Com sucesso, ele não pegou no sono em momento algum. Em algum momento levantou e andou um pouco, tentando se manter acordado e, com isso, acabou tomando três xícaras de café, o que o manteve, definitivamente, acordado.
Ás quatro da manhã, quando seu braço já estava cansado de ficar esticado para alcançar o da garota, ele aproximou mais a poltrona e voltou a segurar na mão da garota que, por conta do calor da dele, estava quente. Ele ainda não havia reparado que a neve começava a cair lá fora.
— Você está voltando? — ele perguntou, de repente. — Não aguento mais te esperar. Volte para mim, princesa.
A última frase chegou a ser uma súplica e foi tida com todo o amor e carinho que existia dentro de Joseph. Não soube dizer se foi como resposta, mas sentiu a mão da ruiva apertar seus dedos, o que o fez dar um leve pulo.
— V-você apertou a minha mão! — ele disse, animado, mas a garota não correspondeu. — Ela apertou minha mão! — dessa vez, ele disse em alto tom e ouviu passos indo até eles.
— Está tudo bem, Sir?— uma mulher abriu as cortinas e assim ele pôde notar que estava frio lá fora. — O que houve?
— Ela... apertou minha mão! — ele disse, sorrindo.
Então, foi nesse instante que ele notou quão estranho aquilo deveria ser par terceiros. Um guarda estava de mãos dadas com a princesa . Tentou formular algo em sua mente para explicar, mas não havia o que dizer.
Outro lado de sua mente o que disse que era normal, até porque eles eram amigos de infância. Havia uma explicação para aquilo do qual não era segredo para ninguém no castelo, mas eles nunca demonstraram um carinho como dar as mãos na frente de outros.
— Ela responde? — a mulher perguntou, ignorando o fato deles estarem com as mãos unidas. — Alteza, aperte a mão de Joseph novamente.
Ela não o fez. Com isso, ele passou a se preocupar, pensando se havia sido fruto de sua imaginação. Aquilo era possível?
— Sabrina, vamos. — ele disse para ela, agora em pé ao seu lado.
Como a garota não respondeu, a mulher disse que não sabia o que poderia ter levado à isso, mas acreditava nele. Então, ela trocou os curativos da garota e se certificou de tudo antes de ir. Mas, antes que a mulher passasse a cortina, ele lhe perguntou às horas e ela lhe respondeu que eram três da manhã.
Naquele momento, Joseph passou a contar para a garota algumas lembranças de infância da qual o fazia extremamente feliz. Mas, ela não voltou a reagir de qualquer forma.
***
Do alto da escadaria que dava acesso à ala sul, Philipe podia observar todo o jardim. A chuva caia abundante juntamente com alguns flocos de neve, cobrindo tudo o que um dia havia sido o local predileto de Daphene em todo o reino de Birmingham.
Após a morte da rainha, Philipe ordenou que rosas fossem espalhadas por toda a extensão do jardim, já que era a flor preferida de sua esposa. Ele dizia que assim ela jamais seria esquecida enquanto as rosas de Birmingham continuassem floridas. Aquele seria seu local para sempre.
O que o rei não esperava, era que com a morte da rainha, o clima límpido mantido pela magia que Daphene carregava se transformaria em períodos com um inverno impiedoso em Birmingham. As rosas não resistiam ao frio intenso em Birmigham em épocas com aquela, e somente quando o frio cessava, as rosas eram replantadas nos canteiros do jardim. E a situação estava piorando com o recente acontecimento com sua filha.
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Uma Janela Para O Amor
Random[EM ANDAMENTO] Plágio é crime! No século XVIII, Sabrina Mackenzie como herdeira do trono de Birmingham, vê-se dividida entre proteger seu reino ou lutar pelo seu verdadeiro amor. Prestes a completar dezoito anos, isso se torna seu pior pesadelo, q...