Coringa Narrando
Fiquei andando de um lado para o outro tentando respirar direito.
Coringa: Ela me traiu. - disse assim que ele atendeu.
NU: Marca dez que eu tô aí. - desligou e eu fiz o mesmo com meu celular.
Ele chegou com um fardo de cerveja de um lado e uma garrafa de whiskey do outro.
Coringa: Ela me traiu, me traiu. - sentei e fiquei passando a mão na cabeça.
NU: Um animal sem chifres é um animal indefeso. - riu. - Foi mal, não aguentei. - fui na cozinha e peguei os copos e gelo. - Já decidiu se vai tentar perdoar ela?
Coringa: Ainda nem caiu a ficha que eu sou corno. - virei uma dose. - Fala de outra coisa não quero pensar nisso.
Ficamos falando sobre o morro, a boca e o carregamento que chegava mês que vem. Pelo menos minha ida pra Colombia tinha válido à pena, se antes a gente só tinha produto bom, agora somos a elite. NU voltou pra casa quando começou a amanhecer, já tínhamos bebido tudo.
Tomei banho e caí na cama. Lembrei dela, de tudo e algumas lágrimas rolaram, fazia mó cota que não chorava, acho que a última vez eu ainda era menino. Limpei o rosto rápido e não demorei pra apagar.
Coringa: Pago vocês pra venderem droga ou pra fofocarem? Atividade nessa porra. - dei um tapão em cima da mesa e os vapores se assustaram.
Tava só no ódio. Fazia uma semana que não falava com a Any mas isso não me impedia de pensar nela. Fui pro baile cheio de mal intenção mas tu acha que eu consegui agarrar alguém? Via o olhar dela decepcionada comigo em toda mina. Até bebado a demônia não saía da minha cabeça. Ontem ia por um fim naquilo.
Peguei duas minas que eram profissas no que faziam e arrastei pra um barraco. Elas começaram a se agarrar e meu filhão logo deu sinal de vida, pelo menos isso. Encapei ele e parti pro ataque. Tu conseguiu gozar? Porque eu não.
Saí daquele barraco com mais raiva que entrei, minha vontade era sair atirando em todo mundo. Montei na moto e desci a rua, avistei de longe a Sina com um monte de sacola na mão.
Coringa: Carona, senhora? - parei com tudo do lado dela.
Sina: Tá doidão? Quer matar uma grávida de susto? - ri e encarei a barriga dela, já tava grandinha.
Coringa: Vão descobrir quando que é um molecão?
Sina: Amanhã. - alisou a barriga.
Subiu na moto e eu arrastei pra casa do NU. Ela desceu da moto e ficou me encarando.
Coringa: Sou gostoso mas não sou talarico não. - olhei serinho pra ela.
Sina: Deixa de ser ridículo, eu amo o Noah. - me deu um tapa. - É só que... liga pra a Any, vocês precisam conversar.
Coringa: Nem vem me tontear, Sina Deinert. Deixa sua amiga na dela que eu tô na minha aqui. - liguei a moto e saí antes dela responder.
Fui pra casa da mãe do NU e bati um rango. Fiquei o dia todo na boca e à noite fui pra casa me arrumar, hoje tinha bailão e o pai tá online.
Cumprimentei os de fé quando cheguei na quadra e já peguei um combo. Tava começando a embrazar quando senti uma mão no meu pulso já ia esculachar, essas putas acham que dou liberdade, mas quando virei era a Sina.
Sina: É sério, só liga.
Coringa: Já disse que não quero papo com a tua amiga, me erra.
Sina: SÓ PRA VOCÊ DEIXAR DE SER OTARIO VOU MANDAR ELA TRAZER ESSE BEBÊ QUANDO TIVER FALANDO JÁ. - gritou e meu sangue esquentou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑮𝒓𝒂𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒄𝒉𝒆𝒇𝒆 || 𝙱𝚎𝚊𝚞𝚊𝚗𝚢
FanfictionAny Gabrielly, é uma adolescente de classe média alta que subiu o morro a procura de diversão! O não imaginava era que uma noite geraria consequências para o resto de sua vida. Josh Kyle beauchamp, vulgo CORINGA, é o chefe do morro do Alemão. Tem c...