Capítulo 23

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Felix felicis...
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Harry acordou assim como em todos os dias.

Se levantou, tomou um banho relaxante, deu um beijo de bom dia em Tom e seguiu para fora do dormitório seguindo sua rotina diária.

Pode até parecer comum, mais levando em conta toda a merda que tinha envolvido isso era o mínimo de normal em sua vida que ele podia ter.

Ele se sentia como um robô.

Se sentia controlado a todo tempo e todos os dias Helias o chamava em seu escritório e falava mais um pouco.

O velho caia como um patinho em seu plano e nem parecia ligar que ele não fazia realmente tudo que devia.

Como por exemplo ser desleixado com os estudos.

O velho levou isso como um contra tempo que não tinha importância.

Afinal.

O coelhinho já estava em sua armadilha.

Velho tolo.

Harry estava indo até seu escritório como sempre fazia todos os dias e ditou a senha.

Agora o diretor parecia confiar em si e deixava que ele soubesse a senha toda vez que trocava.

- Harry meu querido! Tenho uma novidade. -

A voz animada quase fez seus ouvidos sangrarem.

- O que seria diretor? - Perguntou sorrindo levemente puxando para algo artificial.

Afinal.

Ele devia estar sendo "controlado".

- Descobri como achar as relíquias! - Harry quase abandonou sua máscara no mesmo instante, mais ele conseguiu apenas piscar surpreso disfarçando com maestria.

- Isso é excelente. - Afirmou esperando que o diretor continuasse.

- Como bem sabe as relíquias se perderam no massacre certo? - Harry assentiu de automático e o velho continuou olhando para os papéis em sua mesa. - Lembro-me que tive um amigo que morava lá e infelizmente morreu junto aos outros, porém. Ele era o filho de um dos anciões. Tenho certeza que um dos velhos as guardaram em algum lugar da aldeia. -

Harry chegou ao entendimento que Helias queria que ele dissesse onde ficava.

Obviamente uma forma de ver se estava tudo sobre controle.

Harry pensou levemente e percebeu que seus pais nunca o disseram onde ficava e nem como chegar no local.

- Desculpe diretor, meus pais nunca me falavam sobre a aldeia, era um assunto muito sensível para minha mãe. - Ditou forçando um olhar arrependido.

- Certo. - O velho nem ao menos tentou disfarçar seu suspiro irritado e olhou para si com um olhar estranho por alguns segundos. - Pode ir. -

Harry nem esperou que Helias falasse algo a mais e disparou para a porta escutando um piado chateado da coruja do diretor.

Ele sempre achou isso meio estranho, a coruja de Helias parecia o conhecer.

Sempre piando tristonha quando ele saia e fazia o mesmo feliz quando ele chegava.

Poderia não ser nada de mais e significasse que ela apenas gostasse de si.

Mais mesmo assim...

Ignorando esse pensamentos ele passou pelo corredor que ficava a sala de poções e viu Tom cruzar com ele para entrar na sala.

A alguns dias depois que começaram com o plano eles se distanciaram levemente.

Ligados pela morte e ressurreiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora