Faltam apenas quatro dias para a empresa coreana lá dar a resposta pra Beth. E se ela tiver mesmo que ir?
Nossa relação não daria certo à distância. Praticamente nunca dá. Sem falar que ficaremos vulneráveis emocionalmente. Cinco anos é muita coisa.
Não é que eu não queira que ela cresça na carreira. Eu quero isso. Quero o melhor para ela. Mas.. precisava ir tão longe? Tem tantas boas empresas aqui em Nova York.
A de Sam é uma delas. Mas ela não quer voltar pra lá. Ela não se sente mais confortável perto dele. Que não quis aceitar o fato dela ter me escolhido e ainda fica correndo atrás dela e insistindo.
Perderam até a amizade no meio disso. Mas, fazer o quê? Eles foram o primeiro amor um do outro, e dizem que esse é o mais forte. Ele só vai superar quando achar alguém que o faça ficar dez vezes mais balançado.
Eu sinto pena. Adrian aceitou tão bem que faz parecer que ele nem queria tanto assim. Brinca com a gente e diz que deveríamos fazer um trisal e namorar todo mundo. A gente se acaba de rir. É legal que ele leva o "fora" na brincadeira. Beth se sente mal por Sam e Ondessa, seria horrível que ele também fizesse isso.
Eu e ela estamos na melhor fase do nosso namoro e sinceramente, eu não queria que ela fosse. Não é torcendo contra não, mas eu queria que algo a impedisse de ir, sei lá, qualquer coisa.
Só queria que ela ficasse comigo. Aqui. Só isso.
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Casa da Beth
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- Oi sapinha. Como você está?- Eu tô ansiosa, minha sapinha. A resposta vai ser em breve e eu simplesmente, estou apavorada com o resultado.
- Relaxe, as coisas vão acontecer como devem ser.
- Nossa, você falando assim parece até que dê tudo errado.
- Olha, digamos que o que você quer e o que eu quero são coisas diferentes.
- Tá bom, vou aceitar que você não quer largar do meu pé. Mas quer o melhor pra mim e vai torcer pela minha felicidade.
- Claro, minha sapinha - dou um monte de beijinho no rosto dela, e ela ri.
De repente, a mãe dela liga e ela coloca no viva-voz:
- Oi mãe, tô aqui com a sapinha. Dá um oi.
- Oi, minha sogra.
- Oi filha, oi Bia. - ela diz com a voz meio chorosa meio sussurando
- Mãe? Tá tudo bem? Por que tá sussurando? Você tava chorando?
- Filha, eu tô no hospital com o seu pai. Tô falando baixinho por que estou fora do quarto, mas não quero que ele escute que te liguei.
- Como assim, mãe? O que aconteceu?
- Seu pai, ficou doente. Ele começou o tratamento tem alguns dias, mas ele piorou e está na UTI.
- Quê? O que ele tem? Porque não me contou antes?
- Seu pai é um teimoso. Você sabe. Não quis que eu contasse, mas ele está com câncer de pulmão. Enfim, eu preciso de você aqui.
- Claro, mãe. Vou pra aí agora, pegar o primeiro avião e vou ficar com a senhora.
Ela desliga. Ela começa a chorar desesperada.
- Meu pai.. Bia.. meu pai.
- Eu ouvi. Calma, vamos fazer as malas e vamos pra lá dar apoio pra sua mãe e seu pai. - abraço ela.
- Você? Você vai viajar?
- Claro. Eu não vou deixar você desse jeito. Eu te amo.
E ficamos abraçadas.
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A Decisão De Uma Vida
RomantiekElizabeth. Sonha com o jornalismo e seu maior sonho é ser uma grande jornalista. Será que ela vai conseguir? O que será que a aguarda ? Quer descobrir? Então, venha e se delicie com essa história e descubra todos os mistérios que a aguarda.