26. Aquiescendo a algo

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Katsuki e Mei passaram semanas apenas conversando em arquibancadas do ginásio do colégio, na hora em que as aulas acabavam e em festas feitas na casa de alguns estudantes de Mastery

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Katsuki e Mei passaram semanas apenas conversando em arquibancadas do ginásio do colégio, na hora em que as aulas acabavam e em festas feitas na casa de alguns estudantes de Mastery. Eram apenas conversas banais sobre suas rotinas. Mas que os deixavam cada vez mais próximos com o passar dos dias.

Às vezes falavam sobre os treinos de basquete que Katsuki tinha quase todos os dias e os jogos regionais que ainda estavam rolando e as aulas que ele tinha no curso de francês avançado que ele frequentava. Sobre seu pai, sua madrasta, sobre sua irmã e até mesmo sobre Neito — quem ele não suportava — e seus amigos ou os amigos dela. Àquela altura, a beta sabia de muita coisa sobre ele, assim como Katsuki sabia de muita coisa sobre ela. 

Mei morava em um apartamento um pouco longe do centro de Seattle com a irmã, Kaina, que era mais velha que ela. Elas vieram de Québec para Seattle a dois anos porque sua irmã havia conseguido uma bolsa na Universidade de Domien — Kaina sempre quis cursar Medicina fora do país — e Mei resolvera ir junto porque não queria ficar morando com os pais tóxicos. O pai beta dela era alcoólatra e o outro pai beta dela era um pai narcisista, segundo ela.

Mei queria engatar na carreira de modelo e a maioria de seus amigos eram da mesma idade que ela ou mais velhos, gostava de cigarros de menta e melancia, sua jaqueta de couro e sempre usava xampu de melancia. Ela também gostava de doces no geral. E qualquer papel que ela interpretava em qualquer peça escolhida pelo clube de teatro do colégio, ela mandava muito bem.

No último final de semana de setembro, Mei o chamou pra ir em pub que ficava em Capitol Hill.

Katsuki colocou roupas pretas, uma camisa larga, calça preta com bolsos com abas e tênis também preto. E o colar prateado que possuía uma placa de metal que fora dada pelo seu pai no seu aniversário de quinze anos continuava em seu pescoço como de praxe. Ele desceu as escadas assim que Mei mandou uma mensagem avisando que já estava lá fora e quando chegou no hall de entrada deparou-se com Mei conversando com sua irmã.

— Por que não disse que sua irmã era tão bonita? — Mei disse assim que o viu, sorrindo radiante. — Com medo de eu perder o interesse em você?

Himiko riu e depois manteve um sorriso, mostrando todos os seus dentes brancos e perfeitamente alinhados.

— Gostei da sua... ficante? — Himiko olhou para Mei com dúvida.

— Não somos ficantes ainda. Mas posso resolver isso hoje mesmo. — Mei disse, piscando um de seus olhos na direção dele, deixando-o quase que imediatamente meio nervoso, ou ansioso.

— Deveria vir almoçar comigo qualquer dia desses. — Himiko sugeriu para Mei e depois olhou para ele. — Chame Eijirou e Denki também, faz tempo que não os vejo, quero saber o que andam aprontando. Tem notícias da Momo?

— Desde que passamos a estudar em colégios diferentes, não temos nós falado muito. — Katsuki respondeu.

— Hum, entendi. — Himiko assentiu com a cabeça e voltou seu olhar para Mei. — Foi bom te conhecer, Mei.

CONSTANT BLOOM | BakutodoOnde histórias criam vida. Descubra agora