As horas seguintes foram de puro desespero, negação e aflição para Joseph. Ele passou por várias fases no meio de tudo aquilo, enquanto chorava baixinho e esperava.
Se perguntou sobre os ferimentos, a dor que ela poderia estar sentindo, se iria conseguir se levantar, se iria ser a mesma Sabrina e como iria seguir, caso a garota não acordasse.
Repassou em sua mente os melhores momentos com a garota. O melhor deles era o simples e primeiro beijo, o segundo era ambos lendo Sherlock Holmes antes do baile, seguido pela a continuação no quarto que a garota se hospedou, o quarto a dança, o quinto a aula de arco e flecha, e depois iam os outros, um a um, como as partidas de xadrez e as conversas.
E então, veio a culpa. O moreno se sentiu imensamente culpado por algo que não deveria, mas, em sua mente, ele dizia a si mesmo que se ele não tivesse bancado o herói e ido atrás de Sabrina, ela não estaria ali, naquela situação.
Mentalmente, o guarda queria acreditar que ele não tinha culpa nenhuma disso, mas ninguém iria dizer para si e ele não sabia se iria crer nisso. Tudo que ele desejava era ter sua princesa de volta.
Ficou sentado sozinho por horas e já havia chorado tanto que não sabia se tinha lágrimas em seu corpo. Viu o médico da corte entrar e sair juntamente com as serviçais do castelo que o ajudavam trazendo panos e água limpa. Ninguém lhe dava notícia de nada, apenas diziam para o pai da garota, mas o moreno não iria tentar escutar a conversa.
E, então, alguém se sentou ao seu lado, com o vestido se espalhando ao seu redor. Pela roupa, ele reconheceu ser Lauren, se esforçou para cumprimentá-la, mas sua voz não saiu. A dama de companhia da princesa segurou o rosto dele e limpou as lágrimas com os polegares.
— Não se culpe, Joseph. — a mulher sorriu. Era a primeira vez que agia daquele modo com ele. — Você sempre fez o melhor para a princesa. É o melhor guarda que o Rei poderia querer, você faz mais do que o necessário. Que tal ir beber um pouco de água?
— Você... — a voz soou falhada — Você poderia me dizer como... ela está?
— Eles estavam duvidando de que ela estava com morte encefálica e iriam declarar a morte depois de um tempo tentando, mas ela voltou. Desacordada, com o braço quebrado, mas, por enquanto, bem. — a jovem arrumou as mechas do cabelo dele e abriu um leve sorriso. Seus olhos estavam inchados, deveriam estar como os dele. — Não sei o que ela fazia lá em cima, mas fico feliz de você ter a encontrado.
Naquele momento, o guarda contou o que havia acontecido da sua parte, escondendo a maior parte do seu sentimento. Não sabia o que ela estava fazendo lá, mas, de alguma forma, havia o encontrado e o chamado.
— Joseph, está tudo bem. — ela passou o braço ao redor do corpo do garoto. — Você não tem culpa de absolutamente nada.
— Eu falhei, Lauren. — ele murmurou e concluiu que Lauren era uma boa ouvinte.
— Não falhou. Você foi perfeito. — ela sussurrou e ele abriu um leve sorriso. Sabrina tinha o mesmo tom de voz que ela e, praticamente, a mesma personalidade.
Lauren se levantou, estendendo a mão para o guarda, que aceitou e, enfim, ficou de pé. Ainda sentia o vazio no peito, mas estava melhor com o apoio que uma das melhores amigas da princesa havia lhe dado.
— Que tal beber uma água e depois esperar. Dessa vez, juntos. — ela sorriu, ao seu lado.
O moreno serviu dois copos de água, um para si e o outro para Lauren. O cabelo da princesa era igual ao da sua falecida mãe: tão vermelho que chegava a ser como fogo.
— Filho! Finalmente te encontrei! — Marinette Maddox o abraçou por trás, enquanto ele estava em pé, entre os dois guardas que faziam a segurança da porta, o grupo tentando manter um assunto tranquilo. — Onde você estava?
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Uma Janela Para O Amor
De Todo[EM ANDAMENTO] Plágio é crime! No século XVIII, Sabrina Mackenzie como herdeira do trono de Birmingham, vê-se dividida entre proteger seu reino ou lutar pelo seu verdadeiro amor. Prestes a completar dezoito anos, isso se torna seu pior pesadelo, q...