Eu, Abaddon, o Destruidor, emerge como um demônio forjado na fúria da Grande Guerra, convocado por Satan para desafiar Uriel na Terra em prol do destino humano. Satan, indignado com as aflições causadas por Uriel, me enviou para infligir ao Céu o sofrimento que ele impõe à Terra. A missão era clara: mostrar aos cães de Uriel o poder do Inferno sem restrições.
Testemunhei o florescer de Roma enquanto o Messiah caminhava sobre a Terra. Satan, vindo pessoalmente, confrontou o Messiah, propondo que deixasse os homens escolherem livremente, sem a influência do Céu ou do Inferno. O Messiah, arrogante, recusou, proclamando sua encarnação como Deus para forjar uma grande igreja.
Satan advertiu que revelaria a verdade sobre Lúcifer, e seu nome eclipsaria o do Messiah. Ao retornar ao Inferno, Satan alertou sobre a reação dos homens à imposição do Messiah. Mesmo assim, Messiah, ignorando sua própria lei, perpetuou sofrimentos enquanto eu, Abaddon, desafiava sua tirania.
Quando expulsei o Messiah da Terra, a semente que ele plantou floresceu em uma poderosa igreja, onde a vida foi esquecida, a morte adorada, e os prazeres celestiais prometidos àqueles que abandonassem sua própria Vontade em favor de Deus. Roma sucumbiu, mas Azazel me alertou para não tocar nessa igreja, pois o homem, em sua tolice, deve decidir destruí-la.
Assim, Abaddon cumpriu sua missão, desafiando os desígnios divinos e revelando a hipocrisia do Messiah diante dos homens.
