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Layla e Carl foram deitar juntos novamente, ouvindo muito da boca de Daryl, claro.
Os dois haviam perdido o sono, eles dormiram a tarde inteira e agora de madrugada, estavam elétricos.

— Então... —Começou Carl. — O que você vai fazer agora?

— Não sei, dormir?!

— Você tem sono?

— Não.

— Nem eu.

E o silêncio constrangedor se instala.

— Bem, não é como se fosse a nossa primeira noite dormindo juntos.

— Continua vergonhoso.

— Podemos sair e dar uma volta.

— Pirou na batatinha é?! Se os zumbis não nos matarem, seu pai mata.

— Eu só quis dizer..

Layla suspirou e se virou de costas para Carl, que a abraçou e em seguida beijou sua cabeça.

— Eu te amo Layla.

— Eu sei Carl.

— Ue.

— Ue o que?

— Não vai me responder?

— Ah sim, buenas noches niño!

— Vá a merda Greene! Puxa vida, eu aqui todo carinhoso e você parece uma bruta, eu hein.

A menina ri e vira para seu namorado.

— Você sabe que eu também te amo Carl.

— É, mas queria ouvir de você.

— Eu te amo!

— Obrigado. — Ele sorri, fecha seu único olho e tenta dormir novamente.

Narradora

Layla não conseguia dormir novamente, não sabia se era por falta de sono ou se sua mente estava muito cheia.
Em silêncio, ela se levanta lentamente da cama e anda em passos largos até a porta, logo indo para o lado de fora do quarto.

A menina desce as escadas e vai até o pátio do Reino, estava frio e uma chuva rala caía dos céus. Não havia lua e nem estrelas para se admirar, apenas a noite escura, fria e sem vida.

Sentou -se em um dos bancos, sentindo as gotas de água caindo em seu corpo, escorrendo de seu cabelo indo até seus braços. Ela sabia que ficaria gripada, e que Maggie iria encher seu saco, falando o quanto a negra foi descuidada, mas também saberia que ela se importava, e que esses esporros nao eram por maldade.

Aos poucos, a chuva parou, só sobrou a lambança e uma menina toda molhada e com muito frio.
Ela sorriu.
Já faziam anos que Layla não sentia um pouco de prazer por conta de um bom banho de chuva. A menina acabou por lembrar de um dos momentos com seu pai, em um dia chuvoso com muitos trovões. Ele tinha lhe feito um chocolate quente muito gostoso, um sabor que só ele fazia.
Ela sente saudades.

 𝑮𝒓𝒆𝒆𝒏𝒆 ( 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅 )Onde histórias criam vida. Descubra agora