Todoroki Shouto era um ômega sem muitas ambições para com a sua vida. Ele sempre viveu em um ambiente familiar onde o pai, Enji, sempre o olhou com repulsa e contempto por ele ter nascido ômega, e tirando seu irmão mais velho, Touya, ele sempre tamb...
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Assim que abriu umas das portas traseiras da picape preta de Katsuki, Shouto se acomodou no banco de trás e puxou a maçaneta interna na sua direção sem brusquidão. Ele se ajeitou melhor, posicionando suas mãos ao lado do próprio corpo e puxou suas pernas para cima do assento.
O carro tinha cheiro de um aromatizante que possuía semelhança com o cheiro de Halls preto, acompanhado pelo cheiro sutil de cigarro e essência de vinho, das uvas Carbenet Sauvigon. Todos esses aromas juntos viraram uma combinação intrigante que causou uma inquietação interna em Shouto junto ao jeito como Katsuki o encarava.
Ele girou seus olhos na direção do alfa, esse que o olhava cada parte do rosto de maneira veemente, não desviando o olhar nenhuma vez enquanto terminava o cigarro de cereja dado pela beta de cabelos pretos minutos atrás, a porta traseira que havia do lado dele estava aberta permitindo que a fumaça cinzenta saísse livremente.
Quando terminou a fechou e moveu a manivela, deixando a janela com uma pequena abertura. A luz amarelada do poste mais próximo era a única que adentrava um pouco dentro do carro. Não diminuindo o breu, mas deixando consideravelmente nítido o suficiente para Shouto conseguir enxergar o rosto de Katsuki e vice-versa.
Shouto sentiu seu coração acelerar quando o alfa apoiou o braço direito no encosto do banco, se aproximando de maneira cautelosa do rosto dele.
— Arrependido de ter entrado aqui, Todoroki?
— Por que pergunta? — Shouto continuou sustentando o olhar intenso e enigmático do outro. — Pareço arrependido?
Após trocarem olhares e flertes indiscretos na beirada da piscina, e Katsuki dizer de maneira sincera o que esperava daquela aproximação entre eles, ambos foram na direção onde a picape do Bakugou estava estacionada, mas antes observaram se os amigos do alfa e as demais pessoas não estavam focados neles.
A última coisa no momento que Shouto não queria era alguma coisa relacionada a ele nas bocas dos universitários da Domien. Já Katsuki não aparentava estar dando a mínima se iria virar notícia no dia seguinte ou insultado por Shouto não querer que os outros os vissem entrando no carro dele.
— Não, não parece... — Katsuki respondeu, levando uma de suas mãos até o queixo que ele achava excessivamente bonito e aproximou seus lábios até a boca muito convidativa. — Somente estou lembrando a você que tem o direito de ir quando quiser.
— Sei perfeitamente disso. — Shouto retrucou, mirando diretamente seus olhos nos do alfa. — E não quero fazer isso.
Eles estavam muito próximos um do outro e por conta disso suas respirações se misturavam. Shouto mexeu suas pernas dobradas sobre o assento e mordiscou seus lábios, almejando que Katsuki agisse logo e que aquelas mãos cheias de anéis dele alcançassem o seu corpo.
