09. Aquilo que desordena

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Na segunda série, quando Katsuki tinha sete anos, a professora, que dava aula em sua turma naquele ano, pediu que eles desenhassem as pessoas que faziam parte da sua família, os desenhos iriam ser colocados no enorme mural da sala de aula

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Na segunda série, quando Katsuki tinha sete anos, a professora, que dava aula em sua turma naquele ano, pediu que eles desenhassem as pessoas que faziam parte da sua família, os desenhos iriam ser colocados no enorme mural da sala de aula. Ela deixou que os alunos se sentassem com quem quisessem, desde que ficassem em silêncio.

Momo não perdeu tempo e arrastou sua cadeira até a mesa de Katsuki. Ela colocou sua folha branca na mesa, e colocou a cadeira de frente para o amigo de infância, e disse que iria fazer ali, ele querendo ou não. Katsuki não se incomodou com a presença dela, mas fez uma cara irritada, só para não perder o costume.

Os dois começaram a desenhar em silêncio, dividindo os lápis de cor do alfinha. Com os minutos passando, os traços dos desenhos já existiam, eles pegavam um lápis de cor, pintavam, deixavam sobre a mesa e pegavam outro.

Até que em um momento, Katsuki queria o lápis marrom para pintar os cabelos do seu pai, mas ele estava nas mãos da amiga, então teve que esperar Momo terminar de pintar o sapato do pai alfa dela. Estando bem concentrados em seus próprios desenhos, eles nem deram sequer uma espiada no desenho do outro. Katsuki ficou olhando a alfa pintar, e consequentemente ficou olhando o desenho dela.

No desenho haviam três pessoas, uma mulher, um homem e uma senhora de idade. Ele logo deduziu que o homem era pai de Momo, que a mulher era a mãe dela, e que a velha no desenho era sua avó, e mesmo sabendo disso, ele não evitou comparar seu desenho com o dela. No dele, havia um homem e uma garota, o homem era o seu pai e a garota era a sua irmã mais velha.

Mesmo que já tenha estado muitas vezes na casa de Momo, e sabendo que ela tinha um pai e uma mãe, somente naquele momento ele notou que as famílias deles eram diferentes.

— Não sabia que a sua avó morava com o seu pai e com a sua mãe. — comentou Katsuki, ainda olhando para o desenho da amiga.

— E não mora, desenhei ela porque eu amo ela, e pra ser família não precisa estar morando na mesma casa. — Momo parou de pintar e ficou olhando para o amigo, e depois desviou o olhar para o desenho dele. — Você não tem uma avó ou um avô pra desenhar?

— Não vejo o meu avô com frequência, então não sei se amo ele. Meu pai disse que a minha avó, que é a mãe dele, não se encontra mais nesse planeta.

— E o que isso significa? Ela foi dar um passeio em outros planetas?

— Não sei, acho que sim.

— E dos pais do seu pai ômega, ou mãe ômega? Falando nisso, você tem um pai ômega ou uma mãe ômega? Eu nunca vi, cadê ele ou ela? — Momo franziu levemente o cenho, confusa.

CONSTANT BLOOM | BakutodoOnde histórias criam vida. Descubra agora