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Depois de toda aquela conversa com as mulheres, Negan me leva até seu quarto.

- Todas aquelas mulheres são mesmo suas...

- Esposas?! - Me interrompe. - São! Eu sempre quis ficar com um monte de mulher ao mesmo tempo, porque seguir as regras antigas?! Falando nisso, senta aí. Vamos começar. - Me sento na poltrona e o encaro.

- Começar o que?

- Eu quero conhecer você um pouco melhor Carl.

- Porque?

- Você sabe, é esperto. De fato eu vou dizer à você o quanto você é esperto caso ainda não saiba. Veja, eu esperaria que um garoto da sua idade andasse por aí deprimido sem fazer alguma coisa exceto reclamar que perdeu o baile da escola. Mas você, você saiu em uma missão. Você me encontra, você mata dois dos meus homens e é esperto o suficiente pra saber que eu não vou deixar isso passar. - Ele ri. ‐ Ah não dá! Eu não posso deixar. É como falar com um presente de aniversário, você precisa tirar essa porcaria da cara eu quero ver o que a vovó me deu!

- Não.

- Dois homens! - Ele grita. - Dois homens, punição. Você quer mesmo me emputesser? - Respiro fundo e tiro meu chapéu, o colocando em cima da mesa. Lentamente levo minhas mãos até a parte de trás do curativo e desfaço o nó, tirando a gaze que tampava minha horrível cicatriz.

- Tira o cabelo do rosto. Deixa eu ver.

- MEU PAI!! Isso é repulsível! Não é atoa que você cobre isso! Você viu já?? Quer dizer, já se olhou no espelho? Isso é muito nojento cara! Dá pra ver até a órbita! - Ele ri enquanto eu seguro minhas lágrimas. - Eu quero tocar! Ah qual é posso tocar? - Negan suspira e abaixa a cabeça depois de perceber as coisas que disse. - Cara, mas que merda garoto, eu... olha eu... Eu só, é fácil esquecer que você, é só um garoto. Olha eu não quis magoar você nem nada disso, eu só estava de zoeira.

- Esquece.

Layla

Eu estava no meu quarto arrumando meus cabelos quando D me chama.

- Layla.

- Oi.

- Seu pai está te chamando, acho que ele está no quarto.

- Ok. - Pego Lucille e vou em direção ao quarto do meu pai, bato na porta e o mesmo permite a minha entrada. - Oi pai, aconteceu alguma coisa? - Entrego o taco para o homem e olho para trás tendo a visão de Carl que se levanta.

- Layla!

- Ei garoto. Sossega o periquito aí! - Ele se senta de novo lentamente e abaixa a cabeça, Carl estava sem o curativo.

- Querida, eu ia pedir para você me ajudar numa coisa, mas mudei os planos, então... sente-se aqui conosco. - Me sentei ao lado do meu pai e olhei o garoto em minha frente. - Agora falando sério, você fica muito irado assim. Eu não cobriria essa merda, pode não ser um sucesso com as moças mas eu juro pra você que ninguém vai se meter com você quando ver sua cara, não senhor!

Dou um empurrão de leve no braço do homem na intenção de repreende-lo, ele estava sendo muito maldoso com Carl.

- Que foi?! Estou falando a verdade! - Batidas foram ouvidas do outro lado da porta, papai deu permissão para que quem tivesse feito tal ato entrasse, era o Faty Joey, eu gostava dele.

 𝑮𝒓𝒆𝒆𝒏𝒆 ( 𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒅𝒆𝒂𝒅 )Onde histórias criam vida. Descubra agora