Be my girl - Sariette

Capítulo 37

Oi meus amores, volteeeei! (Leiam com a voz da blogueirinha do fim do mundo)

Eu sumi, eu sei, mas eu prometi que ia terminar a fic, então tô aqui de volta. E juro que meu retorno nada tem a ver com a notícia de hoje, que o cap já tava escrito antes, só faltando revisão. A pode confirmar! Porém, obviamente estou feliz, só espero que ela fique bem.  

Tá aí mais um capítulo pra vocês. Desculpem a demora, a vida tá difícil, mas o fim da história tá chegando. 

Beijos! 

Curtam e comentem que dá mais motivação pra voltar logo. 

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Sarah POV

Um mês havia se passado desde que eu tinha ido à Campina Grande para o dia dos namorados. Tinha conhecido a família de Ju e sido muito bem acolhida. Dona Fátima e todos os irmãos dela tinham me tratado muito bem. Desde então, por conta da correria da vida dela, a gente não tinha mais se visto.

- Que saco! Eu tô exausta disso!

Bufei enquanto Roberta tentava me ajudar a gravar uma publi de um produto de cabelo pela quinta vez. Eu tinha cometido algum erro em todas as tentativas. Essa vida de influenciadora nunca tinha sido meu sonho, mas eu sempre achei que pudesse lidar bem com ela, porém a verdade é que eu estava a cada dia mais de saco cheio de tudo isso.

- Calma, você sabe que erra algumas vezes mas no fim o resultado fica bom.

Suspirei fundo e me joguei sentada no sofá enquanto olhava fixamente para a parede à minha frente, sem encarar a minha amiga.

- Não é só isso. Não é essa a vida que eu quero pra mim, Rob. Eu não quero viver de publi de shake emagrecedor, produto de cabelo, barra de cereal ou qualquer outra coisa, especialmente de produtos que eu nem consumo. Como eu to indicando essas coisas pras pessoas sem nem saber o efeito?

- Ah, Sarah, isso é o de menos. Todo mundo que vive nesse meio faz isso, você sabe.

- Não é porque todo mundo faz que eu tenho que fazer, Roberta. Eu tenho muitas fãs adolescentes, preciso ser responsável com isso. Não quero ser mais uma má influência nesse mundo que já tá tão horrível.

-  Você não vai salvar o mundo, Sarah. Se preocupa primeiro em salvar a tua conta bancária. Se pelo menos tivesse ganhado algo mais do que uma barraca, uma cadeira gamer e um colchão lá no BBB.

Eu ri baixo com ela falando dos prêmios porque isso era realmente engraçado, mas ao mesmo tempo eu estava muito irritada. Tudo bem que éramos amigas há anos e que agora eu havia contratado ela como minha empresária, mas quem Roberta achava que era pra falar dessa forma sobre as minhas escolhas, especialmente sobre algo tão importante?

- A minha conta bancária vai muito bem, obrigada. Não tô rica, mas consigo me sustentar por um tempo ainda e cumprir com os meus compromissos com as pessoas que tão trabalhando pra mim, pode ficar tranquila. E se por acaso em algum momento isso mudar e eu não conseguir nada eu vou trabalhar de Uber. Já fiz isso na vida antes, se fosse necessário não teria problema nenhum em fazer de novo.

No momento que terminei de falar eu me senti mal por ter pesado tanto o tom. Era justamente por não saber me controlar que eu evitava tanto falar sobre o que sentia, mas quando falava acontecia isso, eu acabava magoando as pessoas que eram importantes pra mim. Eu comecei a chorar e Roberta percebeu que eu não estava bem, então sentou ao meu lado e segurou a minha mão antes de olhar bem em meus olhos.

- Desculpa... eu só queria que tu aproveitasse bem esse momento para lucrar porque a gente sabe que é passageiro, mas você tá certa em não abrir mão dos teus valores e correr atrás da tua felicidade.