Capítulo 10 - Um possível talvez..

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Acordo. E sigo, para o trabalho, obedecendo a minha rotina diária. E assim vai se seguindo, durante toda a semana.

Até que chega o tão esperado, sábado. Meu dia preferido da semana, em que eu descanso, leio um livro, durmo até mais tarde, ou até faço compras.

Mas, toda a beleza do meu dia acaba quando Sam, me liga.

- Alô, o que foi Sam? Hoje é sábado. Não vou fazer hora extra.

- Alô, primeiramente, bom dia pra você também Beth. E, não te liguei pra pedir hora extra, ainda me lembro que o sábado é sagrado pra você.

- Exatamente, se não é hora extra por que você tá me ligando? E porquê  tão cedo? Não é nem oito horas ainda.

- Ah, desculpa. Pensei que tivesse acordado cedo. Mas, liguei pra saber se o nosso jantar ainda tá de pé, e se saber se Bia também vai.

- Ah, claro... isso.. sim está de pé e Beatriz vai sim. E ela disse que vai levar uma pessoa junto.

- Certo, então. Mesa pra quatro. Mas, você tá bem?

- Estou sim, claro. Por que não estaria?

- Você falou Beatriz, ao invés de Bia. E isso nunca é um bom sinal. Vocês brigaram?

- Não, não brigamos está tudo bem.

- Certo, então. Beijo. Até mais tarde. Te vejo no jantar.

- Claro..

Desligo. Affs, tinha esquecido desse jantar. Que saco. Só vou por causa de Sam. O pior é que ainda vou ter que aturar a presença daquelazinha..

Que saco. Estragou todo o meu dia. Nada vai me fazer feliz agora. Esse jantar vai ser o ponto alto do meu dia, e vai ser também o principal ponto do caos do meu dia.

Ter que ver Beatriz com uma garota que ela mal conhece é ridículo.  Isso é inaceitável.  Sabe o que mais é inaceitável? Eu ficar desse jeito.

Não vou deixar uma qualquer estragar o meu dia, e muito menos a minha noite. Vou fazer compras. Vou comprar uma roupa linda para eu usar hoje.

Mas antes, tenho que comer alguma coisa. Vou até a cozinha e preparo um breakfast digno. Mas, ficou muita coisa pra comer sozinha... Vou ligar pra Jack e saber se ele não quer tomar café aqui.

- Alô, Jack. Bom dia. Te acordei?

- Na verdade não. Acordei faz pouco tempo. Mas, o que foi?

- É que eu fui acordada com uma ligação, que liberou o meu mau humor e eu liberei ele fazendo um breakfast reforçado. Só que ficou muito pra eu comer sozinha. Aí eu pensei, bom vou ligar pra Jack e saber se ele não quer tomar café aqui...

- Entendi. Tô indo. Chego aí minutos.

-  Certo.

Desligo. Vou para o meu quarto buscar o meu roupão, por que eu não tô nem afim de trocar de roupa. Vou continuar com a minha camisola mesmo.

Ele chega. Fica surpreso ao me ver.

- Oi..

- Oi, Jack. Entra.

- Tá bom.

Ele entra, e continua um pouco sem graça. Eu aponto para a mesa já posta.
Ele se senta. Também me sento. Ele continua me olhando estranho.

- Tá tudo bem Jack? Fiz algo que você não come?

- Não, tá tudo perfeito. É que...

- Fala.

- É que eu não esperava ver você de roupão.

- Ata entendi. Te incomoda?

- Não.  É que não estou acostumado à te ver assim...

- Bom, é que a gente só se vê no trabalho, então fica meio difícil você me ver assim.

- Exatamente. Por isso, não imaginei que na primeira vez na sua casa eu te veria assim. Estou surpreso.

- Bom, acho que você ficaria mais surpreso me vendo sem o roupão.

- Imagino que sim. 

- Então,deixe de coisa e vamos tomar o café antes que ele esfrie.

Ele me olha ainda surpreso, e começa a tomar café, dando um sorriso de canto de boca. É engraçado que eu ache que tenho mais intimidade com ele do que com outra pessoa.

Terminamos de comer, e ele me ajuda a tirar a mesa, e a lavar os pratos. Após isso eu ligo o rádio, e começo a dançar ao compasso de uma música. Ele está sentado na minha poltrona.
Ele ri. Minha dança é ridícula demais.

Eu o puxo para dançar uma música mais lenta. Ele me enlaça ainda timidamente, e começa a dar passos curtos. Eu o abraço, e dançamos lentamente. Quando nos afastamos nossos olhares se cruzam e ficamos com o olhar fixo.

Pouco antes dele, se aproximar o rosto dele do meu, e  nos beijarmos. E seguimos assim no nosso jeito torto, de nos aproximar.

Quando me dou conta, já estamos na minha cama, e as nossas roupas no chão. Cada toque, cada movimento nosso, vai se misturando na nossa respiração ofegante, na nossa imensa vontade de sentir.

E a cada manifestação de prazer dele, só me faz querer mais, e mais dele. A cada calor que sai de mim, eu o desejo mais. E seguimos assim por um tempo que eu já não sei mais como corre.

E depois, permanecemos na cama, abraçados, trocando carinhos e beijos ternos. Dentro de mim, já sei o que está acontecendo. Mas não sei se é o mesmo que passa na mente dele. Mas, não prefiro comentar nada.

Apenas aproveito o momento. Aproveito a companhia dele. O cheiro dele, a pele dele. Não deixo nada escapar ao toque das minhas mãos. Percorro por todo o corpo dele.

As mãos dele, são macias. Seus lábios, carnudos. Seu corpo, sarado. E eu? Me arrepio a cada movimento que ele faz ao tocar o meu corpo. Ele gosta de brincar com mechas do meu cabelo.

Ficamos assim por muito tempo. Depois nos beijamos de novo. E nos levantamos, e vamos tomar banho juntos. E sinceramente, não há nada melhor do que tomar banho junto com alguém. 

Tomamos banho, e nos vestimos. Vamos para a sala, e assistimos a uns filmes. Depois dos filmes, ele me olha e pergunta:

- E então, o que somos ?

- Não sei. Me diz você.

- Bom, depois de tudo isso, acho que estamos caminhando para um namoro..concorda?

- Bem, eu acho que sim. Mas, temos que ir com calma. A gente já até passou do limite que deveríamos ter tido.

- Isso é verdade. Mas, você gostou ?

- Sim. Claro que gostei. Mas, temos que ir  devagar. Pra não dar errado e a gente acabar nos arrependendo de nós dois.

- Certo, como você quiser. Então eu acho que é melhor eu ir então né?

- Sim. Mas, me liga.

- Claro.

Eu o levo até  a porta, e ele me dá um beijo na testa, e vai. Eu fecho a porta. E vou para o meu quarto. Não vou mais comprar roupa. Vou só dormir e descansar para mais tarde.

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