Capítulo 4

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Domingo, segunda, terça-feira... Nada ocorreu fora da rotina do casal: trabalho, casa, reuniões, um pouco de espionagem e muito sexo. Finalmente era terça a noite e ambos arrumavam suas coisas para a missão do dia seguinte.

— Então... O que vamos fazer? Como vamos agir? — Perguntava Adam, enquanto verificava os cartuchos de suas armas. Marion suspira e se senta no braço do sofá o olhando.

— Não tínhamos combinado de atacar à distância? Aquele galpão não é tão grande assim.

— Posso te contar uma coisa? Eu não sei se isso vai dar certo. Não confiei muito naquele cara.

— Ele me pareceu bem honesto quando falou aquelas coisas. Ninguém passa a perna em nós dois. — Ela sorri e se levanta, andando em direção ao homem e senta em seu colo em seguida. — Se lembra da última vez que alguém tentou fazer isso conosco? Adam passa seus braços em volta da cintura dela, enquanto pensa.

— Não?! Quando foi isso mesmo? — A pergunta faz com que Marion ria, arrancando um sorriso dele.

— Foi na nossa quarta missão, juntos. Demos um jeito no cara e depois disso, ninguém nunca mais tentou fazer nada com a gente. — Ela sorri e o beija. — O que acha de uma pausa para o jantar e parar com toda essa desconfiança?

Sugere sorrindo, já que ambos estavam cansados do trabalho no escritório e também da preparação para a próxima missão.

— Eu acho que é uma ótima ideia! Sabe que eu sempre estou disposto a comer, não sabe? — Adam ri ao terminar de falar.

— E como eu sei! Parece que a sua mãe deu à luz a um pedaço de buraco negro, ao invés do homem mais gostoso desse país!

— Só desse país? E resto do mundo?

Os dois riem mais uma vez e se beijam em seguida. Apesar de estarem juntos há pouco mais de cinco anos, os dois tinham uma relação bem madura. Obviamente havia brigas e discussões, mas nada que uma boa conversa não resolvesse.

— Vai pedindo a pizza enquanto eu tomo banho.

— Tá bom! Vai querer a mesma de sempre?

— Se você não quiser experimentar nenhuma outra, pode ser sim. — Marion sorri e desce do colo de Adam. Começa a desabotoar sua camisa social ali mesmo, na frente dele, o que faz o homem perder o interesse no telefone e ficar admirando a mulher. — Cuidado, Adam! O telefone está chamando. — Ela solta uma risadinha maliciosa e sai da sala, indo direto para o banheiro.

Enquanto toma banho, a mulher pega o seu telefone liga para Stacy, mas quem atende é Conner.

— Alô?

— Oi! Conner, é a Marion. A Stacy está por aí?

— Oi, Marion! Como você está? Não, ela teve que sair para ir até o escritório, parece que teve uma reunião de emergência. Ela saiu tão rápido que acabou esquecendo o celular aqui. Precisa de algum coisa?

— Não, era só falar com ela mesmo. Pede para ela me ligar quando chegar? Vou viajar amanhã e queria falar com ela, antes de ir.

— Viajar? É alguma conferência da empresa? Viajar assim no meio da semana...

— É. É isso mesmo. Não sei exatamente quantos dias vão ser, mas espero que quando voltarmos, possamos nos encontrar.

— Ah! Certo. Eu peço para ela te ligar assim que chegar.

— Muito obrigada, Conner! — Ela então desliga o telefone e relaxa um pouco na banheira.

Logo após o banho, Marion sai vestida com seu roupão e anda até o closet procurando algum pijama que ela pudesse vestir. Enquanto colocava sua roupa, escuta barulho na campainha, o que a levava acreditar que a pizza havia chegado e sua teoria se confirma quando Adam chama por ela:

— Querida, a pizza chegou! Vai demorar? — Grita Adam do andar de baixo

— Já estou descendo. — Responde na mesma altura e termina de se vestir. Desce e vai até o encontro do noivo, abraçando seu pescoço por trás. — Demorei muito?

— Não tanto quanto eu imaginei! — Os dois sorriem e Adam se vira um pouco de lado, para olhar Marion. — Quer que eu pegue algo na geladeira para bebermos?

— Não, pode deixar que eu pego. — A mulher, o beija e então anda até a geladeira para pegar as bebidas. — Liguei para a Stacy e quem atendeu foi o Conner. Disse que ela saiu para uma reunião de emergência, acredita?

— Essa hora da noite? Isso é possível? — Questiona o homem pegando o seu celular de trabalho, para ver se tinha alguma mensagem importante para a missão do dia seguinte.

— Possível é sim, mas conhecendo a Stacy como eu conheço, aposto que ela só estava com preguiça de falar, ou simplesmente ocupada com o marido. — Ela ri e volta para a sala, entregando a garrafa para o homem e se senta ao seu lado. — Alguma mensagem nova sobre amanhã?

— Não, nada. — Ele suspira um pouco descontente. — Nada me tira da cabeça que esse cara está aprontando alguma coisa. Para começar, que tipo de gente aposta a filha numa mesa de jogos?

— O tipo de gente que provavelmente perdeu boa parte do dinheiro que tinha e agora quer vingar. Qual é, Adam, nunca se importou com históricos de clientes antes. Por que isso agora?

— Eu não sei. Penso que estamos sendo ingênuos demais. Para começo de conversa, ele até levou o dinheiro extra sem saber ao menos se íamos topar ou não.

— Por que não paramos de pensar nisso e simplesmente fazemos nosso trabalho como sempre? O que levou ele a fazer isso e o porquê dele já ter levado o dinheiro não é da nossa conta. Agora vamos comer essa pizza, antes que eu resolva te estrangular por ficar colocando coisas na minha cabeça, ao invés de pôr no estômago.

— Tudo bem, vai. Pior do que uma mulher de TPM é uma mulher com fome e irritada. — Os dois riem e então começam a comer.

Depois de um tempo, Marion e Adam voltam a cuidar dos preparos das coisas que faltavam para o dia seguinte. Não havia nada de mais para ser feito, mas gostavam de verificar as coisas várias vezes para terem certeza de que não esqueceram nada.

— O que acha de quando voltarmos, irmos direto para Manchester ver a Stacy e o Conner. Eu estou com tanta sauadade dela. — Sorri se lembrando do tempo que passou com a amiga na faculdade.

— Hmm, pode ser uma boa! Mas... e a empresa? — Ele a olha um pouco confuso, visto que Marion não gostava de deixar a empresa por muito tempo.

— O pessoal dá conta de tudo. Sem falar que vai ser só um dia, nem sentirão nossa falta.

— Se você acha isso, eu topo. Sem falar que vai ser uma boa pôr o pé na estrada depois de um massacre. — Ele ri. — Eu só estou brincando, calma.

— Sei... Mas eu vou mandar uma mensagem para ela então, e depois vou trocar de roupa. Já está quase na hora de sairmos.

O casal geralmente começava a tocaia aos alvos durante a madrugada, para observarem como agem e entrariam em ação pouco tempo depois. Depois de tudo pronto, inclusive os dois, eles entram no carro e dirigem em direção a casa do contratante, onde eles foram avisados que a vítima principal estaria. Observam a placa do carro e resolvem esperar alguma movimentação dentro, ou principalmente, fora da casa.

Assassina de Luxo [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora