Capítulo 23

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Tudo em seu corpo, segundo os resultados do check-up que havia feito depois de alguns dias que havia despertado do seu coma, indicavam que Sabrina estava em seu mais perfeito estado e, por esse motivo, a princesa já estava em seu quarto recebendo visitas de pessoas do palácio. 

Por um dia inteiro, ela não pôde sair de sua cama, pois o doutor não havia permitido que ela o fizesse, mesmo que ela se sentisse bem para, pelo menos, andar um pouco até a janela e poder disfrutar da vista belíssima de neve caindo lá fora. Ela então começou a receber a visita de William, que estava sempre lendo um livro para ela, que acompanhava e perguntava sobre o que ocorria, ou falando sobre o que gostava, assim como a garota. 

Também recebeu a visita de Joseph pela tarde, que foi o momento em que pode jogar xadrez com ele. Todos os movimentos que ela fazia, além de calculados, era lentos, assim como os dele, fazendo com que os espaços entre as jogadas fossem desnecessariamente espaçosos; em sua parte, a princesa estava fazendo de tudo para que a partida durasse o máximo possível, e estava funcionando. O momento que teve com o guarda foi longo e duradouro, os fazendo poder conversar em alguns curtos momentos, e acabou sendo um dos seus favoritos com ele. 

No segundo dia, quando se levantou, percebeu o quanto seu corpo doía, mas não queria passar nem mais um segundo deitada. Quando, com muito esforço, conseguiu jogar as pernas para fora da cama, ouviu batidas na porta. 

Quando abriu a porta, não evitou um sorriso, achando graça da discussão que havia interrompido. William estava à frente de Joseph, que precisava olhar um pouco para cima se quisesse olhar nos olhos do príncipe; o moreno era poucos centímetros mais baixo que o loiro. Sabrina se sentiu incrivelmente baixa. 

— Bom dia, Sabrina. — os dois disseram, juntos, ambos fazendo uma leve reverência. — Como está se sentindo?

William e Joseph se encararam logo depois que perceberam que disseram juntos as frases. O príncipe, assim como a princesa, havia achado graça da situação, riu, junto dela. A ruiva achava engraçado pelo fato de que, antes de abrir a porta, eles discutiam se o mais velho poderia entrar ou não no quarto. 

— Eu estou ótima, obrigada. — responde-os, com um grande sorriso no rosto. — E vocês?

— Como você pode perguntar sobre nós sendo que está machucada? — William perguntou, inclinando levemente a cabeça para o lado. 

— Essa é a Sabrina. — Joseph o respondeu, como se fosse óbvio. — Ela sempre irá perguntar sobre como os outros estão, mesmo que ela esteja na pior condição possível. Ela é assim. 

O olhar da ruiva encontrou o do moreno, que parecia brilhante, carinhoso e atencioso. O guarda tinha um leve sorriso nos lábios e as bochechas estavam rosadas; por conhecê-lo bem o suficiente, sabia que a expressão que Joseph tinha ao olhá-la era algo bobo e poderia revelar algo que não era permitido.

 — Bem, eu estou bem. — Fraser a respondeu, tirando a atenção de Joseph, que também olhou para o príncipe. 

— E eu estou de uma maneira que ninguém precisa se preocupar comigo. — o moreno respondeu, rindo da piada que havia feito, mas a princesa o olhou de uma forma intimidadora. Joseph sabia que ela se preocupava muito consigo. — Isso significa que estou bem. — completou, a fazendo abrir um leve sorriso e comentar que estava feliz por isso. 

— Vamos? — William perguntou, oferecendo seu braço para que ela o segurasse. Com um sorriso nos lábios, aceitou. 

— Temos de ir devagar. — ela o informou, delicadamente, quando percebeu que os passos de William eram largos e era difícil para ela acompanhar. — Acredito que se eu andar muito rápido, vou sentir dor e o doutos havia dito algo sobre andar devagar. 

Uma Janela Para O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora