⋆៹˚. ━━ 𝐂𝐎𝐋𝐎𝐑𝐒
𝗕𝗘𝗥𝗩𝗘𝗟𝗬 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦 𝗘́ 𝗨𝗠𝗔 𝗣𝗔𝗧𝗜𝗡𝗔𝗗𝗢𝗥𝗔 do gelo com acromatopsia que foi retirada das competições depois de sofrer uma queda desastrosa durante uma competição, luta para equilibrar sua saúde mental e traumas...
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A BRISA FORTE AÇOITOU o rosto de Beverly assim que ela saiu do volvo prateado de Edward. Ela enfiou as mãos no bolso do casaco desconfortavelmente, tentando a todo custo manter a sua cabeça em ordem para tudo que vinha acontecendo nas últimas horas de sua vida.
Tudo parecia tão confuso.
Bem, nada era tão confuso para ela do que aceitar entrar no carro de Edward Cullen. O garoto cujo ela sempre teve um pequeno ranço, mas ela nunca soube explicar o motivo de acha-ló tão irritante.
Outro motivo que ela também não conseguia encontrar, era a resposta para a pergunta que sua mente lhe fazia. Onde diabos ela estava com a cabeça quando decidiu aceitar a oferta de Edward para salvar a sua pele? Ela não sabia, não tinha a resposta para a pergunta, assim como não tinha para muitas em sua cabeça.
Afastando os pensamentos de sua mente barulhenta ela encarou a vista a frente. O cheiro da grama verde chegou até a si, juntamente com o cheiro do mar, que rugia com ondas ferozes. Era um alto penhasco, que tinha uma vista maravilhosa a frente. Beverly se perguntou como se era tão belo de noite quanto parecia que era de manhã.
— As estrelas reflete no mar a noite. — Edward a tirou de seus devaneios — Eu costumo vir aqui quando preciso ficar sozinho.
Ele sentou-se em uma grande árvore caida que havia ali, estava tão bem aperfeiçoada para uma pessoa se sentar que ela se perguntou se estava ali de proposito.
— Deve ser lindo.
Ela murmurou, sem muito oque dizer para o garoto e se aconchegou melhor, mantendo uma distância considerável do mesmo. Beverly se perguntou novamente oque estava fazendo ali, oque estava fazendo de sua vida. Sua mãe a sufocava, ela não conseguia nem fazer oque mais amava, seu pai ressurgindo das cinzas e fazendo cada vez mais uma bagunça em sua vida instável. Não havia momentos felizes, ela não se lembrava a ultima vez que teve um momento de paz consigo mesma.
Ela estava cansada, tão mentalmente cansada.
— Você gosta mesmo de pintar?
A pergunta a pegou de supresa, a fazendo olhar para ele. Ela deu os ombros, costumava a pintar com bastante frequência no passado, agora ela gastava seu tempo fazendo rascunhos em folhas ao invés de voltar para as pistas de gelo.
Perdendo tempo, ela estava sempre perdendo tempo com alguma coisa.
— Não acho que seja uma perda de tempo, se te faz bem.
