⋆៹˚. ━━ 𝐂𝐎𝐋𝐎𝐑𝐒
𝗕𝗘𝗥𝗩𝗘𝗟𝗬 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦 𝗘́ 𝗨𝗠𝗔 𝗣𝗔𝗧𝗜𝗡𝗔𝗗𝗢𝗥𝗔 do gelo com acromatopsia que foi retirada das competições depois de sofrer uma queda desastrosa durante uma competição, luta para equilibrar sua saúde mental e traumas...
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"Eu não terei medo."
Foram as quatro palavras que Bervely repetia em sua cabeça sem parar, que não teria medo. Quando o carro de Nate parou no estacionamento da escola e ela pulou para fora dele afim de respirar, pensou nas palavras novamente. O Harris comprimiu os lábios e observou a melhor amiga apertar a alça da mochila com força, como se estivesse perdida em sua própria mente novamente. Ele ficava apavorado, desde que ela caíra dois anos atrás na pista de patinação, ele ficava apavorado quando ela ficava em silêncio por muito tempo, as sombras ao seu redor ameaçava leva-lá para o fundo do poço novamente.
Ele não estava pronto para isso, não tão cedo.
Não quando ela ainda nem havia se recuperado do que aconteceu, não quando Ada fazia questão de lembra-lá a cada minuto em como ela estava despedaçada, não quando ela estava tão deprimida que nunca mais atendeu os telefonemas de seu pai ou nem mesmo se deu ao trabalho de retornar. Nate sabia que, Jackson, pai de Bervely respeitava seu espaço, mas mesmo assim ela precisava dele, mesmo ela negando o fato. Talvez tinha medo de que se chegasse a se comunicar com o pai pioraria a situação com Ada.
"Eu não terei medo."
Ela repetiu novamente e Nate segurou suavemente seu braço e lhe lançou um sorriso caloroso, seus olhos estavam espiando os alunos do estacionamento enquanto arrastava a amiga em direção ao prédio. O Harris tentou ignorar os arranhões que já se curavam no rosto de Bervely e tentou se concentrar em outra coisa para tentar distrai-lá novamente, ela já estava em silêncio de novo, um silêncio mortal que quase a fazia perder o fôlego.
As vezes, ele poderia jurar que ela estava se afogando.
— Fui até a nova loja que abriu em Seattle ontem...— ele murmurou, atraindo a sua atenção.
— Oque foi fazer ontem em Seattle? — ela perguntou em um sussurro, curiosa.
Ele encolheu os ombros olhando para frente, não querendo que ela exergasse a mentira em seu rosto quando ele saiu de casa em uma tarde chuvosa e congelante com tantos casacos que mal conseguia se movimentar apenas para ir até a nova loja de Seattle para comprar um kit de tintas, palhetas e pincéis para ela. Não pode deixar de lembrar dela quando a sua mãe chegará lhe dizendo da pequena loja que fora inaugurada na semana passada, o fazendo ficar horas apenas escolhendo minuciosamente as cores dos pincéis, que tinha todos os tipos de azuis. Ele pegará as tintas pasteis, sabendo que ela gostava, — apesar de nunca ter visto sua verdadeira cor — e sorriu com uma chama de esperança que ela voltasse a pintar.
— Estava comprando alguns tecidos para minha mãe e dei uma passadinha rapida por lá. — ele deu os ombros, sua passadinha tinha demorado quase duas horas — Você deveria ir lá Bevy, eu quase poderia te ver perambulando pelas estantes de tintas quando entrei lá.
