GANGUESTER. Missão Colombiana - O Jogo De Conquista.

CAPÍTULO 37

Gael Magnar

- Você não estava aqui. - a voz sonolenta da Mia murmura contra meu peito, depois que deito ao seu lado com minha cabeça rodando todas aquelas informações que eu havia adquirido nas últimas horas. Tudo isso era demais.

- Me desculpe. Precisei resolver alguns problemas. Mas estou disponível para você. - beijo com cuidado o topo de sua cabeça, enquanto a seguro contra meu corpo.

- Não está, não. Sua mente não está aqui.

Mia me olha com aquele olhar perdido, e eu não a respondo porque ela está certa. Minha mente não estava aqui, mas eu precisava ficar perto dela.

- Então acho que preciso que você faça ela voltar. Preciso de você mais perto de mim. - a puxo completamente sobre mim e seu sorriso já é o suficiente para me fazer sorrir de volta.

- Gael. Você não tem jeito mesmo.

Ela se remexe e lá está aquela excitação latejante me tomando e me fazendo querer estar dentro dela para afastar todos aqueles problemas.

Mas então, quando ela vem e me beija, e eu fecho meus olhos, é como se minha mente voasse para onde não deveria, e logo toda aquela insegurança, aquele monte de perguntas bombardeiam minha mente e não posso me conter quieto.

- Mia. - afasto meu rosto, rompendo com nosso beijo e a encaro - Eu preciso, e preciso muito saber o que está acontecendo, o que aconteceu, eu preciso saber de toda essa história, e tem que ser por você. Não posso ficar nessas suposições. Eu preciso da verdade, não só por mim, mas por nós. Não vai dá pra levar isso a diante sem que eu saiba de toda a verdade.

O medo e a insegurança ficam nítidos em seu olhar, mas logo ela fica furiosa e no mesmo instante sai de cima de mim, rolando para a cama.

- Eu já disse que não posso falar sobre isso, Gael. Eu não quero reviver meu passado. Já falei tudo o que tinha que ser dito para quem precisava saber.

Mia é rápida e ágil em sair da cama e se afastar dela, me fazendo me sentar na cama para lhe ver pegando suas roupas e as vestir. Mas não posso deixar ela ir sem nenhuma resposta, então salto de onde estava e vou até ela, segurando seus braços depois que ela já está de calcinha e com sua camiseta, a obrigando olhar para mim com aquele olhar irritado.

- Você não vai sair assim. Já chega Mia. Eu já sei. Sei de boa parte da história, sei quem você é, sei que eles querem você. Mas você tem que me dizer porque, me dizer o que eles fizeram com você e quem são eles. E eu prometo, com a minha vida, que eu vou acabar com cada um desses malditos com minhas próprias mãos.

Seu olhar irritado passa a surpreso, e então, seus olhos são tomados por lágrimas que ela não permite se derramar, mas que quase transbordam de seu olhar de dor, mágoa, devoção, e uma porrada de sentimentos que não consigo decifrar.

- Para que? Isso vai apagar o passado? Vai me fazer esquecer tudo o que eles fizeram, e tudo o que eu passei? Porque se você puder fazer isso, por favor, vai lá e acaba com isso. Mas se não puder, me deixa. Não mexe nas minhas feridas, as fazendo me machucar ainda mais.

Mia é forte e se aproveita do momento de distração analisando tudo o que ela me diz, e mexido com a dor que está em sua voz, para se soltar do meu agarre e tentar ir até o seu short que estava do outro lado do quarto. Mas antes que ela se afaste, tomo seu pulso e a puxo a fazendo virar de volta para mim, e tento não me abalar com o estado de raiva e dor que ela sentia.

Eu ia foder com esses desgraçados quando eu os encontrasse.

- Eu não posso mudar ou apagar o que aconteceu, mas eles não podem viver por aí livres, matando mais pessoas, indo atrás de você. E acredite, eles vão te encontrar mesmo que eu a tire daqui, ou que você fuja.