Capitulo 1

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Encontrando o impossível

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Ele enfim sentiu aquela queimação. Foi como acordar de um sono muito longo, onde todas as partes de seu corpo parecem dormentes e pesadas.

E quando a dormência começou a sair, e seus ouvidos entraram em foco, percebeu onde estava.

Em um trem.

Seus olhos se abriu levemente e a clareza do ambiente fez seus olhos lavrimejarem, o forçando a fecha-los no mesmo instante.

Passou alguns segundos assim até se acostumar com a claridade, podendo finalmente observar onde se encontrava.

Era uma cabine para uma pessoa apenas, com uma cama minúscula e uma portinhola que dava a um mini banheiro. Uma pequena mesa próxima a cama com um vaso que continha uma flor falsa em cima.

Harry demorou a se compactuar com seu corpo, ao mesmo tempo que se sentia dormente ele também sentia sua pele formigar, por todas as partes.

- Acho que preferia estar morto. - Resmunga, viro meu rosto para a janela, e então forço-me a estar sentado.

"Não diga isso mestre." Um pequeno chiado é ouvido, e ele se assusta ao ver uma cobra aos seus pés. Era uma cobra real mexicana preta. Não parecia uma filhote já que possuía apenas seus um metro , era linda. Suas escamas refletiam em um degradê com o brilho do Sol.

-Você é minha familiar, então? -

" Pode chamar disso se preferir, a Morte me deu algumas habilidades que as familiares não possuem. "

- Qual seu nome? - Questione a inspecionando.

" A morte preferiu que você me desse um nome, uma forma de criar um vínculo. "

- Certo....- Penso por alguns minutos, olho suas escamas negras e então um nome de veio à mente. - Morana -

" Posso saber o por que desse nome? "

- Significa morte e peste. Na mitologia eslava é a deusa do inverno e da morte. Achei que combinasse já que você tem as escamas pretas e me foi dada pela morte. -

" E um bom nome Mestre "

- Por favor me chame de Harry. - Peço recebendo um aceno com a cabeça da pequena cobra.

" Como desejar Harry. "

Abro um sorriso e estico meu braço para a mesma poder repousar sobre a palma.

- Quantos anos tem? -

" Fui criada junto a você, porém meu corpo não e de um filhote recém nascido, em média de cinco meses de vida provavelmente. "

- Certo... Como acha que vai ser agora? Digo, temos que dar um jeito de tirar Tom daquele orfanato. -

" A morte pode dá um jeito nisso. Se quiser. "

- O que sugere? - Pergunto animadamente, por mais que eu não quisesse viver sabia que tinha uma missão a fazer, e já fazia anos que não falava com alguém sem ter que segurar o choro ou a angústia. Era sempre a mesma coisa, o olhavam com pena ou com desdém. Como se não valesse o esforço.

" Ela pode mexer os pausinhos e fazer Sr.Tom adotar Malvoro, algo como 'se arrepender de tê-lo deixado.' "

- Pode ser uma boa.... Como faço para falar com ela? -

Ligados pela morte e ressurreiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora