Com a brisa fria da manhã, Layla e Michonne estavam fazendo uma busca com os cavalos de Ezequiel, tentando encontrar armas e munições.
— Você acha que vai dar certo? — Pergunta a mais nova passando as mãos no animal.
— Acho, eu acho que acho! — Responde Michonne em dúvida, fazendo Lay rir.
Elas foram bem longe, talvez teria sido mais fácil ir de carro, porém o problema seria a gasolina.
As duas mulheres encontraram facas e até algumas pistolas velhas, já era um progresso.— Será que tem alguém que saiba fazer balas além do Eugene?
— Tenho certeza que não. Aquele cara faz falta!
— Vamos recupera-lo.
— Vamos sim!
As duas se davam muito bem desde que se conheceram! Nunca brigaram e sempre se ajudaram, Michonne considerava a adolescente como uma irmã que ela teria que proteger sempre.
— E como anda você e o Carl? Dando muitos beijinhos por aí?
Layla ri ficando vermelha em seguida.
— A gente está bem, mesmo ele sendo um pouco insuportável as vezes.
— Um pouco?! As vezes?! Tá com pena?
Suas risadas ficaram altas e escandalosas a cada frase e isso chamou a atenção de zumbis. Enquanto fugiam com os cavalos, Michonne avistou uma loja de armas velha e bem suja, fez um sinal de silêncio para sua acompanhante e desceu do cavalo.
— Vou ver lá dentro, fique e cuide dos cavalos.
— Pode deixar!
A mesma sacou sua velha amiga Katana e entrou no estabelecimento fazendo o máximo de silêncio possível. A loja estava completamente acabada. Papéis e muita poeira estavam pelo chão, sangue nas paredes e em alguns móveis, as prateleiras quase vazias e moscas rodeando corpos.
Não havia nada.
Sua esperança estava longe, até ver um cofre. Se aproximou do objeto e tentou abrir, a cada falha, ela inventava senhas novas. Uma, duas, dez vezes. Não abria.
— Mas que merda!
Socou, chutou, usou a katana. Nada.
A negra tentou pegar o cofre, não era pesado. Então o levou para a fora e o guardou.
— Vou levar isso para Rosita, ela talvez consiga abrir! Vamos voltar!
As duas subiram nos cavalos e os fizeram correr.
[...]
A lua já havia caído, e as duas se alojaram em uma cabaninha perdida. Fedia muito e o espaço era pouco, mas era o suficiente para apenas uma noite. A mais velha insistiu em ficar de guarda, Layla já não dormia a quase 3 dias e Mich sabia disso por conta de Carl que estava muito preocupado com a saúde da namorada. Maggie e Glenn já deram remédios para a sobrinha, mas mesmo assim ela não pregava os olhos.
A culpa a consumia. Será que o pai ficou assim por causa dela? Ciúmes? Ou ele apenas enlouqueceu? Layla as vezes se pegava pensando em como Negan está. Se ele agora a odeia pelas coisas que disse, ou se está apenas muito magoado. Talvez se sentindo traído, trocado, uma segunda opção. Um nada.
Antes ele era um pai. O melhor de todos os pais! Ele era o único aos olhos de Lay, era apenas ele. Mas agora ela tem o Glenn, também o Daryl e também o Rick. Negan se sentia vazio. Primeiro perdeu sua esposa, depois a filha. Ele não tinha mais nada além de lembranças.
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𝑮𝒓𝒆𝒆𝒏𝒆 ( 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅 )
General FictionDepois de misteriosamente os mortos voltarem a vida, o mundo se torna um caos, fazendo a vida de uma garotinha e sua família ficar de ponta cabeça. Tudo o que ela queria era uma salvação ou qualquer pontinha de esperança, e ela chega.