Narradora
— Bom dia Lay! — Diz Carl sonolento, já que faziam apenas 5 minutos que e o homem acordou.
Pois é, Carl agora já estava com 20 anos, não é mais aquele moleque de 15 que vivia dando trabalho para Rick, bem, ele ainda da trabalho.
— Hmm bom dia! — Responde sua namorada se enfiando de baixo das cobertas.
— Vamos, a gente tem que levantar.
— Pra que?
— Ue, aproveitar o dia, deve estar bem bonito hoje. E a gente pode sair por aí também, só nós dois.
A mulher sorri e o abraça.
— Não pode ser aqui em casa?
Sim, eles estão até morando juntos agora, Glenn quase surtou quando descobriu a decisão do casal, pois pra ele, Layla ainda era só um bebê.
— Você acordou preguiçosa hoje hein? Nem vem, a gente vai sair sim e eu vou dirigir!
— Tá maluco?! Quer me matar?!
— Ha ha ha muito engraçado.
Ela ri e se levanta indo ao banheiro.
— Posso tomar banho com você?
— Não!
Layla fecha a porta na cara de seu namorado e o escuta resmungando baixinho.
— Um dia ela deixa.
— Deixo não!
[...]
O sol raiava na grande Alexandria, fazendo com que os moradores levantassem cedo e começassem seus respectivos trabalhos.
Rick estava em sua sala, conversando com Daryl, Maggie e Michonne sobre Negan. O que eles iriam fazer com o homem aprisionado?— Layla visita ele, quase sempre. — Diz Maggie. — Eu confesso que sinto pena dela por ter que ve-lo daquele jeito preso. Mas o Negan mereceu.
— Então cabe a ela decidir o que faremos.
— Eu vou conversar com ela, ou você Maggie, se preferir.
— Não Mich! Tudo bem, pode ir você sim, mas me conte depois.
Michonne sorriu fraco e saiu da sala com seu semblante sério de sempre. A negra ultimamente estava muito estressada e ansiosa por conta da gravidez, tinha medo de o bebê não nascer saudável o suficiente ou até morrer, ela já levou várias broncas de Carol por não conseguir parar quieta em casa, mas fazer o que?! Michonne já estava tão acostumada com a rotina puxada que acabou esquecendo de como descascar.
Três batidas foram dadas na porta de Carl e Layla, e quem atendeu foi o mini Rick.
— Oi Mich! — Ele abraçou sua madrasta e deu espaço para que ela passasse. — Como você está?
— Ótima, e você e Lay?
— Estamos muito bem.
— Olha, eu preciso conversar sobre algo sério com ela, sabe se ela..
— Estou aqui. Aconteceu alguma coisa?
— Bem.. não ainda, mas.. an
Michonne sempre ficava nervosa para conversar com Layla quando o assunto era Negan. Ela não sabia o porquê, só sabia que seu coração apertava e sua garganta formava um nó enorme.
— É sobre Negan?
— É, é sobre ele sim.
— Morreu?
— Não.
— Então... — Falou para que Michonne prolongasse.
— Queríamos saber o que fazer com ele, não podemos deixá-lo preso pra sempre.
— Mas esse tinha sido o combinado, não é?
Carl apenas permanecia quieto e sentado no sofá, tentado disfarçar o ar pesado que ali havia.
— É mas.. ah esquece, deixa quieto. — A mulher sorri e sai sozinha da casa, respirando fundo logo em seguida no lado de fora.
— Será que isso são sintomas da gravidez? — Lay revirou os olhos e jogou a toalha de banho em Carl dando um sorriso fofo.
[...]
— Não consegui falar bem com ela, mas pelo jeito, Layla parece bem com as coisas do jeito que estão.
— Entendo. Sempre que tento falar com ela sobre isso ela muda completamente, fica fria e grossa do nada.
— O que será que ela e o Negan conversam?
— Ouvi eles uma vez — Começa Daryl— Pelo visto não é nada de mais. Ela estava contando o que havia acontecido depois que ele caiu. Falou sobre a própria vida adulta, de Carl, da gente. Coisas simples.
— Oi.. — Diz Layla entrando na cela de Negan, ela nunca mais conseguiu chama-lo de pai.
— Olá Layla.
A mulher olhou para os pés e se sentou no chão frio de frente para o homem. Ela não sabia o que contaria para ele hoje, não sabia o que queria dizer e muito menos o que queria ouvir, ela só sabia que queria ve-lo.
— Como andam as coisas lá em cima?
— Bem. Tá tudo.. bem.
— Nenhuma fofoca pro velho fofoqueiro? — Ela ri.
— Acho que não. Anda tudo muito tranquilo..— Ela quase o chamou de pai, quase que as três letrinhas escapam de sua língua. Ela quer falar, mas ao mesmo tempo não quer.
Layla não o desculpou após tudo, apenas tentou continuar. Tentou esquecer e seguir em frente, mas nunca perdoou. Ela não conseguia. Sempre que tentava, sua mente ia para Abraham, Hannah, Ben, Maddi e todos os outros alexandrinos mortos.— Então, o que te trás aqui?
Você?!
Coragem para enfrentar seus antigos demônios?
Tentar chama-lo de pai? Nao! Fora de cogitação!— Na verdade eu não sei, me acostumei a vir aqui, eu acho.
— Por que está triste?
— Não estou.
— Está sim que eu sei. Ficava com essa mesma cara quando eu não te dava sorvete quando estava doente.
E de novo ela riu.
E aí ela percebeu o quanto ela sentia falta de seu pai.
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𝑮𝒓𝒆𝒆𝒏𝒆 ( 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅 )
General FictionDepois de misteriosamente os mortos voltarem a vida, o mundo se torna um caos, fazendo a vida de uma garotinha e sua família ficar de ponta cabeça. Tudo o que ela queria era uma salvação ou qualquer pontinha de esperança, e ela chega.