Capítulo 15

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As semanas correm normalmente na vida de Marion e Adam. Nenhum novo caso surgiu nas últimas semanas, então decidem se dedicarem para a empresa.

Marion finalmente voltou para sua casa depois de melhorar completamente. Apesar de amar estar na companhia do noivo, nada é melhor do que estar de volta em casa. Não é que a casa estivesse bagunçada da última vez que ela esteve ali, mas cada canto estava verdadeiramente brilhando. Adam havia comentado que contratou alguém para fazer o serviço, mas não contou que havia dado continuidade.

A assassina escuta um barulho vindo dos fundos da casa e vai verificar o que era. Assim que ela reconhece, abre um sorriso enorme e contagiante e ajoelha na grama:

- Oi, Doug! - Ri ao dizer o nome. - Adam não soube mesmo ser criativo ao escolher o seu nome, não acha?

Um latido soa como resposta. Doug era um filhote de Golden Retriever lindo. Os pelos dourados e curtos, as orelhas caídas e o rabo grande. Não para ser puxa-saco, mas Marion nunca viu por ai, um cachorro mais feliz e arteiro. Ainda não tinha conhecido o novo amigo até o dia que voltou para casa, mas a espera valeu apena, pois agora, Doug é mais apegado a ela, do que em Adam.

- Dê um desconto para ele - ela continua. - Ele ainda é novo nesse negócio de ser pai de pet. Não é criativo, mas combina com você. Não acha?

Doug apoiou as patas dianteiras no corpo da mulher e lambeu o seu rosto, fazendo com que a mulher desse uma gargalhada.

- Vem, amigão. Vamos comer alguma coisa. Está com fome?

Ele late mais uma vez e abana o rabo, e Marion teve certeza de que isso foi um sim. Após o almoço, a mulher e o seu novo companheiro passam boa parte da tarde juntos, assistindo filme no sofá, quando ela decide passar com Doug. Durante esse meio tempo, Marion também falou com Adam, para eles combinarem o local do jantar. Precisava ser um local mais movimentado, já que, depois de tanto tempo, encontrariam um novo cliente.

— Ei, amigão, sabe onde deixamos sua guia?

Doug se levanta do sofá e caminha até a pequena porta que havia embaixo da escada e late, sinalizando. Marion põe a mão na testa e esfrega de leve, lembrando— se de ter guardado o objeto ali e ri.

— Bom menino!

Ela sorri e faz carinho nos pelos do animal.

***

— Doug, se acalma, ou vamos voltar agora mesmo.

Como se as palavras fossem mágicas, o cachorro começa a acompanhar a dona no ritmo de seus passos, até que finalmente chegam ao parque mais próximo da casa de Marion. A mulher solta a guia de Doug, que sai correndo pelo lugar, atrás de outros cachorros ali.

— Marion, oi!

A assassina vira— se na direção da voz e se depara com Sarah.

— Oi, Sarah. — Um sorriso educado — Como vai?

— Bem, obrigada. E você?

— Também estou. — Sarah estava com uma blusa cavada azul, calça legging pretas e tênis de corrida também pretos. Pelo modo como a mulher estava suada, Marion podia supor que estava se exercitando pelas redondezas. — Quer se sentar?

— Na verdade eu estava indo ali comprar uma água. Esqueci minha garrafa em casa e minha garganta já está super seca. Quer que eu lhe traga uma?

— Hm, não. Obrigada, mas estou bem.

— Tudo bem então. Se estiver aqui na hora que eu voltar, eu aceito o seu convite.

Sarah sorri e Marion retribui. A mulher não sabia exatamente como explicar, mas algo em sua vizinha a incomodava. Era familiar demais. Ela tinha certeza de que não havia a conhecido antes, pois com certeza se lembraria daqueles olhos intensos da cor de chocolate. Não! Mas a sensação de familiaridade com a menina era estranha demais. Sua mente se esforça ao máximo para tentar fazer o reconhecimento, mas falha.

Assassina de Luxo [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora