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ALERTA DE GATILHO: Pedofilia implícita

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Yamada-sensei chegou animado aquela manhã dando o aviso sobre o próximo evento escolar: o Festival de Esportes da U.A., a turma inteira se animou.

Aquele ano apenas ele e Hitoshi queriam ir para o curso de heróis, mas todos eles sabiam de histórias de grandes heróis que começaram na turma de estudos gerais e a maioria da classe incentivava os colegas, o que, para Izuku, era irreal.

Então por isso, durante a sala de aula, todos sugeriram treinar para o Festival.

A sala de aula de Yamada-sensei não era tradicional, nada na U.A. era na verdade, e toda semana eles escolhiam algo diferente para fazerem durante esse período.

Uma aula eles convenceram o professor a os deixar ver os laboratórios e o que as crianças do curso de suporte faziam, Houro se deu bem até demais com Hatsume-san, outra aula eles estiveram disputando xadrez contra o diretor, Izuku foi quem durou mais com ele, em outra aula eles foram para uma das salas a prova de som e aprenderam a tocar diversos instrumentos, Hitoshi era surpreendente com um piano de calda, mas uma das favoritas de toda a turma era quando iam até os alunos do terceiro ano de todos os cursos e eles contavam suas experiências.

Então naquele dia, depois de muito pedirem em nome dos colegas, a turma convenceu o professor a os levar ate a 3-A para que treinassem para o Festival de Esportes com uma permissão provisória de uso de individualidades.

- Nenhum de vocês está interessado no festival, por que querem tanto treinar para ele? - Hitoshi indagou enquanto Yamada-sensei saiu para providenciar o treino.

- Mas vocês querem vencer e pedir transferência para o curso de heróis - Takahashi, o representante, falou - E nós queremos ajudar.

- Vocês dois são bem calados e Hagakure-san é a única que consegue ficar por perto, mas a turma toda notou como são legais e se querem ser heróis é nosso dever ajudá-los a ir contra o sistema - Akichi era uma garota com uma peculiaridade que mudava a cor dos cabelos, ela sempre dizia coisas estranhas sobre ir contra O Sistema e era a vice representante.

- Sim! A maioria de nós vai acabar trabalhando em agências por causa do nome da escola, eu com certeza ia querer trabalhar com heróis com os quais me identifico, heróis que vieram de uma turma que eu vim - Hagakure sorriu para os amigos.

Izuku sentiu as lágrimas virem, um sorriso brincando em seu rosto enquanto chorava lágrimas de felicidade, a quanto tempo não tinha essas lágrimas?

Hitoshi sorriu mínimo e assentiu em reconhecimento, estava com sono demais para expressar como queria pular e agradecer mil vezes a confiança que depositavam nele, e daí se ele não conseguisse a vaga esse ano? Ele tinha pessoas que acreditavam em si, ele tinha uma casa que acreditava um dia poder considerar seu lar, ele tinha amigos, como poderia querer mais que isso?

- Er... acho que essa não é a minha sala - Um garoto loiro estava parado na porta, um sorriso envergonhado, era um dos alunos da 1-A, a mecha preta em seu cabelo era de nascença ou ele que pintou para ter o formato tão preciso?

- E o que um aluno da 1-A faz aqui? - Takahashi indagou seco.

- Eu me perdi... pra que essa hostilidade toda mano? Credo, parece o Bakugou.

- Bem, já viu que essa não é sua sala, caia fora.

- O que está havendo aqui? - Yamada-sensei apareceu - Oh, Kaminari, o que faz aqui?

- Eu fui no banheiro e meio que me perdi, juro que essa escola é um labirinto, sabe pra que lado é minha sala, Mic-sensei?

- Sim, é por ali - Yamada apontou, Izuku franziu o cenho, por que o loiro não chamou o professor pelo sobrenome? - Guys, eu consegui a permissão, mas hoje já não dá mais tempo, então a partir de amanhã vocês terão seu treino!

A turma exaltou em vivas enquanto Kaminari voltava para a sala contando aos amigos o que aconteceu.

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Hitoshi chegou em casa desconfiado, Izuku não parecia nada bem, ainda mais voltando para casa com aquele loiro espumando raiva, tinha algo muito errado ali e ele iria descobrir.

Sorrindo para Onigiri, a gata preto e branca da casa, ele foi ver se os potes de ração estavam cheios antes de ir para o quarto, ele ainda não havia se acostumado ao apartamento de dois quartos, nem a quão barulhentos Yamada-sensei e Shirakumo-sensei poderiam ser, mas era tão melhor que sua antiga casa!

Claro, ele ainda tinha certo receio, mantinha certa distancia deles e nunca falava em sua presença, caso um dos professores se irritassem, mas os três gatos da casa, Onigiri, Mochi e Manju (Os nomes de alimentos eram obra de Aizawa-sensei, como descobriu) eram uma boa companhia para si.

Hitoshi deitou após um banho, já vestido com um moletom e calças confortáveis, e pegou seu celular digitando para Houro, se tinha alguém que conseguiria descobrir o que havia errado com Izuku e o tal Bakugou era ela.

Após enviar a mensagem ele ouviu a porta da frente abrir e um miado indignado enquanto Shirakumo-sensei se desculpava mil vezes com Manju.

Fechou os olhos se encolhendo em baixo das cobertas, claro, eles podiam ser heróis, mas Hitoshi já havia sido adotado por um herói aposentado certa vez, nos primeiros dias foi incrível, ele realmente parecia se importar, cuidando de sua alimentação, o ajudando a se exercitar, mas depois de um mês Hitoshi descobriu que ele estava o usando.

Tornando-o mais flexível, ajudando a suportar a dor, fazendo-o passar mais horas acordado apenas para que, no fim, fosse obrigado a satisfazer os fetiches nojentos de um velho pedófilo, foi um dos piores lugares que morou e ele não queria ter esperanças com os três, mesmo que eles parecessem diferentes.

Batidas na porta o fizeram estremecer, a corrente de ar repentina anunciando que a mesma foi aberta e o miado baixo perto de si indicou que um dos gatos tinha vindo até si.

- Hitoshi? - Era Aizawa-sensei, certo, os pro heros haviam pedido para os chamar pelo primeiro nome, mas, novamente, Hitoshi não queria ter esperanças - Vamos, Mochi já me disse que está acordado.

Hitoshi tirou a coberta do rosto não querendo atrair a ira do moreno para si.

- Hizashi quer comprar pizza hoje, tem algum sabor de preferência? - O adolescente negou e Shouta suspirou, sabia que seria difícil o fazer confiar, mas o frustrava ver tanto medo de si nos olhos do mais novo - Oh, eu falaria um, vai por mim, nós acabaremos com uma pizza de brócolis se aqueles dois escolherem.

Hitoshi fez careta.

- Hm... palmito? S-se não for um incomodo...

- Duas de palmito então - Shouta assentiu e Hitoshi arregalou os olhos, duas?! - Eu também escolhi essa.

Shouta deixou o quarto e encarou os maridos que haviam ouvido a conversa, Hizashi era o mais ansioso para deixar o 'pequeno ouvinte', como ele dizia, em baixo de suas asas, mas os três teriam que ser pacientes.

Todos Merecem FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora