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— Eu vou embora. — Disse Layla para o grupo.

Todos estavam em choque com a notícia, ninguém estava entendendo o motivo de a garota querer ir embora de Alexandria, não saberiam nem para onde ela iria, ou se algum dia voltaria.

— Como assim Layla? Por que você quer ir embora daqui?

— Bem.. não é tipo.. embora pra sempre. Só por um tempo. Eu quero descansar sabe? Esquecer tudo, e continuar aqui não está me ajudando com isso.

Carl sentou no sofá e abaixou a cabeça, passando suas mãos pelo rosto e cabelo.

— Por quanto tempo? — Pergunta o namorado.

— Não sei, o tempo que eu precisar.

— E como vamos nos comunicar? E se morrer? Como vamos saber?

— Eu vou dar um jeito!

— Cartas — Diz Maggie. — Vamos arranjar um lugar de encontro para deixar cartas.

— Eu vou voltar, só não sei quando.

A menina olha para Carl, que pela sua expressão não estava nada feliz com a ideia. Ele respirou fundo e saiu da casa sem mesmo dizer uma palavra sequer.

— Você está sendo muito egoísta. — Rebate Daryl olhando fundo nos olhos de Layla para logo sair também.

Já cansada de ouvir sermões dos outros, a negra vai embora batendo os pés, indo direto pra cela de Negan. Ele o olha confuso e se levanta rapidamente pois percebeu que algo estava errado, Layla nunca o visitou mais de uma vez no mesmo dia.

— O que houve?

— Eu vou embora.

— Sozinha?

— É.. acho que sim. Eu estou sendo egoísta?

— Não oras, a decisão é sua, você já é uma adulta. Ninguém tem que decidir nada por você.

— Não foi o que Daryl disse.

— E você se preocupa com o que o Daryl pensa? Ele não sabe de nada, se realmente se importasse com você, estaria ao seu lado, te dando apoio!

— Para de tentar me por contra eles.

— Não estou fazendo nada de errado, só comentando fatos.

Layla estava confusa com o que seu pai disse e o ruim é que em partes ele talvez esteja certo. Ela não está sendo egoísta só porque quer tirar um tempo para si.
Carol também fez isso, e pelo visto fez muito bem para ela, bem, pelo menos é o que Layla acha.

Mas ela já está decidida. Irá partir hoje a noite.

[...]

— Layla não faz isso, a gente está tão bem aqui!

— Carl eu já disse que não vai ser pra sempre.

— Mas não sabe quando vai voltar!

— Vai ser logo.

— Então deixe eu ir com você.

— Não dá Carl! Eu tenho que ficar sozinha! Eu juro que não vai demorar e que eu vou ficar bem.

— Vai escrever sempre?

— Vou!

O homem se aproxima de sua namorada e a beija, mas não foi qualquer beijo, foi o melhor que eles já deram em todos esses anos que estão juntos.

— Não foi um beijo de despedia. — Termina Carl a abraçando.

[...]

— Tem certeza meu amor? — Pergunta Carol.

— Tenho gente, e eu já disse mil vezes que vai dar tudo certo. — O carro da menina já estava pronto. Muita gasolina, comida, bebida e armas.

Todos se despediram de Layla com beijos e muitos abraços apertados, alguns até choravam como por exemplo o P. Gabriel e Eugene.

— Sabe que eu sou totalmente contra a essa sua ideia maluca.

— Já percebi Daryl.

— Se você fizer alguma merda ou morrer eu juro que te arrebento pra você ficar mais morta ainda!

— Tá bom Daryl Dixon eu já entendi! Eu não sou mais uma criança!

— Discordo! — Se intromete Glenn. — Você vai ser sempre a nossa Pantera Negra.

Pantera Negra.
Há quanto tempo Lay não era chamada assim.

— Para vocês vão fazer eu mudar de ideia.

— Essa é a intenção. — Diz Rick.

— Tá gente, eu tenho que ir.

Layla Greene entra no carro e coloca o cinto de segurança, dando um último "até" para a sua família.
Pelo espelho dava-se de ver todos la no portão balançando as mãos e dando alguns gritos sem se importarem com os zumbis.
Ela prometeu que voltaria logo mas não sabia se iria cumprir, mesmo a intenção sendo essa.

— Eu vou voltar logo. — Fala para si mesma, logo sumindo da vista dos Alexandrinos.

2 meses...

Layla

Eu estou descansando muito bem de tudo! Consegui uma casa enorme e fiz uma bela faxina nela a um mês atrás e neste exato momento eu estou desenhando enquanto fumo um charuto com a companhia de meu gatinho.

Foram dois meses de pura tranquilidade. Sem brigas, mortes, guerras.. apenas eu, meu gatinho e os charutos de Abraham.

Ah! Já ia me esquecer! Tenho que entregar a carta de resposta la no lugar marcado, ela já estava pronta faz algumas horas, mas a preguiça de leva-la me consumiu.

— Tenho que ir gatinho, cuide da casa para mim.

Também não mencionei que arranjei um cavalo, as vezes usar o carro dava muito trabalho, ainda mais por conta do barulho do motor.

— Vamos Arraia! — Digo montando no cavalo preto que começa a correr.

Demorei mais ou menos uma hora para chegar no "correio".
Coloquei o envelope dentro da caixa de metal e subi em uma árvore, assim como eu fazia com Cole.

Fiquei lá deitada alguns longos minutos, porém o Arraia começou a ficar agitado e posso entender o motivo.
Passos começaram a se aproximar de nós, e não era humano, muito menos um zumbi.
Era outro cavalo, e com alguém montado.

Uma mulher linda, que não era desconhecida aos meus olhos, e foi quando ela me notou que percebi que eu a conhecia, não era só minha imaginação.

— Mãe?!

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 𝑮𝒓𝒆𝒆𝒏𝒆 ( 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅 )Onde histórias criam vida. Descubra agora