★42. Imbecil★

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Coringa Narrando

Fiquei andando de um lado para o outro tentando respirar direito.

Coringa: Ela me traiu. - disse assim que ele atendeu.

NU: Marca dez que eu tô aí. - desligou e eu fiz o mesmo com meu celular.

Ele chegou com um fardo de cerveja de um lado e uma garrafa de whiskey do outro.

Coringa: Ela me traiu, me traiu. - sentei e fiquei passando a mão na cabeça.

NU: Um animal sem chifres é um animal indefeso. - riu. - Foi mal, não aguentei. - fui na cozinha e peguei os copos e gelo. - Já decidiu se vai tentar perdoar ela?

Coringa: Ainda nem caiu a ficha que eu sou corno. - virei uma dose. - Fala de outra coisa não quero pensar nisso.

Ficamos falando sobre o morro, a boca e o carregamento que chegava mês que vem. Pelo menos minha ida pra Colombia tinha válido à pena, se antes a gente só tinha produto bom, agora somos a elite. NU voltou pra casa quando começou a amanhecer, já tínhamos bebido tudo.

Tomei banho e caí na cama. Lembrei dela, de tudo e algumas lágrimas rolaram, fazia mó cota que não chorava, acho que a última vez eu ainda era menino. Limpei o rosto rápido e não demorei pra apagar.

Coringa: Pago vocês pra venderem droga ou pra fofocarem? Atividade nessa porra. - dei um tapão em cima da mesa e os vapores se assustaram.

Tava só no ódio. Fazia uma semana que não falava com a Any mas isso não me impedia de pensar nela. Fui pro baile cheio de mal intenção mas tu acha que eu consegui agarrar alguém? Via o olhar dela decepcionada comigo em toda mina. Até bebado a demônia não saía da minha cabeça. Ontem ia por um fim naquilo.

Peguei duas minas que eram profissas no que faziam e arrastei pra um barraco. Elas começaram a se agarrar e meu filhão logo deu sinal de vida, pelo menos isso. Encapei ele e parti pro ataque. Tu conseguiu gozar? Porque eu não.

Saí daquele barraco com mais raiva que entrei, minha vontade era sair atirando em todo mundo. Montei na moto e desci a rua, avistei de longe a Sina com um monte de sacola na mão.

Coringa: Carona, senhora? - parei com tudo do lado dela.

Sina: Tá doidão? Quer matar uma grávida de susto? - ri e encarei a barriga dela, já tava grandinha.

Coringa: Vão descobrir quando que é um molecão?

Sina: Amanhã. - alisou a barriga.

Subiu na moto e eu arrastei pra casa do NU. Ela desceu da moto e ficou me encarando.

Coringa: Sou gostoso mas não sou talarico não. - olhei serinho pra ela.

Sina: Deixa de ser ridículo, eu amo o Noah. - me deu um tapa. - É só que... liga pra a Any, vocês precisam conversar.

Coringa: Nem vem me tontear, Sina Deinert. Deixa sua amiga na dela que eu tô na minha aqui. - liguei a moto e saí antes dela responder.

Fui pra casa da mãe do NU e bati um rango. Fiquei o dia todo na boca e à noite fui pra casa me arrumar, hoje tinha bailão e o pai tá online.

Cumprimentei os de fé quando cheguei na quadra e já peguei um combo. Tava começando a embrazar quando senti uma mão no meu pulso já ia esculachar, essas putas acham que dou liberdade, mas quando virei era a Sina.

Sina: É sério, só liga.

Coringa: Já disse que não quero papo com a tua amiga, me erra.

Sina: SÓ PRA VOCÊ DEIXAR DE SER OTARIO VOU MANDAR ELA TRAZER ESSE BEBÊ QUANDO TIVER FALANDO JÁ. - gritou e meu sangue esquentou.

𝑮𝒓𝒂𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒉𝒆𝒇𝒆 || 𝙱𝚎𝚊𝚞𝚊𝚗𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora