15. A sinceridade

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Com um mês e duas semanas de faculdade, Katsuki foi convidado por Mina para ir à uma casa de praia, que ficava longe do centro da cidade

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Com um mês e duas semanas de faculdade, Katsuki foi convidado por Mina para ir à uma casa de praia, que ficava longe do centro da cidade. Ela havia chamado para ir um pessoal que estudava também na Domien. Ficariam à tarde toda, dormiriam lá e iriam embora no início da tarde no outro dia.

A casa de madeira rústica era grande, espaçosa o suficiente para abrigar umas vinte pessoas. Ainda verão, o sol frisava a sua presença, não havia vestígios de nuvens no céu azulado e fazia muito calor, tanto que algumas pessoas estavam na piscina. Sendo essas Mina, Kodai, Denki e duas garotas, uma beta e uma ômega, que Katsuki não conhecia. Na parte da churrasqueira estavam Eijirou e Yosetsu, Shihai bebia cerveja sentado perto desses dois últimos. 

Katsuki ficou um tempo deitado em um dos sofás que ficavam na parte aberta da casa, olhando para o teto enquanto se perguntava mentalmente se continuaria ali e dormiria um pouco, menos não estando tanto assim a fim de tirar um cochilo. Entrar na piscina ou ficar perto de uma churrasqueira não parecia algo tão convidativo no momento. Levantou-se preguiçosamente e seguiu caminho para onde todos os carros estavam estacionados, onde também sua picape estava.

Árvores baixas e grama verde recém-cortada, era o que tinha nos arredores da casa, e um pouco mais à frente um mar extenso. Os olhos carmesins captaram duas pessoas sentadas sobre cangas na areia, Momo e Kyoka estavam deitadas de lado com guarda-sóis sobre seus corpos, elas se olhavam nos olhos enquanto conversavam sobre alguma coisa.

E perto dele, bem longe das duas, estava o ômega bonito que ele conheceu na primeira festa que foi depois das férias de verão, e que ele ficou um mês e poucas semanas trocando olhares pelos corredores da universidade.  

O Todoroki estava sentado com as pernas em cima do banco rústico de balanço, algumas árvores baixas que havia por perto fazia sombra sobre ele, vestia roupas leves e de cor cinza-claro, e em suas mãos havia um livro, parecia tão focado e envolvido no que lia que Katsuki tinha quase certeza que ele nem havia notado sua presença ali, com o quadril encostado na picape preta e com os braços cruzados na frente do corpo enquanto o olhava tão fixamente.

Houve um momento em que Kyoka deu uma risada que fora possível alcançá-los, mas o ômega nem olhou ou mudou sua expressão concentrada, aquilo deu para o alfa ainda mais certeza de que Shouto não havia percebido ele ali, logo não estava o ignorando. Katsuki o observou virar uma página, logo depois ficou olhando por um tempo os olhos díspares piscarem em intervalos curtos antes de decidir andar até o banco de balanço.

Katsuki colocou seus braços tatuados sobre o encosto do banco de madeira maciça, ficando ainda em pé e curvado um pouco. O rosto de Shouto prontamente virou na direção dele, seu semblante mudou para um surpreso aos poucos, mas não demorou para sumir e voltar ao neutro, ele abaixou um pouco o livro que estava quase na altura de seus olhos bicolores.

— O livro parece estar bem interessante. — Katsuki comentou, levantando ambas suas sobrancelhas levemente. Seus olhos carmins caíram sobre o exemplar de “O Iluminado”, de Stephen King, que o outro tinha em mãos. — Digo pela maneira que você parece bem focado.

CONSTANT BLOOM | BakutodoOnde histórias criam vida. Descubra agora