Capítulo 1

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Em uma aldeia de vikings, um jovem magricelo foi criado para matar dragões, mas é péssimo nessa tarefa. E querendo ou não, muitas expectativas é colocada nele por ser filho do chefe e consequentemente, próximo chefe de Berk. Em umas das noite que os dragões atacavam a ilha, Soluço decidiu mudar seu destino e tentar capturar um com sua catapulta. Além de conseguir derrubar o dragão, descobriu ser um Fúria da noite, a cria diabólica do raio e da própria morte. Teria que matá-lo e levar sua cabeça para mostrar o pai que não era tão fraco como pensavam. Mas seu plano correu de forma totalmente diferente quando criou um laço de amizade e lealdade que jamais será quebrado. O domou com cuidado, dando comida e brincando. Consertou sua calda com um protótipo e voou com ele acima da nuvens e do mar se divertindo com seu amigo dragão e descobriu que eles não são inimigos e podem ser ótimos aliados.

Cansado do quanto seu pai, Stoico, o rebaixava por não conseguir fazer nada que mandam e ser magrelo, Soluço decidiu ir embora. Partiu de Berk com a missão de proteger os dragões. Em uma noite, reuniu mantimentos em bolsas que conseguiria levar no Banguela. Mas nessa noite, os dragões atacaram mais uma vez Berk. Pensando em como seria inútil tentar ajudar, voou para longe. Foi embora passando por trás das montanhas da ilha e sumiu em meio as nuvens e o céu escuro.

Quando o ataque acabou, Stoico ajudou os vikings a guardarem as armas e redes, procurou pelo filho na oficina e não o encontrou. Saiu gritando seu nome pela aldeia e nada. Os vikings também começaram a procurar e nada de soluço. As buscas acabaram quando o sol nasceu no horizonte, dando assim, a sensação de perda a um pai que considerou a morte do filho, morto por dragões. Stoico ficou dias em casa, sentado na cama do filho, tocando em seus desenhos na mesa. Além de estar inconsolável, havia outra pessoa de coração partido. Astrid, que nutria um amor pelo garoto apelidado de espinha de peixe. Não que tivesse vergonha de dizer o que sentia, mas estava sempre empenhada em ser o orgulho da família Hofferson, uma guerreira sem medo e dominada pela coragem.

Cinco anos se passaram. Soluço está hoje com 20 anos, comemorando sua nova idade. Mora em uma ilha remota, longe de caçadores. Se o mundo fosse redondo para os vikings, diria que agora o jovem Soluço vive no outro lado do mundo. Com seu amigo Banguela, passou esses anos resgatando dragões de caçadores e conquistando sua confiança. Sua ilha é habitada por centenas de dragões, de várias espécies. Construiu uma pequena habitação, com pontos de defesas e até cavernas secretas. O jovem hoje tem um corpo esbelto que causa inveja e indignação aos caçadores com quem luta.

Soluço sai de sua casa, esticando o corpo, acabou de acordar. Ele olha para os lados procurando seu dragão, mas não o vê. Fez o caminho até o poço para lavar o rosto e foi surpreendido por Terrores terríveis, que lhe dão uma espécie de abraço.

— Bom dia, galerinha da pesada.

Cumprimentou e recebeu grunhidos como retorno. E então escuta resmungos e é jogado no chão por Banguela. Os Terrores voam para as árvores. Ele tenta tirar o dragão de cima mas falha, Banguela é um animal pesado. Assim que saiu de cima do amigo, jogou peixes em cima dele. Um Gronckle se aproxima e deixa pedras. Soluço se surpreende mais uma vez com a inteligência dos dragões, eles se lembraram e sabem que é seu aniversário.

— Obrigada. Vocês são mil, em quantidade e qualidade. Obrigada pelos peixes amigão. Vamos prepará-los?

Quando foi embora de casa, não sabia cozinhar, teve que comer sua própria comida horrível e peixe assado por meses. Mas quando aprimorou sua luta e passou a defender dragões, adotou um novo nome, que está mais para uma nomeação. Ele se intitula como O cavaleiro de dragão. Seguindo a vida com esse nome, aprendeu a cozinhar infiltrado nos restaurantes do Comércio dos quatro cantos do mundo.
Sendo inteligente como é, fez incríveis armas para defesa e inclusive uma cauda para Banguela, uma que ele consegue voar sozinho.
Agora, ele pensa em aproveitar seu aniversário de 20 anos, longe dos amigos e da família que deixou em Berk e longe de caçadores de dragões. Quer o dia de folga. Pegou um balde e encheu de água e colocou terra. Virou ele de cabeça para baixo e desenformou um bolo de barro. Colocou 20 palitos para simbolizar sua idade.

Da guerra à paz - Como Treinar O Seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora