Capitulo 3

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E, mais uma vez, estava ansiosa. Havia escolhido um vestido simples, do qual conseguia se sentir confortável, mas era algo do qual a realeza sentia orgulho de apresentar.

Sabrina observou pela janela , as escadarias que davam para o jardim, e mais abaixo a fonte de águas cristalinas, com uma estrutura em mármore e algumas mesas de quatro lugares ao redor da fonte, seu lugar predileto. Em breve não veria mais esse lugar. Não era sua escolha. Aliás, há tempos não sabia o que era fazer escolhas.

Seu pai havia traçado o seu futuro sem lhe perguntar opinião, mas já não ligava para isso. Sabia que a união dos reinos seria benéfica para ambos, e não se importou em se casar com um estranho por quem não nutria nenhum tipo de afeição na época. Se seu reino fosse salvo da crise em que se encontrava.

Mas por um momento, a princesa tentou afastar esse pensamento. A duquesa Windsor e suas filhas estavam chegando e, por esse motivo, a princesa não poderia estar mais feliz. Sua melhor amiga estava vindo visitá-la e o coração não parecia caber no peito.

A festa de dezessete seria em quatro dias e a família Windsor fora a primeira a chegar, e com razão, já que a princesa e toda a família real amava e admirava a outra família.

— Sabe, Sabrina, espero que você se lembre de que eu sou seu único melhor amigo. — ela ouviu Joseph murmurar atrás de si.

— O guarda está com ciúmes? — a garota provocou, sentindo a vontade de rir.

Ele não respondeu, apenas bufou e revirou os olhos, o que a fez tomar como uma resposta positiva. Cateline também era amiga de Joseph, mas o moreno insistia em sentir todo aquele ciúmes com a Lady.

— Faria mais sentido se você sentisse de Luka. — ela virou para ele, que olhava fixamente para onde ela deveria olhar. — Não tem nem do que sentir ciúmes.

— Por favor, olhe para frente, Vossa Alteza. — o guarda respondeu, friamente.

Por conhecer Joseph Maddox bem o bastante, sabia que quando ele usava os termos reais também estabelecia certa distância. Era como se, de repente, as coisas estivessem virado o que sempre deveriam ter sido.

— Certo, Guarda Maddox. — ela o respondeu, virando o rosto para encontrar, ao longe, a carruagem que trazia a família de Cateline. E então, em questão de segundos, ela esqueceu que estava "chateada" com o moreno. — Ela chegou! Ela chegou!

Se segurou para não pular em seu lugar, de tão animada que estava. Olhou mais uma vez para o amigo, que abriu um leve sorriso e olhou para ela por dois segundo, mas manteve o olhar fixo no portão e na carruagem. A princesa olhou para o mesmo lugar, segurando a saia nas mãos, mantendo a postura que deveria.

Observou as quatro mulheres descerem da carruagem: primeiro a mais velha, a Duquesa, e depois sua filhas que desceram na ordem que nasceram. Elas se enfileiraram na frente da família real e reverenciaram.

— É ótimo revê-la, Bozena. — Philippe sorriu, estendendo a mão para a mulher, que o cumprimentou sorrindo.

— Quanto tempo! — Bozena sorriu, feliz, para o antigo amigo.

— Sabrina! — Cateline pulou em cima da amiga, a abraçando fortemente, o que fez Joseph se aproximar das amigas, em um ato de prontidão para a defesa. — Quanto tempo! Você precisa me contar todas as novidades! Faz um ano que não te vejo!

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