VINTE E OITO

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QUATRO ANOS ATRÁS. ... 

_Adeus Percy - sussurro.  
_Volte mais vezes Annie - a Reyna fala - desculpe mas agora vou para a minha festa.  

Beijo todos depressa e saio correndo.  
Vou para casa troco de roupa. Coloco uma blusa amarela e uma calça jeans e solto os meus cabelos.  
Ligo para um táxi e coloco as minhas coisas dentro do carro.  
Como a minha tia não pode ir ao casamento eu resolvi ir até a casa dela para me despedir.  
No meio do caminho liguei pra ela.  

_Tia eu estou indo embora - falo rápido - por que não foi no casamento?  
_ Eu não queria te ver chorando - ela fala.  
_Vou passar aí está bem - falo.  
_Ok meu anjo - desligo o telefone.  

Suspiro e sinto um enjôo.  
Quando olho para a minha direita vejo um outro carro batendo no táxi que eu estava.  
Abro os meus olhos e a minha cabeça está doendo e sangrando muito.  
Sinto uma dor forte na barriga e vejo que a minha roupa está cheia de sangue.  
Desmaio. 

Sinto uma dor imensa no meu corpo, como se estivessem separando o meu corpo da minha alma. A dor é tão profunda que eu acabo desmaiando. 
A minha consciência volta e sinto o meu corpo doer novamente. Uma dor mais intensa que antes, eu sinto como se estivessem enfiando um ferro quente na minha barriga. 

_Será que estou morta? - penso. 

Não consigo abrir os olhos, ou melhor eu não quero os abrir. Eu tenho medo de descobrir o que aconteceu comigo. 
Nos meus pensamentos eu vejo apenas uma pessoa, um lindo rapaz moreno e com olhos verde mar. E eu daria tudo para estar nadando nesse mar e não me afogando nessa agonia infinita. 

_Por que não posso ser feliz - penso - tudo sempre dá errado, primeiro foi o Dylan, eu pesava que ele me amava e no fundo ele só queria a minha virgindade. 

Ele era um canalha que acabou com a minha vida e destruiu tudo o que tinha de bom no meu coração. Eu me transformei em uma pessoa ruim e sem coração. Eu usei o Jason sem dó e o magoei de todas as maneiras possíveis, e que no fim eu descobri que ele era o meu tio perdido. 
Outra decepção: descobrir que eu dormi com o meu tio e quase me apaixonei por ele. 
E agora o Percy, o que era pra ser um caso de férias se transformou no amor da minha vida. Com ele eu aprendi que eu tinha um coração e que debaixo de todas essas roupas tinha uma mulher desesperada por um pouco de carinho. E ele me deu tudo o que eu precisava e eu fui tão Feliz ao seu lado e aí tudo se acabou quando eu descobri que ele era o meu cunhado. E pai da minha sobrinha fofa. Antes eu estava disposta a acabar com o casamento da minha irmã e iria ficar radiante com isso, só que aí veio essa doença que eu nem sabia que ainda existia. 
Até a minha mãe me virou as costas, e nunca mais eu volto para San Francisco.
Agora que não volto mesmo, já que eu morri. 
Eu pensei que quando eu morresse eu iria pro paraíso e seria muito feliz, logo eu ter a ousadia de pensar que eu merecia o céu, o paraíso. Logo eu que nesses últimos anos me tornei uma pessoa tão diferente da menina que um dia eu fui. 
Agora eu tenho certeza de que estou no inferno. E mesmo sem abrir os olhos eu posso sentir. Eu estou com dor e no céu não tem dor ou será que tem? 
Estou tão perdida nos meus pensamentos que levo um susto quando alguém aperta a minha mão devagar. 

_Esta me ouvindo? - alguém pergunta - se sim então aperte a minha mão. 

Faço o que me pediram e aperto a mão da pessoa que está ao meu lado. 

_Ótimo. Será que consegue abrir os olhos- pede. 

Com muita dificuldade faço isso e sinto uma dor profunda, como se meus olhos estivessem se rasgando. 
Arfo devagar. 

_Calma - me viro em direção a voz e vejo um homem com roupas azuis. 
_Eu sou o Fernando - ele fala - você sofreu um acidente de carro. Não se preocupe que estamos te tirando desse lugar. Consegue falar o seu nome? 
_Annabeth - falo engasgada. 
_Então Annabeth - o Fernando fala - eu sou um paramédico e estou aqui para te ajudar. 

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