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Izuku gemeu de dor enquanto abria os olhos, a segunda pegadinha não deu tão certo quanto a primeira, a 1-B reagiu como a 1-A, entrando na brincadeira, mas alguns alunos entraram em pânico e Izuku foi pego por uma peculiaridade que, somado com o corpo frágil das surras quase diárias de toda uma década, ele caiu com tudo batendo a cabeça.

- Pequeno ouvinte? - A voz de Present Mic o fez se sentar ainda tonto e encarar o professor que o olhava com preocupação - Como se sente?

- Dolorido, o-onde estou?

- Na enfermaria da escola, nós avisamos seus responsáveis, Recovery Girl decidiu que deveria passar a noite em observação já que bateu a cabeça.

- N-não é necessário, e-eu vou ficar bem - Izuku arregalou os olhos já começando a levantar antes de ser parado pela enfermeira.

- Nada disso, garoto, você vai ficar em observação essa noite - Recovery Girl avisou.

- E-eu não quero dar trabalho.

- Besteira, eu ganho pra isso, ande deite.

Sem muita escolha Izuku se deitou, estava com medo do que aconteceria quando voltasse, Kaachan não o deixaria em pune tinha certeza.

Present Mic suspirou enquanto recostava contra a cadeira ao lado de sua cama e Midoriya franziu o cenho, por que o professor continuava ali?

- Oh, bem, eu moro com alguns amigos e os dois ainda estão ocupados então estou os esperando voltar - O professor loiro sorriu ao notar que era observado - Não quer minha companhia? Eu posso ir embora se quiser...

- N-não! E-está tudo bem, m-me desculpe por ser inconveniente...

Mic suspirou.

- Você não é inconveniente, Midoriya, não se preocupe.

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Aizawa bateu na porta da casa que tão bem conhecia das noites vigiando Midoriya desde que o salvou em um beco um ano atrás.

- PIRRALHO, VAI ABRIR A PORTA! - A voz alta de uma mulher soou e o herói se xingou por ter pedido para ser ele a ir e não um dos outros dois.

- JÁ ESTOU INDO, BRUXA! - A voz de seu aluno gritou de volta e Shouta franziu o cenho enquanto a porta era aberta - Aizawa-sensei?! - Bakugou fez uma carranca.

Depois de todos os desafios que fez e de dizer que não os expulsaria, ainda, ele deu detenção a Bakugou pela forma violenta que agiu em relação a Midoriya e Shinsou, o que explicava o porque de seu aluno o encarar em desagrado.

- Quem está na porta? - Um homem moreno apareceu encarando Aizawa.

- Meu professor - Katsuki murmurou.

- Oh, entre, espero que Katsuki não tenha causado nada em seu primeiro dia - O senhor Bakugou sorriu enquanto o fazia entrar, Shouta examinou a casa, o pai de Katsuki parecia muito calmo em comparação aos outros dois moradores da casa...

- Eu vim aqui falar sobre Midoriya Izuku na verdade, sou Aizawa Shouta, professor de história e heroísmo da U.A.

- Oh, aquele pirralho sempre desaparece à noite, então não vai o encontrar em casa - A mulher loira muito parecida com seu aluno veio do corredor sorrindo para si - Ele aprontou algo?

- Não, não, na verdade a U.A. tem uma forma diferente de fazer seu primeiro dia letivo e, infelizmente, Midoriya acabou se machucando.

- Ele está bem?! - Masaru se preocupou imediatamente, Mitsuki decidiu deixar isso com seu marido e chamou o filho para a ajudar na cozinha, Aizawa franziu o cenho com isso, a mulher não estava preocupada com a outra criança?

- Está sim, mas achamos melhor o deixar em observação, ele bateu com a cabeça e isso pode gerar algumas consequências dolorosas, com Recovery Girl por perto podemos dizer se foi grave ou não.

- Menos mal - Masaru suspirou - Izuku é um menino complicado de se lidar... estando na U.A. pelo menos eu sei que não está metido com gente errada... geralmente Katsuki chega sozinho e nós nunca sabemos onde ele está.

- Outra coisa que nos chamou atenção essa manhã... Midoriya chegou na escola coberto de lixo.

Katsuki parou na porta apertando as mãos em punho, o pequeno nerd idiota! Ele havia corrido para contar aos professores?! O que esse imbecil achava que era?!

- Lixo?!

- Oh, isso nos preocupou muito, afinal não acho que seja moda atual dos jovens andarem por aí com lixo...

- Oh, não se preocupem tanto - Mitsuki puxou Katsuki consigo enquanto voltavam para a sala - Aceita um chá, professor?

- Não precisa obrigado, o que quis dizer sobre não nos preocuparmos?

- Como Masaru disse Izuku sempre esconde de nós o que faz... isso piorou depois da morte da mãe, infelizmente, ele é bem isolado, mas é um bom garoto e tenho certeza que foi só uma brincadeira entre amigos antes da aula, afinal sempre foi o sonho dele entrar na U.A.

Aizawa franziu o cenho, Masaru parecia querer dizer algo, mas se calou diante a fala da esposa, Katsuki apenas revirou os olhos enquanto Mitsuki ainda sorria.

- Inko era da mesma forma, tenho certeza de que está tudo bem, não precisam vir aqui toda vez que ele se machuca, confiamos na U.A. para dar um jeito nesses meninos.

- Bom, então tenho certeza de que seu filho contou sobre a detenção que recebeu.

- Katsuki?! O que você fez, pirralho?!

- Eu não fiz nada, sua bruxa!

- Fala logo, caralho!

Shouta suspirou.

- Ele tentou agredir um aluno de outra turma... se me derem licença eu preciso voltar para a escola.

- Claro, eu o acompanho até a porta - Masaru se ergueu e Shouta o acompanhou - Professor... eu tenho a impressão de que Izuku está metido com gente errada... se puder me assegurar que ele está bem.

- Não se preocupe, nós cuidamos bem de nossos alunos - Aizawa garantiu, pelo menos eles cuidariam melhor do que os Bakugou vinham fazendo.

Eles não tinham sequer noção de quem seriam os amigos de Midoriya?! Não admira que eles não percebiam que o próprio filho fazia bullying com o garoto.

Decidido voltou para a U.A. e encontrou Midoriya rindo baixinho de alguma história que Hizashi contava, Oboro estava com um filhote de gato no colo apenas observando a cena.

- Oh, voltou da sua reunião Shouta? - Oboro sorriu para si o fazendo suspirar e assentir - Estávamos contando a Midoriya sobre a pegadinha que fizemos com Tensei no meio do nosso segundo ano.

- A pegadinha de extremo mal gosto enquanto todos achávamos que você tinha morrido?

- Ora vamos, me passar de fantasma foi engraçado - O homem riu e Shouta novamente reviu todas as decisões de sua vida e se amaldiçoou por ter dito sim no altar aos dois homens problemáticos a sua frente.


Todos Merecem FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora