Capítulo 11

44 2 0
                                    

CAMBRIDGE — PALÁCIO RUTHERFORD

Wilson ouviu pacientemente tudo o que seus conselheiros diziam. Todos ali sabiam que Cambridge não aguentaria o inverno que se aproximava, e após a recusa de Mackenzie em entregar sua filha no passado, não lhe restavam muitas opções. Ele sabia que assim como a sua meia irmã, Sabrina carrega uma grande magia capaz de erguer Cambridge da ruína que se encontrava.

— Quero uma solução imediata. — Wilson socou a mesa com fúria. — Não me interessa como farão, apenas descubra.

— Mas senhor, a melhor coisa se fazer seria procurar outra pretendente para reinar ao seu lado. — Dereck disse cauteloso.

— Acho que não me entendeu quando disse que Cambridge precisa de mais que uma simples magia. Nossos rios secaram e falta pouco para que nossos bosques não floresçam mais. — O rei encostou-se á poltrona. — Precisamos dela.

Dereck analisou o olhar vazio e cruel de seu rei. Eram amigos a tempo o bastante para entender que aquilo não tinha nada relacionado com o bem de seu reino. Aquilo era vingança.

— E o que pensa em fazer, Wilson?

—Disse para Mackenzie que colocaria um fim na prosperidade de Birmingham, e éisso que vou fazer. De uma forma ou de outra, Birmingham será uma terra banhadapor sangue.

***  

Sabrina andava muito triste. Sentia falta de ter por perto seu meu amigo e ele o mesmo, mas não admitia. Em um dia dessas, quando conseguiu fugir da supervisão do guarda Luka, ela se encontrava indo aos aposentos de Adrien, para procurá-lo, Cateline a parou, a levou para seu quarto, o guarda a achou e então a princesa passou o dia com a amiga e o guarda, que estava muito interessado na Lady. Aquilo à deixou fora da maior parte da conversa, que durou, praticamente, a tarde toda. 

Então, foi jantar e tornou a procurar o moreno, e, dessa vez, o achou. Entretanto, ele não olhou para ela em momento algum. Era como se ela não existisse, mas ela ignorou aquilo e forçou a comer, fazendo o mesmo que o garoto e fingindo que apenas ela existia naquela sala de jantar. 

Foi para seu quarto, mas não se deitou. Se encaminhou à janela e ficou por um grande período de tempo parada, apenas vendo o tempo passar e dizendo a si mesma que não voltaria mais a falar com o amigo, a menos que ele peça desculpas. Depois de um tempo, enfim, se deitou, mas continuou á pensar até que o cansaço à vencesse e, sem nem querer, adormeceu. 

No dia seguinte, a princesa acordou e colocou uma roupa simples. Deixou o cabelo solto e, depois de colocar os sapatos e prender a pulseira que Joseph havia lhe presenteado que ela nunca parou de usar, abriu a porta, encontrando Cateline e Lauren conversando sobre algum assunto que a princesa não se esforçou muito para entender. 

Ela não estava muito afim de entrar no meio da conversa, então caminhou em direção a cozinha. Ela dava acesso ao grande jardim da propriedade, e do outro lado era possível chegar ao estábulo. 

— Bom dia, Edgar. — Sabrina cumprimentou um dos senhores responsáveis por cuidar dos cavalos. 

Ele trabalhava há muitos anos para a família real, e assim como Sabrina, conhecia todos os cavalos. 

— Bom dia, Alteza. — disse prestando reverência. 

— E como vai nosso amiguinho, ai? — a princesa observa de longe o cavalo de pelo negro com uma mancha branca perto dos olhos que lembrava um raio, o que destacava seus olhos cinza profundos.

Uma Janela Para O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora