𝑮𝒓𝒆𝒆𝒏𝒆 ( 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅 )

27

Narradora

- Olha aqui mocinha, eu não quero você fazendo o que bem entender aqui na minha comunidade!

- Gregory dá um tempo. - Responde Jesus revirado os olhos.

- Dar um tempo?! Você esqueceu quem é o líder dessa comunidade por um acaso?

- Quando que vai rolar um impeachment hein? - Resmunga Daryl enquanto observa as pessoas da comunidade fazendo seus trabalhos.

- O que disse?

- Falei pra você ir se fuder.

Daryl olha o homem dos pés à cabeça e segue atrás de Rick, ele ajeita sua besta nas costas e entra no escritório de Gregory.

- Eu odeio esse cara.

- Você não é o único.

- Seguinte - Gregory entra em sua sala e fica na frente de todos. - Vocês vão apenas buscar Maggie, Glenn e Jesus e depois vão embora. Entenderam? Dar no pé.

- Foi o que viemos fazer, já podíamos estar em Alexandria novamente se você não fosse tão idiota. - Responde Rosita brincando com sua faca preta.

- Então vazem!

Depois de pegarem Maggie e Glenn, todos voltaram para o trailer e Aaron deu a partida.

- Que velho insuportável. Jesus como você aguenta?

- Digamos que eu já estou acostumado.

- Você deveria ser o líder de Hilltop.

- Eu?! Não não, não sei liderar as pessoas, prefiro assim. Mas claro, outro líder não seria uma má idéia.

Carl ficava o caminho inteiro encarando Layla, ele sabia que ela se sentiria desconfortável e que também teria menos chances de voltar a falar com a mesma, mas ele não consegue impedir sua vontade de olha-lá. Aqueles belos olhos escuros o hipnotizavam, pareciam que estavam chamando por seu nome em sussurros.

- Carl, olhe para mim...

Era isso que ele ouvia. Um pouco estranho? Talvez, mas o que ele poderia fazer?

Assim que chegaram, Layla foi a primeira a sair do veículo, suas bochechas estavam levemente vermelhas, e suas mãos estavam frias, ela estava com vergonha.

- Garoto idiota. - Sussurrou para si mesma.

- Ficar me evitando não vai trazer Spencer e Olívia de volta. - Carl vai até a menina e segura seu braço, mas logo foi subindo para seu rosto. Ele se aproximou e sentiu a respiração dela em suas bochechas.

Porém ela se solta e o encara com raiva.

- Não tente fazer isso de novo.

- Você está sendo dramática e imatura, sabe disso não é?!

- Eu não ligo. Sério, eu não ligo nem um pouco se você pensa que eu tô sendo dramática e imatura.

O garoto revira os olhos e se aproxima dela novamente.

- Vai fazer isso até quando?

Ela não sabia o que responder, seus belos argumentos de briga já estavam se esgotando.

- Não vai me responder?

Era de propósito, Carl estava a provocando. Sabia que Layla tinha pavio curto e que a qualquer momento poderia explodir feito uma bomba.

Foi automático. Ela proferiu um tapa na bochecha de Carl sem pensar duas vezes.

- QUAL O SEU PROBLEMA??! - Ele grita.

Todos do grupo encararam os dois adolescentes tendo uma pequena discussão. Mas a pessoa que estava mais entretida era Otávia, ela não se importava quem era o errado da história, só se importava no pensando de que Carl iria parar de gostar de Layla e dar atenção para quem realmente o amava.

Ela sabia do acontecido sobre Alison, e sabia que Carl já foi o motivo de Lay quase ter morrido. Aliás, quem não iria brigar por um garoto como ele? Num apocalipse, não se encontram mais garotos tão belos quanto Carl Grimes.

- Eu não tenho problema nenhum. - Respondeu a negra que deu de costas e caminhou calmamente para fora da comunidade.

- Layla onde você vai? - Pergunta Maggie tocando no ombro da sobrinha.

- Dar uma volta.

- Não mesmo! Você vai entrar comigo e eu, você e Glenn vamos ter uma pequena conversa.

A menina revira os olhos e volta para casa com sua tia e seu tio. Assim que adentram a moradia, Lay se joga no sofá e cruza os braços com muita raiva.

- Agora fala, o que houve?

- Eu estou de saco cheio do Carl, só isso!

- Não gosta mais dele?

- Não sei. Só tenho raiva por enquanto.

- Vai pedir desculpas depois, não é?!

- Não quero pedir desculpas. Foi só um tapinha, nem deve ter doído.

- Layla. - Falam Glenn e Maggie em uníssono.

- Tá! Vou pensar. Mas eu ainda tô com raiva.

Ela levanta no sofá e sobe as escadas indo até seu quarto.

- Você não mais pedir desculpas né?! Por que não devia, ele que começou.