JÚLIA ON.
3 meses se passaram e nós estávamos na mesma, tudo estava se intensificando lógico; ciúme, amor, tesão, brigas, sexo, inseguranças eram normal pra nós...Mas a minha insegurança era grande demais, sabe quando você ama alguém e sente um medo enorme de perder a pessoa? É assim que fico, as vezes me dá umas crises de choro, insônia e até tremedeiras.
Eu era apaixonada em Andressa, fazia tudo por ela, eu acordava pensando em nós, eu dedicava as coisas à ela. Ela não ficava muito atrás, até chegamos a planejar uma vida juntas.Ligação on
Eu: Amor, já pensou a gente na nossa casa, chegando do trabalho e abraçando a outra? Essas coisinhas gay sabe? (Falei enquanto sorria sem parar)
Andressa: Simmm, quero ter um casal de filhos e 2 doguinhos, se você quiser. (Eu conseguia sentir a empolgação na sua voz)
Eu: É claro que quero, como seria o nome das crianças? (Mergulho de vez na nossa imaginação)
Andressa: Da menina, Emilly Eduarda. Do menino você escolhe. (Sim, estávamos escolhendo nomes de nossos supostos futuros filhos KKK amo)
Eu: Amor, eu quero muito que seja Miguel Eduard. (Eu já queria esse nome para meu filho, com Andy tudo fazia mais sentido ainda)
Andressa: Júlia? Te amo muito e realmente quero ter essa família contigo. (Me surpreendi e comecei a chorar)
Eu: Eu te amo mais meu amor. Nós vamos ter nossa família sim. (Conversamos mais um pouco depois disso e desliguei)
Ligação off.
Era esse tipo de coisa que eu amava nela, ouvir que Andressa planejava um futuro comigo era tudo que eu precisava saber. Pois minha insegurança aumentava cada vez mais quando eu via meninas muito mais lindas e atraentes que eu dando em cima dela na faculdade, ver Andressa conversando e se divertindo com as cujas, me dava medo de ela se interessar por alguma outra que não fosse eu. Na verdade eu nem sabia se ela era tão entregue a esse nosso "amor" como eu era, já que quem sempre mostrou interesse fui eu, quem chamou ela no Whatsapp e quem beijou primeiro fui eu, quem puxa os assuntos de família sou eu.
Eu dava em cima dela, eu iniciava os flertes, ela só se jogou no meu jogo porquê eu fiz ela se apaixonar (pelo menos é o que imagino). Todos esses pensamentos me faziam chorar e a única que me entendia era Amanda, nós nos aproximamos muito esses últimos meses, ela é uma ótima amiga sabe me escutar, me dá conselhos, paga sorvetes pra mim KK enfim, essas coisinhas de amigas. Chamei ela pra ir à praça no fim da tarde comigo e falei pra ela o que estava acontecendo comigo em relação à Andressa.
Amanda: Calma meubem, deita aqui no meu colo. (Pediu calma e eu fiz)
Eu: Tá vendo? Eu já tô chorando só em pensar nessas coisas de novo, sinto que estamos nos afastando cada vez mais, como se aquelas meninas a fizessem ela ir cada dia mais um passo a frente e me deixando paralisada no mesmo lugar de sempre, no "nosso amor". (Estava deitada no banquinho da praça em cima das coxas de Amanda, chorando sem chamar muita atenção)
Amanda: Não chora bebê, sabe que eu não gosto de te ver assim, ainda mais por causa daquela lá, todo mundo sabe como ela era antes de vc, me desculpa por isso Juh. (Elas não se davam bem, e sempre que podia Amanda me lembrava da fama ruim de Andressa antes de nos conhecermos)
Eu: Eu a amo, amiga. Acho que não consigo mudar isso. (Mesmo com tudo que ela dizia fazendo me machucar, eu continuava gostando da minha morena, feliz ou infelizmente)
De repente o barulho de passos e palmas chegam próximo à nós.
ANDRESSA ON:
Eu: Que bonitoooo! Palmas pra ela Brasil. Assediando a minha namorada e ainda por cima falando mal de mim. Que feio né fofa, solta ela. (Falo irônica e com um ódio extremo por dentro de meu corpo)
Amanda: Não fala o que não sabe e tu não tem esse direito vocês nem são namoradas, sua otária. Júlia é minha amiga e eu falo mal de ti mesmo, pois é a verdade. (É muita ousadia, se Júlia não se metesse entre nós naquele exato momento, eu teria descido aquela vagabunda no soco)
Júlia: Para Amanda, é melhor. (Vi a loirinha nervosa e chorando com a cena)
Eu: É bom mesmo, filha da puta talarica. Se tu encostar mais uma vez na Júlia eu acabo contigo. (Falo apontando o dedo na cara da safada enquanto Juh me segura para não brigarmos)
Júlia: Para amor, ela é minha amiga, vem vamos pra casa. (Diz ela me abraçando e chorando)
Amanda: Quero te encontrar pela rua pra quebrar essa tua carinha por tudo que tu faz a Juh sofrer. Ela é maravilhosa e merece muito mais que isso, esse ser humano desprezível que tu és. (Aí ela pegou pesado, me deu vontade de chorar, mas segurei)
Eu: Vai embora mesmo, não pensa que vou esquecer isso, quando eu te quebrar todinha aí tu debocha da minha cara assim de novo, ouviu sua cínica. (Digo enquanto ela se afasta indo embora)
Levei Júlia até minha casa já que se fossemos para a dela os meus sogros iriam ouvir a discussão.
Eu: O que foi aquilo Ana Júlia? (Pergunto nervosa, com a voz pesada querendo chorar)
Júlia: Nós estávamos conversando amor. (Ela já se encontrava em prantos desde quando a encontrei na praça)
Eu: Nós estamos juntas, qual o problema de falar comigo? Tinha que ir pros braços dessa garota? Eu já te falei mil vezes que ela fica dando em cima de ti e tu continua forçando essa amizade que não existe, pelo menos da parte dela não. (Falo e Júlia enxuga a lágrima)
Júlia: Mas quando você tá com aquelas suas novas amiguinhas dando em cima de ti eu não surto assim, né?...eu te amo e tenho certeza disso, não importa se ela ou qualquer pessoa tá afim de mim. (Ela diz com um certo tom de raiva na voz)
Eu: Então foi sobre isso você falou com ela? É por isso que tá chorando? Eu não corro pra minhas amigas quando estou fragilizada com risco de alguma delas me beijar, eu corro pra você, sempre foi assim, mas se você achar melhor ir atrás da pessoa que pode se aproveitar de você a qualquer momento, tá tudo bem, não vou mais "surtar". (Digo com sinceridade e vendo ela já chorando novamente)...E ela tem muita razão, não somos namoradas pq eu sou covarde, inútil e um ser desprezível demais pra dar conta de ti, Júlia. Acho que nosso amor não tá sendo o suficiente. (Agora eu me encontrava chorando muito, ainda digerindo tudo o que Amanda me disse, analizando que era tudo verdade eu me desmanchei no choro)
Júlia: Amor, me desculpa. Tudo isso foi porquê eu tava com medo de te perder. Eu te acho incrível, mais que todas, Amanda passou dos limites em ter te falado aquilo. (Fala ela se sentindo culpada pelas palavras da "amiga")
Eu: Quando vi vocês naquela intimidade toda eu também tive medo. Preciso de um tempo pra pensar em nós, tu também eu acho, vai pra tua casa, vou chamar o uber aqui e quando chegar lá me avisa. Fica bem, te amo. (Falo enxugando as lágrimas, isso não era o fim, eu só queria entender tudo isso e refletir sobre minhas atitudes, e ela as dela)
Júlia: Tchau, eu te amo mais. Espero te ver logo. (Levo ela até o uber e beijo sua testa enquanto ela me abraça forte)
Apesar de qualquer coisa, pessoa, qualquer briga ou desavença nossa, eu vou sempre me importar e tentar cuidar dela, pois Júlia era minha bebê. Depois que o carro deu partida levando ela, senti uma das piores sensações do mundo, é como se tivessem levado um pedaço do meu corpo de mim e um vazio se instalou no meu peito.
Próximo cap😿

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Uma amizade e tanto
RomanceAndressa e Júlia se conheceram numa tarde de faculdade e viraram amigas, mas Júlia queria mais que a amizade de Andressa e lutou pra isso. Contexto reaaaal. Se deu certo ou não você só descobrirá se acompanhar essa história... tá esperando o quê? va...