Depois do café, Sabrina, se levantou e, com a companhia de Joseph, foram até a biblioteca. A ruiva se sentou em sua poltrona que tão amava, o moreno pegou o livro que ela estava lendo e a entregou, sentando-se em outra poltrona.
Com o livro na frente do rosto, olhou para Joseph, que encontrou seu olhar. A garota achava tão engraçado que, quando seus olhos encontravam com os de tom verde específico, ela sentia em segura e que havia apenas os dois no local, não importava quantas pessoas estavam ao redor, por um tempo, existia apenas ela e o oficial.
Com um sorriso no rosto, que não parecia sumir, voltou seus olhos para o livro, desviando o olhar primeiro. Tentou prestar a tenção em sua leitura, sempre parando um pouco para que pudesse ter mais belo deslumbre que pudesse desejar; ela gostava muito de olhar para Joseph enquanto o mesmo lia algum livro, pois sua feição de concentração era uma das suas favoritas.
Enquanto a princesa lia o seu livro, Joseph a admirava de onde estava. Em sua mente, Sabrina era linda em vários aspectos, mas ele achava adorável quando ela estava em seu mundo literário. Ele começou à ler por ela, já que a mesma gostava tanto e ele queria ter mais algum assunto para que pudesse conversar com a mesma. Quando a ruiva falava sobre esse assunto, ela sempre sorria, os olhos permaneciam brilhantes, as bochechas rosadas e a voz ficava animada.
Ele gostava muito de prestar atenção em Sabrina, pois era ali que ele encontrava os detalhes que ele tanto amava nela. O jeito que ela articulava com as mão enquanto falava, animadamente, com alguém próximo, era adorável; ele gostava de coisas pequenas nela, desde o tom de seu olhar à gostos pessoais. Para ele, se alguém conseguia ser totalmente adorável e que merecesse todo os amor do mundo, esse alguém era a princesa Sabrina Mackenzie.
Havia prometido para a princesa que não iria agir estranho enquanto William estivesse no castelo e, por conta dos olhares que recebia da garota, se sentia extremamente calmo. Sabrina tinha um efeito sobre ele que nem mesmo ele compreendia. Joseph olhou para um dos cantos da biblioteca, onde estava muito bem iluminado pela a luz do sol e o qual sua melhor memória ocorreu ali. Apenas de se lembrar do beijo que a princesa roubou dele, se sentiu arrepiar e o coração acelerar. Como ele queria que a garota entendesse o efeito que ela tinha sobre si.
— Alteza! — uma empregada entrou no quarto e realizando reverência para a figura que havia no cômodo anunciou — Princesa, o rei pediu para que tome chá com ele no final da tarde.
— Certo. — os dois disseram, juntos, causando risadas entre eles. Logo depois, a empregada saiu da biblioteca.
— Agora seria um ótimo horário para uma partida de xadrez, o que acha? — Sabrina perguntou, com um sorriso nos lábios. O moreno queria entender porquê ela estava sorrindo.
— Tudo bem. — ele murmurou, em pé, fechando o livro e o deixando em cima da mesa de centro e fazendo o mesmo com o qual a princesa segurava. Passou um dos braços pela cintura de Sabrina e a ajudou a levantar, acompanhando-a até a mesa do jogo e a ajudando a se sentar.
Ambos repararam que, pela primeira vez, havia a companhia de mais quatro guardas, se localizando perto da porta. Antes, ficavam sozinhos ou com mais um guarda na porta, mas, agora, a sala estava cheia deles. Os olhos azulados da garota, que transbordavam preocupação, olhou para o moreno.
— É só proteção. — ele sussurrou, arrumando as peças nos seus lugares. — Estão todos muito preocupados com você.
— Não é necessário tudo isso. — ela concluiu, no mesmo tom de voz que o dele. — Eu sei que você, sozinho, consegue me proteger se algo acontecer, assim como eu também consigo fazer isso.
Ele olhou para a garota, desacreditado. A princesa, assim como todos os outros, não o culpava; mas ele realizava isso por todos. Embora a garota tenha dito que nada do que ocorreu era sua culpa, ele parecia não acreditar naquilo. Ele ainda conseguia sentir aquele remorso por Sabrina ter sido ferida.
— Joseph, nós já conversamos sobre isso. — ela murmurou, sendo sincera e deslizou, sobre a mesa, sua mão, tocando seus dedos da mão direita nos dele, no lado que os guardas não iriam conseguir ver. — Pare de se culpar por algo que não é sua culpa. O que preciso fazer para que você possa acreditar em mim?
— Só me sinto um pouco desapontado por não ter impedido isso. — ele continuou no tom baixo, mas abriu um leve sorriso malicioso. — O que você pode fazer para que eu possa acreditar em você? — repetiu a pergunta, olhando para o cenário que se encontrava atrás dela, que a fez ficar avermelhada e rir.
— Obrigada pela sugestão. — e, assim, mexeu um peão, mas não afastou a sua mão direita da esquerda dele em momento algum, permanecendo com seus dedos entre os dele.
Ela havia entendido o que ele havia dito de forma oculta. O moreno queria repetir o beijo, o qual já havia ocorrido e que ela guardava a memória tanto em sua mente como em seu coração. Era um fato que ela gostava da sensação de estar com Joseph e, quando seu impulso a fez beijá-lo, ela não se xingou por ter realizado tal ato; na verdade, gostava de lembrar do mesmo.
No fim, ela ganhou a partida, mas o moreno não havia ficado triste com isso. Na verdade, ele não parava de sorrir, o que passou a ser uma dúvida para a princesa; ela não entendia porquê ele sorria tanto. Sem pensar muito, perguntou-o e ele respondeu:
— Porque você tem esse efeito sobre mim. — e sua resposta provocou a ruborização das bochechas de Sabrina e o sentimento de um calor em seu coração. Era a melhor sensação do mundo. — Você também sorri um pouco boba às vezes. Isso aconteceu quando a empregada saiu da sala.
— O motivo é você. — ela desviou seu olhar para o tabuleiro. — Sempre é você.
Ambos sorriam bobamente, como se fossem crianças que haviam acabado de ganhar um doce. Na mente da princesa, ela passou a se perguntar se o moreno sabia que os sentimentos que eles sentia eram recíprocos. Não havia deixado claro, mas fora ela quem havia lhe dado beijos escondidos e proibidos, então ele poderia tirar suas próprias conclusões naqueles acontecimentos e em outros que revelavam isso. Caso pudesse, ela o escolheria. Entretanto ela tinha um dever a cumprir e isso determinava que William era o escolhido.
Assim que ganhou a partida, acabou sendo chamada para que fosse visitar seu pai, a fim de que tomassem o chá que havia sido lhe avisado mais cedo. Enganchou seu braço no de Joseph e andaram calmamente até o local, conversando entre si de forma animada. Assim que chegou na sala, o moreno a acompanhou até o local que ela iria se sentar, reverenciou o rei e saiu da sala. Uma criada se aproximou e entregou o remédio que a mesma deveria tomar, acompanhado de um copo d'água e logo depois foi servida de chá.
— Como está se sentindo, filha? — o rei perguntou, gentilmente. Sentados para o chá, só haviam pai e filha.
— Bem, pai. — ela respondeu, com um largo sorriso no rosto, sendo sincera. Só sentia um leve desconforto no corpo, mas nada que não fosse normal. — E o senhor?
— Eu estou ótimo, meu amor. — sorriu gentilmente para a ruiva e colocou o pires assim como a xícara em cima de uma mesa. — Estive querendo passar um tempo com a minha filha favorita.
— Eu sou sua única filha, pai. — Sabrina disse, entre risos.
— É por esse motivo que é a minha favorita. — Philippe disse, dando uma piscadela e abrindo um largo sorriso.
A Mackenzie mais nova gostava de passar um tempo com seu pai, que prezava muito aqueles tão raros momentos. Enquanto bebiam chá, a ruiva passou a se perguntar se deveria ser sincera com seu pai e lhe dizer, de uma vez por todas, o que realmente queria, mas parecia cedo demais e ela temia pelo o que o homem iria dizer.
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Uma Janela Para O Amor
De Todo[EM ANDAMENTO] Plágio é crime! No século XVIII, Sabrina Mackenzie como herdeira do trono de Birmingham, vê-se dividida entre proteger seu reino ou lutar pelo seu verdadeiro amor. Prestes a completar dezoito anos, isso se torna seu pior pesadelo, q...