente ao seu peito.

- Eu vim ver se você está bem.

- Estou ótimo. - minto e a encaro sentindo meu querido amigo se apertar desejando aquela garota e rasgar aquela camisola toda.

- Que bom. Então, será que pode me dizer porque voltou? Porque quis dormir aqui?

- Agora? - questiono me lembrando que ela deveria ter questionado isso antes de me recolher, e agora sua chance já havia passado.

- Sim. Deve ter algum motivo para você ter saído daquela forma e meio minuto depois voltar pedindo para dormir aqui.

Respiro fundo tentando controlar minha excitação, mas também ganhar tempo para pensar em uma resposta que a convencesse.

- O Mike me pediu para ficar. Acho que ele não achou seguro você e os garotos sozinhos com um assassino a solto, e nem ele e nem as garotas estarem na cidade.

Eu não havia mentido. Quer dizer. Em partes. Porque era realmente perigoso, e talvez ele também quisesse isso, eu só não o perguntei.

Mia por sua vez descruza seus braços e coloca suas mãos em sua cintura ao mesmo tempo que se apoia em uma de suas pernas me encarando como se desconfiasse de mim. E ela ficava tão sexy assim que já estava me irritando.

- Duvido que seja isso. Vamos, diga logo o verdadeiro motivo.

Reviro meus olhos impaciente, mas não vou dizer a ela que era eu que havia decidido dormir ali para cuidar dela e daqueles moleques.

GANGUESTER. Missão Colombiana - O Jogo De Conquista.Onde histórias criam vida. Descubra agora